Seguidores

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Bairro Social

Por mais que ouça falar nos bairros sociais há sempre uma dúvida que persiste em mim relativa ao nome deste... mas que raio têm de social estes bairros? É que, para dizer a verdade, não me parece que haja ali muita gente a socializar nem me parece que sejam socialistas, (embora, verdade seja dita, não fiz nenhum estudo de mercado a constatar isso). Não fiz, não porque não esteja na moda, porque está, qualquer tipo que quer ir à casa de banho hoje em dia, previne-se logo fazendo um pequeno estudo de mercado para que não lhe corra mal a ida à casinha, seja um número um ou um número dois com diz o filho de uma amiga minha. O tal que tem o lau teimoso!

Não vou explicar o que é um lau...  nem o que é o lau estar teimoso.

Bom... há aqui que voltar ao bairro...social e lembrar que das vezes que aparecem na televisão, estão aos tiros uns aos outros. Recordo-me de aqui há uns tempos, por uma coisa qualquer que deve ter tido a ver com uma embalagem de papel higiénico ou coisa que o valha, duas etnias, a cigana e a negra andaram aois tiros no meio da rua e foi preciso polícia da pesada para que a coisa voltasse a acalmar.

Gostaram do último parágrafo? É fruto do Século XXI, aqui há uns anos ter-se-ia escrito que os ciganos e os pretos andaram ao tiro uns com os outros mas hoje, em vez de dizer que eles moram num gueto, dizemos que estão num bairro social e que são etnias. Muito bom! É que hoje em dia as pessoas não têm fome, têm carências alimentares. É mais fino, mesmo para os que estão de pança vazia (não os esporádicos mas os que não têm o que comer).

Há que considerar ainda que é ilegal ao dia de hoje, os restaurantes agarrarem e darem os restos de comer aos que nada têm para comer, sejam eles, do gueto, do bairro social ou mesmo de um bairro finório, porque infelizmente até aí já há gente com fome, perdão, com carências alimentares. Os tipos da ASAE, os tais que tiveram um líder a fumar impunemente na passagem de ano em que se queria moralizar a coisa, hão-de estar prestes a entalarem com uma multa mais uns senhores que perdem tempo e dinheiro a dar o que não lhes faz falta e não podem vender no dia seguinte a quem precisa.

Não há-de faltar muito para que também esses vão morar para um bairro social. Vejamos se serão tão cumpridores da lei quando assim fôr.

Canela

Marginal, 25 de Outubro de 2010

 

O Exame

Aqui estou eu de volta, porque ao cabo destas semanas sem escrever nada, lá volto à carga com mais Canelices. Isto acontece em particular por causa de estar com fome, muita fome! É que, por causa de um examezito médico que tenho de fazer hoje, não posso comer desde as dez da manhã atá às cinco e meia da tarde.

Não vos parece a coisa mais problemática do mundo? É natural, se calhar não ficam com o a má disposição que eu fico e com um feitio vincadamente soviético quando não como por mais de, deixa cá ver, umas duas ou três horas. Isto é particularmente mais grave quando acontece de manhã, o que neste caso nem aconteceu mas, para além de não comer ainda tenho que fazer um exercício mais logo.

O pior é que, conhecendo os médicos como conheço, o mais natural é que se atrase a coisa por uma meia hora, se correr bem ou duas horas no pior dos casos, passadas as quais vou comer, dê lá por onde der!

Chamo-lhe faquirismo mangueiral! Não é mais nem menos que isso, porque o que vou fazer é engolir uma mangueira comprida pela boca, que vai até ao estômago... tudo por causa de uma válvula marada! Não era de trocarem a peça defeituosa e estava feito? Bom, durante este exercício de faquirismo saem gases pela bocarra, como se fosse o som do Armagedão! É verdade, nunca eu me tinha ouvido nestes preparos até ter feito uma endoscopia e parecer que estava em plena matança do porco mas em vez de grunhidos ouviam-se arrotos!

Giro é que metem aquela peça de plástico na boca que é furada e ajuda a não mordermos o tubo que nso entra pela garganta dentro. Parecemos uns leitões prestes a assar mas sem maçã! É por isto que acho que não gostaria de fazer uma bela felação... faz-me lembra estas coisas. Um cunilingus pode fazer doer o travão da lingua e a dita mas nunca me fez lembrar exame nenhum!

Canela

Esfomeado, na Marginal, 18 de Outubro de 2010

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Sugestão

Serve o presente para informar os milhões que lêem que,a partir da presente semana, por sugestões recebidas, o blog será atualizado uma vez por semana com um artigo único!

 

Canela

 

Aqui, 15 de Outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Lavatório

Ainda não há muito tempo que conseguíamos ir a um lavatório em qualquer parte do mundo e lavar as mãos descansados sem ter que seguir grandes instruções. Todos nós eramos felizes porque sabíamos como lavar as nossas mãozinhas tal e qual os nosos pais nos tinham ensinado!

Agora, e em particular desde a gripe A a coisa complicou-se um bocadinho e é necessário seguirmos os dezasseis passos que vêm num cartão colado ao lado do espoelho da casa-de-banho só para conseguirmos fazer isso.

Aquilo é um tipo qualquer de Reiki para lavagem de mãos a julgar pela complexidade da coisa. A juntar a isto, os 4 detergentes que existem na casa-de-banho que deixam qualquer pessoa desorientada mais a opção para podermos secar as mãos com ar quente ou com toalhetes que, já agora, diga-se em abono da verdade, podem ser desde o suavezinho até à lixa de madeira com grão número 40. São opções a mais para uma coisa tão simples, é o que vos digo.

Eu, que sempre fui dos incautos que acharam isto da gripe A uma palhaçada das grossas e nunca andei por aí a desinfetar as mãos de dez em dez minutos e fui censurado por isso uma série de tempo em que as pessoas olham para as minhas mão por as lavar com água e sabão como se tivessem a peste bubónica, achei alguma piada às pessoas depois descobrirem que afinal aquilo foi um embuste comercial que nos encavou a todos. Digo encavou porque as vacinazinhas e todo o dinheiro que foi gasto com isto saiu direitinho dos nossos bolsos para as farmacêuticas que agora estão a chiar que o estado lhes anda a lixar as margens.

Tenho de facto pena que assim seja mas, não tenhamos grande pena porque, ao fim das contas feitas, lá seremos nós, que consumimos o medicamento ao fim das contas feitas que iremos pagar a coisa... A parte ainda mais engraçada é que, mesmo depois de sabermos que não precisávamos de andar a papar com esta história das desinfeções, a malta continua a esfregar as unhas vigorosamente em tudo quanto é ponto... até durante reuniões, onde não há lavatório para depois passarmos as unhas por água nem que seja para tirar o cheiro!

Canela

Oeiras, 14 de Outubro de 2010

 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O .

Devo confessor que sou uma pessoa que tem tendência para algumas coisas e a comicidade que posso ter é mais reflexo das coisas que me acontecem do que propriamente da minha livre escolha. Às vezes até fico parvo... Costumo dizer a toda a gente, e quem me conhece sabe que é cem por cento verdade que sou um iman ambulante de gente bêbeda. Não há hipótese. Se existir um bêbedo num qualquer local com dois andares, no rés-do-chão ao canto direito e eu fôr para o primeiro andar, na ponta esquerda, garanto-vos que ele vai marrar comigo de certezinha. Tenho provas dadas no mercado acerca deste tópico em particular com testemunhas várias. Hoje não foi um bêbedo.

Acabo de receber uma chamada de um taxista que abre com um bom dia e  me pergunta cmo um sotaque do “Nuorte”:

“Olhi auondéqu’ ficá empreisa?”

Tentei descortinar o que o homem queria e, após perceber que a empresa era a empresa onde trabalhei durante sete anos e saí de lá há seis meses lá consegui ajudar. Alguém deve ter dado o meu número de telefone, que é o mesmo que usava lá e a coisa deu-se. Até aqui tudo mais ou menos pacífico pese embora  o facto de isto já ser de si um bocadinho rocambolesco. A parte fixe, mesmo fixe dá-se quando ao explicar ao senhor taxista que tem de apanhar três rotundas e sair sempre na segunda saída o tipo faz uma pausa mais prolongada e pergunta:

“Mas na seguunda à isquierda ou à dirêita?!”

Ora bem, alguém me pode dizer, mesmo com esta história dos GPS’s e excluindo os paíse onde se conduz pelo lado contrário ao nosso, nos quais as rotundas se fazem ao contrário, como diabo é que se sai numa à esquerda numa rotunda?! Só se fôr a fazer todo-o-terreno por cima da relva da rotunda ou por cima das pedras e calhaus, ou daquelas estátuas que em Oeiras podem chegar ao milhão e duzentos e cinquenta mil euros!

Nem sabia bem que título dar a isto porque fiquei tão ... que a única coisa que lhe podia chamar era isso mesmo.

Canela

Abrunheira, 13 de Outubro de 2010

 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Troco

Há cada vez mais artistas que usam uma máquina de calcular científica para que possam fazer o troco de 50 cêntimos pagos com uma moeda de um euro! Não estou a falar de saber quantos euros eram 243.723$00 que tinha que se dividir por 200,482 para se obter o valor correto...em euros, claro está. Nada disso. É mesmo olhar para a cara deles, de cérebro desligado a clicarem nos botões e a esperarem que lhes seja apresentado o troco a dar ao cliente.

Daqui não vem tudo de mau ao mundo porque, há vezes em que esses ananazes parolos em forma humanoide carregam mal nas teclas e dão de troco a uma despesa de dois euros e meio pagas com uma nota de cinco euros, qualquer coisa como quarenta e sete euros e meio!!! Claro que eles nem metem em causa que estão a dar mais de troco do que o cliente lhes deu.

Conheço uma pessoa que pediu numa loja um tabuleiro quadrado e lhe perguntaram se eram um quadrado mesmo quadrado, assim com quatro lados e tudo! Genial... Como é que nunca nos lembrámos antes que podia ser um quadrado assim ovalizado ou com doze lados? Podiamos chamar-lhe até uma dodequadriferência. Não vou elaborar sobre os prefixos e sufixos empregues aqui porque alguns que lêm isto pdoem achar que é material alienígena e nós não queremos perder os leitores por lhes chamarmos burros, pois não?!

Isso é gente a quem, como diz a minha mãe, a gente não lhes dá troco, até porque eles também não o sabem conferir!

A somar a isto há umas máquinas nas casas de banho que têm anunciada uma escova de dentes a dois euros. Um bom negócio, se pensarmos que podemos fazer feio se rirmos a bandeiras despregadas com alface nos dentes ou pior, no aparelho, embora haja já uns escovilhões que se podem usar à frente de toda a gente... ou talvez não devessem mas usam-se.

Estas mui úteis máquinas são interessantes porque têm lá uma indicação curiosa. A escova custa dois euros e a máquina não dá trocos. Não vá alguém enganar-se e meter uma moeda de dois euros e trinta ou de quatro euros e dezoito. Ah.. para os que possam pensar que aquilo leva notas, adivinhem lá?!?!? Não leva... Por isso, expliquem-me lá que raio de moeda é que podem lá pôr para aquilo bater mal?! É que mesmo com moedas pequenas, dificilmente aqui dá bota porque os sistema daquilo é tipo aquelas máquinas das bolas de plástico que trazem brindes para os miúdos que há às portas dos cafés, ou seja, só levam uma moeda...

Com tantos experts em trocos é pena não podermos trocar esta gente por outra, nem que fosse em miúdos.

Canela,

Oeiras, 11 de Outubro de 2010

 

A TV

A TV ou televisão é uma coisa do século passado mas que teima em evoluir até aos dias de hoje.

Vi agora há uns dias, (sim, é com H) A televisão mais fina do mundo com 7,98 milímetros de espessura! Fiquei mesmo parvo com aquilo, porque provavelmente até será 3D e como tal, como é que poderão pôr as três dimensões dentro de algo assim tão fino. Pior... É que se pensarmos, com a habitual camada de pó, a televisão após estar três ou quatro dias em casa já terá seguramente uns bons 9 milímetros e o dono sentir-se-á logrado porque pagou mais por ter uma televisão... vá lá... lights! Deve ter no rótulo “Contém uma fonte de fenilalanina”.

É que isto começou com umas coisas a que chamaram Televisão também há uns anos, mas que eram redondas, no fundo eram móveis com uma televisão lá dentro, com os cantos redondos... Se tal coisa existe. Eram a válvulas, aqueciam, como qualquer outra coisa e demoravam a encher o ecrã inteiro. Quando se desligavam, ficava a imagem por um pedaço ainda na televisão até que desaparecia com um risca fininha que ia até um ponto.

Muito depois disso vieram aquelas que tinham uma cena de vidro ou acrílico à frente e que eram um intermezzo entre as televisões a preto-e-branco e a televisões a cores. Tive uma ITT Ideal Colour assim e era a coisa mais hedionda que se podia ver. Lembro-me de ver jogos de futebol na televisão e lembro-me de rir a ver o Sporting Clube de Portugal a equipar de riscas cinzentas, vermelhas e lilázes. Era de morrer a rir. Eu só não sabia que o Sport Lisboa e Benfica havia de um dia equipar de côr-de-rosa um dia e ter um guarda redes que vestisse merde... Se soubesse não me tinha rido tanto... ou vai daí...

Estas já tinham interruptores de pressão e vários sintonizadores com umas estrias que aleijavam os dedos para caramba quando tinhamos de sintonizar um canal, o que acontecia a cada três meses, não por existirem muitos canais, por que só existiam dois, mais os piratas que depois apareceram mas porque mudavam de frequência as RTP’s 1 e 2 com mais frequência do que era de esperar. Lembro-me que doís porque tinha de “afinar” as TV’s às velhotas da rua todas...e eram bastantes! Felizmente algumas davam-me cinco  ou dez paus que eu investia criteriosamente em gelados Olá caso existissem à venda porque dantes, no inverno, não se apanhavam à venda.

Depois disso, lá apareceram as televisões a cores e com elas, o limite de 10 canais continuava a ser o teto que qualquer televisão trazia. Apareceram mais 2 canais, a SIC e a TVI. Não me lembro qual deles foi ou se foram os dois mas lembro-me de ver a mira técnica dias a fio na televisão e de passar uns minutos a olhar para lá, para terem a ideia da novidade que aquilo representava!

Pouco depois apareceram os operadores por cabo e de satélite, que encheram com 20, 40, 120 canais as nossas casas, apenas para concluirmos que o que passava era sempre mais do mesmo. Aprendemos a ver várias séries dobradas em linguas que nem sabiamos existir e as televisões passaram a ter até três milhões de canais, passando a existir o famoso comando remoto em quantidades nunca antes vistas. Há pelo menos uns quatro em cima de qualquer mesa de sala de estar hoje em dia... O que passa na televisão é que continua a ser uma porcaria salvo raras exceções.

Canela

Miraflores, 8 de Outubro de 2010

 

O Blogger

O bloguista, ou blogueiro (dependendo se é do Bovista ou do Salgueiro(s)), é o individuo por de trás do blog! Pode ainda chamar-se blogger, mais a meu gosto. Fica assim com um nariz empinado por o nome ser anglo-saxónico mas pelo menos o nome não rima com padeiro.

Normalmente tratam-se de indivíduos mal-resolvidos com a sociedade, com o condão de mandar umas bocas foleiras porque são um bocadinho frustrados com alguma coisa. No meu caso deve de ser por ter marrado que nem uma camelo a estudar música, (a única coisa na vida para a qual estudei, diga-se em abono da verdade) e depois ver burgesso atrás de burgesso a inventarem autenticamente empregos nesse meio, dos quais também não queria fazer parte mas, como digo, os profissionaios são eles.

Pode ser que a coisa ainda mude e, assim, deixe de ser um blogger, para infelicidade e miséria das quatro pessoas e meia que lêm isto!

Os hábitos desta gente passam por, logo que vêm uma medida governamental, correm para o teclado do computador em que escrevem com a velocidade de um Lizst a tocar piano. São virtuosos apenas na medida em que poderiam fazer dos estudos de Czerny uma brincadeira de criança! Prometo não fazer mais referências pianisticas até fim desta edição.

Na esmagadora maioria são homens com uns impressionantes sessenta e quase cinco por cento em contraponto a apenas trinta e cinco por cento de mulheres. Claro que o resto são as aves raras. Este facto é extremamente incomodativo se tivermos em conta aquela velha ideia de que as mulheres têm muito para tagarelar mas que, afinal não escrevem. Claro que uma coisa pode não ser dissociada da outra porque tagarelar implica fazê-lo com alguém enquanto que o blogger, tagarela por si, sózinho e depois mete um post algures para todas as outras pessoas lerem.

Para os que, como eu, criaram um objectivo de escrever com determinadas premissas, junta-se a isto o tal pensamento horrível da página branca que assusta tanta gente que precisa de criar algo de novo todos os dias. Não posso descrever porque só quem passa por isso sabe mas, imaginem-se  a ter de escrever  nem que seja um parágrafo todos os dias acerca do que quiserem... Experimentem e vão ver que nem todos os dias é fácil... Hoje não foi!

Canela

Miraflores, 7 de Outubro de 2010

 

O Concerto

O Concerto costumava ser uma coisa mais engraçado do que agora é! Isto não tem que ver com qualquer tipo de saudosismo da juventude que se foi e que os tipos de meia idade começam a ter latente na mente... é um facto, mesmo! Querem ver porquê?

Isto começa com o próprio bilhete para o espectáculo. Os de agora parecem um bilhete de cinema onde há dois códigos de barras, têm nome de empresas em inglês, para estarem na moda, são divididos em balcão 1 e 2 comos e fossesmos ao Tivoli ver o Rambo em oitenta e qualaquer coisa. Até o número de identificação fiscal da empresa vem lá. Para não variar a empresa tem um nome inglesinho para parecer bem.

Viramos os bilhetes e encontramos uma série de regras que se impõem em coisas onde não nos vamos divertir de modo algum. Somos informados que vamos ser revistados e que não nos podemos portar de maneira violenta, agressiva, etc... Neste último caso particular era para ver quem um dia foi chamado por um tipo da Kerrang (Mick Wall) como “a banda mais perigosa do mundo”. Ora, certo é que só está lá um da formação original mas, de facto, ainda são vinte por cento de perigosidade. Será que a banda também é controlada? E os bilhetes?! Se não têm umas piadolas atrás, não são bilhetes de concerto!!

Não deve de ser porque aquele filho de uma granda p#!@, para ser meiguinho, não perde a mania de estar atrasado para o que quer que seja duas horas! OK... dava-lhe meia hora por causa da banda de apoio por isso, hora e meia de atraso!

Não se pode levar máquina fotográfica, o que quer dizer que a malta tem de desmontar essa parte do telemóvel. Apesar dos esforços, no dia seguinte vi coisas em HD gravadas de todos os sectores.

Por sorte também não se pode fumar lá dentro e ainda bem, porque eu deixei de fumar e faz-me mal às tubagens internas. Devo dizer que fumei o meu antigo maço sem ter que pagar um tostão, oq ue tem o seu quê de positivo.

Ah... a programação pode ser alterada por motivos imprevisto, o que é positivo porque, se não aparecerem os artistas que estamso à espera, eles vão buscar o Michael Carreira ou o Toni que também costumam encher o pavilhão Atlântico e pronto.

A parte fixe destes concertos é que já não há relva para arrancar e atirar aos artistas nem aquele tapete de amianto que, naquela altura, não era tóxico. Também já não entram garrafas de água para fazer tiro ao alvo e, quando fazem cair mariquinhas, ficam ali deitados tipo Barbie. Este era o líder dos mais perigosos do mundo. Chegava a casa e pedia um copinho de leite morno à mãe...e as pantufas, se pudesse ser.

O que me irrita mesmo nem é isto, é existirem filas bem comportadas para comprar sandes de p´~aod e forma em vez as bifanas boas e gordurosas que sempre existiram. Isto é tudo fino agora, as sandes vêm embaladas em plástico, tão bem que até a isso sabem. Mas é plástico segundo a norma ISO qualquer coisa, por iusso tudo bem. Já não há tipos a darem Roipes (Rohypnol), tripes, chinesas, e coca tudod e seguida para ao fim, partilharem um frango assado que até ofereceram a quem estava à volta.

Eu sou Benfiquista mas tenho saudades desse estádio de Alvalade, mesmo ainda sem os azulejos de casa de banho onde os concertos era isso mesmo, concertos e não idas sociais ao chá das sete!

Canela,

Torres Vedras, 6 de Outubro de 2010

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Semana

É sabido que a semana, conforme a conhecemos tem 7 dias. Tem origem astronómica este facto porque corresponde a um quarto de um ciclo lunar completo que são 28 dias. Não me recordo assim à primeira vista de uma cultura qualquer onde a semana tenha um número de dias diferentes porque é sabido que a lua tem este mesmo ciclo por toda a parte e que, por mais distraídos que fossem os membros de um determinado povo, acho que nenhum ficou imune a vê-la ali no céu, a crecer, a decrescer, cheia ou nova.

É claro que, no ocidente conseguimos que a semana tivesse um completo e novo significado na nossa tentativa de encurtar a semana para podermos ter uns fins-de-semana mais compridos como o que aí vem. Vai ser um daqueles que se aproveita um feriado a uma terça-feira para meter um dia de férias e ir quatro dias. O pior é que na semana seguinte a segunda-feira vai cair em cima da quarta o que é um problema porque às terças, quartas e quintas é quando a malta mais produz, porque já veio do fim-de-semana e ainda não está com o mind set no modo “vamos de fim-de-semana”.

Assim sendo, passa a segunda para a quarta e condensa-se a terça, quarta e quinta na quinta-feira porque a sexta é a sexta! É para prepararmos a ida de fim-de-semana no sábado porque isso é santo!

Quando um feriado calha a um Sábado ou a um Domingo é que é bera porque a tal lei que mudava isto para uma segunda ou uma sexta não foi aprovada (ainda) e assim sendo afeta apenas quem bule ao fim-de-semana. Não deixa de ser curioso também que o Domingo, que é o primeiro dia da semana, faça parte do fim da semana mas isso também não interessa nada como dizia a poetisa dos dentes de fora.

Esta era a lei que podia fazer com que o 25 de Abril pudesse passar a ser a 27 ou 23, dias em que não houve revolução nenhuma mas, para dizer em boa da verdade, como não morreu ninguém, também não faz diferença. No 5 de Outubro, a Républica faz 100 anos, pelo que podemos até mudar a data sem prejuízo de maior. No dia de finados, não faria diferença nenhuma também porque afinal eles, os finados, estão mortos e não têm pressa de ir a lado algum. Tanto lhes dá que o feriado seja a um dia a outro!

Se a coisa correr mesmo muito bem, podemos ter, uma vez no ano, um feriado a uma terça e a uma quinta, o que pode fazer com que a segunda seja uma sexta, a quarta uma segunda ou uma sexta, conforme se goste mais e a sexta uma segunda, que nesta semana podia ser muito bem uma quarta. Se metermos três dias, então até a sexta pode ser uma terça ou uma quinta, em que não se fez nada, mas vai daí, também foi assim na segunda e na quarta pelo que está tudo bem na mesma.

Posto isto, acho que era de se chamar estas semanas de... Semana Santa...se não houvesse já uma emq ue temos quarta de cinzas, quinta de nada, sexta-feira santa, sabado de aleluia e domingo de páscoa... ah... e a segunda feira a seguir, é de ronha e vai-se para o campo fazer um pic-nic.

Canela

Oeiras, 30 de Setembro de 2010

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O SMS

Voltando aos tópicos que são simultaneamente de três letras e acrónimos, vou hoje referir este modo de comunicação que revolucionou o mundo de tantas maneiras. Digo isto com certeza e propriedade absoluta pois, acabo de ser informado há dias que o SMS é agora um hobby.

Pelo menos foi isto que vários alunos responderam à sua professora de Matemática quando perguntados acerca dos seus hobbies. Fabuloso, não é?! Para mim é tão bom como descrever como hobby, mudar a água às azeitonas ou fazer um cocó! É preciso, gosto muito e sentimo-nos bem, por isso acho que também entra como hobby.

Isto mostra várias coisas, não só acerca dos SMS’s (desculpem a apostrofização anglo-saxónica), mas também o que estes putos têm dentro daquelas cachimónias.

Bom, o SMS é de tal modo importante que até um canal de televisão já existiu com este nome (e eu até fui lá a um concurso de bandas que era apresentado pela Helena Coelho... essa mesmo,que fez as fotos para a lingerie Triumph... recordo-me da sua bengala recorrente... “nada mal, hein?” como se fosse hoje...). Naquela altura, os miúdos votavam nas bandas que mais gostavam via SMS e depois o concurso ia progredindo tipo meias-finais, finais, etc... (Fomos à final e não ganhámos, recebemos o prémio rolha de cortiça, como é costume).

Assim, temos hoje pessoas que não sabem ler SMS’s como a minha mãe, porque os telefones têm letrinhas pequeninas, o que é verdade e temos pessoas que mandam SMS’s a falar com outra pessoa ao lado usando ambos os polegares. O record é de uma Norueguesa que escreveu:

"The razor-toothed piranhas of the genera Serrasalmus and Pygocentrus are the most ferocious freshwater fish in the world. In reality, they seldom attack a human.”

Em 37,28 segundos! Isto explica o baixo teor de vida sexual que esta gente tem... Só pode!

De qualquer forma, os teenagers (adolescentes) são recordistas absolutos nesta nova forma de comunicar e aposto que até o famoso “truca-truca” pode hoje ser feito via SMS:

“lol, Truca”

“Truca”

“TRUCA, TRUCA”

“TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA”

“Ohhhhhhh”

Eu prefiro sem ser por SMS mas, pensando bem nisso, não posso preferir porque nunca... vá lá... truca-truca por SMS. Pode ser que seja giro... duvido, no entanto.

Canela

Oeiras, 29 de Setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Estacionamento

Sei que não devia começar assim porque fazendo-o, vou meter em apenas meia dúzia de pessoas o conhecimento da frase que vem a seguir... mas que se lixe! Aturar, até aturo algumas coisas mas têm de me pagar para isso.

 Quem me conhece sabe que o estacionamento para mim não é problema. Em qualquer dado dia, podem ser nos santos populares em Lisboa, posso ir até à rotunda do Marquês de Pombal e arranjar lugar para estacionar o carro a menos de vinte metros do sítio para onde quero ir! Os motivos pelos quais tenho sempre lugar lá, são bastantes mas sem dúvida que os mais importantes são o estar a visualizar o meu lugar mesmo à portinha, os outros não conseguirem acreditar que o vão conseguir e, segundo o anúncio deles, a EMEL.

A verdade, verdadinha é que eu paro o carro nem que seja em frente da esquadra da polícia em cima do passeio e quero que se lixe na maior parte das vezes. Trabalhei numa empresa em Oeiras onde estacionava numa curva, em cima do passeio e ao mesmo tempo de duas passadeiras, numa curva! Nunca fui multado... Uma vez meteram-me um saco do lixo pendurado no espelho e mandei com ele para dentro do quintal da velha que ali morava, com a certeza absoluta, embora sem provas de que tenha sido ela. A velha também tem a certeza que fui eu que lhe mandei com o saco do lixo para o quintal mas também nunca há-de poder provar isso portanto...

Uma vez apareceu lá a polícia e multou toda a gente que por ali estava, inclusivamente um ex-colega meu que não excede os 50 quilómetros por hora na cidade e os 80 nas nacionais. É um tipo que não gosta de maçãs (?!) e para quem até os reformados que têm um Datsun 1200 buzinam para sai da frente! Este tipo, foi multado... Eu, curiosamente, estava fora naquele dia e a multa passou-me ao lado.

De volta à EMEL... Estes senhores que tanto já fizeram por nós a troco de tão pouco são também um motivo aparente para que toda a gente tenha lugar para estacionar. Eu incluído! Ao que parece, por metermos umas moedas nos parquímetros, ou parcómetros, tenho de verificar isto com um brasileiro qualquer que saiba português à séria, os lugares ficam melhores. Não sei bem como, deve de ser um processo tipo a fada dos dentes, só que as moedas metemos nós naquelas máquinas diabólicas que nos sugam até ao tutano.

Não me lembro de ter autorizado quem quer que fosse a taxar-me para poder parar o carro mas também estou seguro que não há-de ser mais uma negociata daquelas que são ilegais mas que se vão fazendo aqui no nosso jardim à beira-mar plantado. Não pode...era demais, não é?!

E as condições que eles trouxeram ao estacionamento? Agora que temos aquelas linhas brancas a delimitar os lugares, é muito melhor estacionar ali. Até um polícia me disse para estacionar como deve de ser e não ocupar dois lugares um dia destes na Avenida da Liberdade... Nem lhe respondi, porque ele não é da EMEL, claro. Tirei dali o carro e parei 100 metros mais à frente a ocupar outros dois, só porque sim! Era o que mais faltava agora era um policiazeco a dizer o que se pode ou não fazer num local que é da EMEL. Só não me lembro de ver a EMEL a reparar pavimento algum nos locais de estacionamento onde o alcatrão está podre e esburacado como seja a António Augusto de Aguiar mas isso, havemos de lá chegar.

Afinal de contas, o que seria de nós sem estes que já uma vez foram chamados de “marcianos” pelas fardas, que queriam que se confundissem com os Almeidas que trabalham na Câmara?!

Canela

Lisboa, 28 de Setembro de 2010

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Tosta Mista

Pão, fiambre e queijo. Não tem aparentemente nada de mais, pois não? Leva-se à tostadeira e pronto, está feito! É que é mesmo tostadeira e não tosteira, vem no Priberam e tudo! É o mesmo que uma sanduicheira já agora. A mim faz-me lembrar que vou comer uma tostada mista e não uma tosta mista mas tudo bem. Podia bem ter em casa uma cafetadeira em vez de uma cafeteira...

Para piorar isto fui atendido por um dos milhentos brasileiros que há cá a trabalhar nos cafés e que, por infelicidade do destino, acham que podem trabalhar sem falar a lingua como nós a usamos... É que isto escrito é uma coisa. Até arranjamos uns acordos ortográficos que tiram umas e põem outras letras e a coisa fica normalizada, agora... quando chega a falarmos... é um cu de boi de todo o tamanho! Para o Brasileiro que lê isto, cu de boi é o mesmo qeu um problema, mas de morango, e leva atum!

É que concluo que, afinal, dos dois que estavam a falar eu é que estava errado e enervei-me à grande e à portuguesa sem razão para tal porque, ao pedir uma coisa ultra-avançada como uma tosta mista mas com um croissant a servir de pão fui inquirido se queria na torradeira ou na prensa.

Ora bem... na torradeira fazem-se torradas e não tostas. E às vezes nem isso, porque ao mesmo empregado pediu-se uma torrada e acabou por vir para a nossa mesa um pão aquecido que estava amarelo da margarina e não de ter sido torrado. Podem meter dez litros de tapioca com guaraná no rabo que nada vai mudar isto! Uma prensa é aquele objecto que o Guttenberg usava achava eu... Afinal uma prensa é:

prensa

s. f.

1. Aparelho manual ou mecânico para comprimir uma coisa entre as suas duas peças principais.

2. Caixilho de impressão.

3. Prelo.

Assim, não há dúvidas que quem tem razão nisto é o brazuca e que eu não sei é falar português. Vou tentar tirar umas férias no Rio de Janeiro onde irei tentar reaprender a minha lingua e no meio disso corrigir os erros ortográficos do Camões. Vou já a correr explicar à minha mãe que afinal a tosteira não existe, é uma tostadeira mas que, afinal, haviamos mesmo era de usar uma prensa, mesmo que não aqueça nada... Se calhar foi por isso que o croissant acabou por vir frio!

Porr fim vou términarr iscrevêndo comu us nossus irmão du Brasiu, práquiagentji naum dê maiss erru d’iscrita. Ais minha sincéras discuupais...

Canêla

Morro do Bôbô, Rua Buceta, 27 dji Sitembru dji 2010

 

domingo, 26 de setembro de 2010

O Crochet

Ia eu a caminho de Sintra quando ouço falar no maior local de partilha online do mundo acerca de crochet! Aparentemente há um website onde a partilha de informação é constante acerca deste fabuloso mundo que a tantos seres humanos interessa. Até aqui, tudo bem, ele há websites para tudo e mais um par de botas pelo que, daqui não vem mal ao mundo.
A parte troglodita distocomeça quando, ao não querer parecer que isto é uma coisa apenas do sexo feminino, o locutor diz que também se encontram lá bastantes homens. EU cá acredito que sim e, sinceramente, oq ue me parece fraturante do ponto de vista da eterna guerra dos sexos é mencionar que há lá homens. É quase tão parvo como dizer que num site de mecânica ou tuning automóvel, também há lá mulheres!
Niguém duvida disto mas, há que ser claro, os números falam por si...
É óbvio também que ambas as coisas haviam de causar zero pruridos mas confesso que me chateia menos ouvir uma tipa falar de carburadores do que ver um marmanjo a discutir crochet... é que.. quero dizer...
“Ai, este fim-de-semana consegui acabar umas pantufinhas de crochet com linha S com uns prespontos rendilhados em flor que são um mimo!”
É uma frase meio mariconça e fica pior que a tipa do carburador. É uma questão de preconceito mas imaginem só por um minutinho a conversa de dois tipos que desatam numa discussão entre o crochet (que usa uma agulha) e o tricot (que usa duas). Como é óbvio cada um iria defender a sua dama com as óbvias vantagens entre cada um. Se juntarmos a isto um pano de fundo de um tasca típica do bairro alto, a cosia só pode ser, no mínimo cómica. Não consigo deixar de visualizar esta cena enquanto comem umas moelas e um copinho de branco numa mesa daquelas com tampo de pedra que são frias para caraças nos braços...
Pior que isto é pensar num homem que esteja à espera de consulta de médico de família no centro de saúde de Sete Rios, sacar do saquinho do crocet e começar a debruar um paninho de cozinha enquanto espera. Só falta mesmo pôr o gajo a ler a Ana mais atrevida para que o Apocalipse aconteça...
Numa época em que se faz tanta força para os homens serem mais sensíveis, é disto que estamos a falar? Se é, não contem comigo para crochet ou tricot!
Canela
Santo António dos Cavaleiros, 24 de Setembro de 2010

A Obra Pública

Dentro dos tópicos que fazem parte das coisas-que-me-aborrece-um-bocadinho-mesmo-muito-muito-grande, estão as obras públicas. Digo as públicas, não é porque não me chateiem todas as obras pela confusão que geram mas porque, as privadas não estão a sair do meu bolso e as do erário público já é diferente.
Bem nos dizem que devemos ser mais exigentes com o que pedimos aos nossos governantes e com toda a razão e propriedade. O mal é que suspeito que falar com o José Sócrates acerca destas massas mal empregues deve ser mais difícil do que apanhar o Pai Natal a dar um pirafo à Branca de Neve! Que me desculpem o Pai Natal e a Branca de Neve que não tem culpa de ser farinha também mas realmente parece-me improvável mesmo nos desenhos animados!
É que, parece que aquela palavra chamada orçamento, é uma coisa assim como a matéria negra do universo. Não se vê, não se sente, mas sabe-se que está lá. Ao fim das contas não faz diferença nenhuma porque sabemos que aquilo vai sempre custar de vinte por cento a cinco ou seis vezes mais! Ora para isso chamar-lhe-iamos estimativa e não orçamento, onde é suposto quem faz a obra meter um certo e determinado, como dizer, fator cagaço, para se a coisa correr menos bem.
Não digo que a coisa ficasse mais barata, o que digo é que pelo menos sabíamos para além de qualquer dúvida razoável quanto nos ia custar aquilo e logo sabíamos de podiamos fazer a obra ou não. Após estes tempos de crise e de vários apertos de cinto de tal forma que os que, como eu, têm refluxo, já têm ácido perto dos lobos oculares, não deixa de ter alguma piada que mesmo assim tenhamos conseguido subir a despesa em mais dois e meio por cento.
Um destes dias ouvi uma jornalista afirmar que a média da derrapagem das obras públicas era de trinta por cento! Ora assim sendo já sabemos quanto vai custar em média a obra e daqui é fácil, basta adicionarmos trinta por cento e já temos a noção se podemos mandar construir ou não.
Ainda assim há um outro eixo que me irrita ligeirissimamente... Não tanto quanto o gastar mais mas um bocainho também. O eixo do tempo... Digam-me lá com sinceridade de sou eu que sou marrãozinho ou qualquer porcaria que se proponham a construir, não tem de ter um atraso de alguns meses?! É que aqui nem ouvi jornalista alguma a dizer que se atrasam x por cento porque se assim fosse, quem orçamenta até podia logo dar um desvio padrão e assim punhamos logo o prazo de execução certinho (em média) e o preço também.
Canela
Oeiras, 23 de Setembro de 2010

O Apanhado

Por inspiração da musa, apareceu-me esta ideia para hoje. Por mais vezes que eu veja os apanhados, não consigo achar grande piada áquilo. Sinto-me sempre um bocadinho bota de elástico por ser uma coisa que em princípio me havia de divertir e como dou tudo e mais 5 tostões para dar uma boa gargalhada, é um bocadinho frustrante apanhar coisas daquelas que vejo a malta a rir a bandeiras depregadas e eu fico com aquele ar de batido de ananás com atum de boca semi-aberta, herança da Dª Maria Fernanda...
Mas não há nada a fazer, quer sejam os da televisão com gente banal que por ali ia a passar e resolvem fazer uma pequena judiaria ou mesmo uma coisa qualquer que acho que pode correr muito mal se o tipo tem uma doença cardíaca ou lhe dá um AVC! Pode parecer parvo, e até acho que é mesmo porque as hipóteses disto acontecer são pequenas a tenderem para zero mas... vai que um daqueles tipos que estão a ser acossados e gozados por aquela gente toda sacade uma pistola e dá um tirinho, só a brincar, para apanhar quem há pouco o estava a apanhar? Como é que vai ser no dia que isso acontecer? Sei que ainda não aconteceu se não já tinhamos sabido disso em todos os jornais e telejornais durante umas semanas com repetições em directo na TV e no youtube.
Nem aos jogadores da bola a serem apanhados acho piléria porque só a acho quando eles dão uns pontapés na bola e, mesmo assim é quando são bem dados.
Os piores são aqueles que vemos nos aviões que são passados nos aviões da TAP com gente que se vê que é claramente dos países mais nórdicos. Por um qualquer motivo que desconheço, estes apanhados são sempre cortados a meio (mesmo a meio de um dos apanhados, porque se deixassem acabaar aquele ou não o deixassem começar, não nos aperceberíamos disso não é ?)...
A parte chata disto é que na viagem de volta, ainda esperamos ver a segunda parte para ver como é que aquilo acabou, mas tornam a pôr do início e, regra geral, por o tempo de voo ser aproximadamente o mesmo, acabamos por ficar até à mesma parte em que acabou na ida para lá!
Tirando estes, só como dizia a musa, às vezes acontece-nos com cada uma que até ficamos a pensar, “ mas onde é que estarão as câmera a apontar para mim?”....
Canela
Santo António dos Cavaleiros, 22 de Setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Tique

Toda a gente tem um. Na realidade são mais, são muitos, são maneirismos que se transfiguram em tiques que são mais ou menos salientes enquanto fazemos algo. Vão desde o clássico enrolar os cabelos nos dedos até aos mais complexos como sejam levantar e baixar a cabeça usando apenas o pescoço enquanto se ajeita o colarinho (mesmo quando se usa uma t-shirt) pigarreando ao mesmo tempo.
São eles também que nos caracterizam, o que acaba por ser giro e chato ao mesmo tempo. É assim porque o que a mim me faz rir, irrita solenemente a alma a outro tipo qualquer.
Estas bengalas mais ou menos fisicas acabam por se apresentarem muito convenientes porque, quando nos sentimos desconfortáveis ou em stress, não há nada como um bom tique para que as coisas retomem o seu devido lugar.
Alguns de nós mexem freneticamente no nariz, mesmo fora do carro, porque dentro não conta, é tique da raça humana. Dve de haver uma ligação entre o utilizar os pés e as mãos ao mesmo tempo e a uma irresistível vontade de tirar muco em bagalhotas da nossa penca.
Há até um síndrome conhecido como Tourette, que tem que ver com estes hábitos e vão desde os mais banais “aaaaaaa....” antes de cada frase até aos mais complexos como sejam gritar palavrões com caretas ao mesmo tempo. Para quem ache que isto é raro ficam a saber que 3% da humanidade sofre disto. Isto explica porque uma série de pessoas aparecem nas fotografias tanta vez na mesma posição ou com a mesma expressão.
Não me posso esquecer que havia um tipo no último espectáculo em que toquei que gritava de 20 em 20 segundos qualquer coisa como “Dá-lhe forte!” Só acontece com musica ao vivo! Ao rever uma outra cassete onde ele aparecia em vídeo, dizia a mesma frase há 13 anos!!! Com iso concluo que o tipo que está sempre nso bares a dizer “Toca Xutos” (há sempre um) é, na realidade, portador desta doença!
Ao que parece, foi entretanto descoberto que os animais também têm tiques e podem sofrer deste tipo de síndrome. Há histórias de cavalos que andam de lado de tantos em tantos passos! No fudo podem ser definidos como send uns cavalos bué dreads. Se lhes puserem uns óculos fashion e um boné na tola, podem até ser confundidos com o Puff Daddy por causa da dentição. Fiquem a saber que as vacas abanarem o rabo (a cauda mais propriamente) não conta como tique porque é para espantar as moscas e nada mais.
Uma das coisas que me diverte mais é observar as pessoas e apanhar o tique que elas têm, não que seja para fazer pouco delas, mas pelo menos para gozar com elas, vá. Não é por ser cruel... é mesmo por achar divertido apanhar essas pequans nuances que fazem de nós seres únicos... e um bocado parvitos de vez em quando...
Canela
Santo António dos Cavaleiros 21 de Setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Lista

Podia ser a Schindler ou outra qualquer com interesse à séria, mas lamento informar que hoje escrevo sobre este flagelo que é a lista...de casamento. Não morreram judeus na história pelo menos!

Há lá coisa mais parva e estúpida do que fazer uma lista para recebermos quando casamos??? É que assim, as hipóteses de recebermos algo que não nos fará falta alguma durante muitos e bons anos diminui drasticamente! Isto é bera porque há sempre um tio, um primo, ou um amigo que nos consegue oferecer uma coisa que nunca estávamos à espera de receber por mais voltas que déssemos ao miolo.

A mim já me aconteceu receber uma garrafa da SIGG, que supostamente faz sito e aquilo às bebidas que estão lá dentro e, com sinceridade, acho que dá mau gosto à água, que era a única coisa que meti lá dentro. Devo confessar que sou um bocadinho bronco porque quando ma ofereceram achei que era um termo para o café!!!

Bom, voltando a isto da lista do casamento, lá fui ver a lista de casamento de uma pessoa conhecida onde temos de dizer o nome de ambos os noivos, tipo username e password para aceder a qualquer coisa, o que não é muito fácil porque apenas meia dúzia de pessoas sabem mesmo o nome dos dois nobentes porque normalmente vão apenas por um dos lados. Mesmo assim, há noivos que nós conhecemos como, o TóZé  ou o Alce, o que diz muito do que o casamento vai ser por si só e isso não nos facilita a vida em nada.

Se forem como a pseudo fina da minha conhecida, escolhem um local in e mais fino do que na realidade é para deixarem a lista, tipo El Corte Inglés onde, na realidade podemos ter artigos como um lenço de seda Comfort por 98,27€. Para que isto se entenda bem, estamos a falar de um quinto do ordenado mínimo nacional! Depois é fácil...partema coisa da maneira mais partida que pode existir...

Eu sabia lá que podia oferecer como prenda de casamento uma série de 12 colheres de chá por quase 60 Euros! A sério que nem sabia que havia colheres desse preço. Sò não me chateei porque logo de seguida vi que cada prato custa mais de 25€. Digo-vos uma coisa, ainda vacilei em oferecer um quarto do candeeiro de sala por 150€ mas, quando vi que corria o risco de um dia ser convidado para uma casa onde os pratos custam, cada um mais de 5 contos na moeda antiga, e que foram oferecidos provavelmente por 8 famílias diferentes, pensei logo em levar os meus próprios talheres de borracha para não correr o risco de riscar o prato e de alguém se aborrecer comigo!

Ah...se forem ao El Corte Inglés, não se esqueçam de tirar a senha se não a senhora não vos atende, mesmoe stando o display grande fora de serviço! Fica ali logo a 20 metros da lista...

Canela

Lisboa, 20 de Setembro de 2010

 

domingo, 19 de setembro de 2010

O Tijolo

Uma das grandes invenções da humanidade reside num bloco de argila, moldado numa forma parelelipipédica, levado ao forno para cozer! Algumas considerações acerca disto…

Quem, pergunto eu, quem é que se terá um dia lembrado de ver se um bocado de terra avermelhada, quando misturada com água, amassada e limpa de impurezas de maior e levada ao forno a cfozer, se poderia transformar em algo de útil? É que isto só pode ter sido obra do acaso. Não me parece que possa ser uma outra qualquer coisa assim do pé para a mão! É esticado pensar que caiu um bocado de argila para dentro de um forno onde estavam, sei lá, a fazer pão e, ao bater várias vezes com uma pá naquela matéria estranha, saiu de lá uma coisa mais ou menos cúbica, para onde alguém terá olhado e dito.

“Eh pá, com isto dá para se construir paredes!”

Não me parece!

Ao saber que um dos tijolos mais antigos que se conhecem, são chamados de tijolos de burro, é lícito para mim pensar que foi um burro que inventou o tijolo. Dos que fazem i-ó, i-ó mesmo!

Conforme devem de saber há tijolos de sete e de onze, o que tem que ver com a sua largura e, como tal, a sua aplicação para paredes externas, internas e outros fatores mais a ter em conta. Os de burro já não são fabricados e são apenas aproveitados de um lado para o outro pela sua forma bruta (muitos nem têm buracos e como tal são parelelipípedos sólidos). Há outras dimensões menos comuns mas sem expressão no nosso mercado.

Há agora uma variante feminina do tijolo, que é a tijoleira, que tem uma forma muito peculiar e serve para se meter entre duas vigas, por exemplo. Claro que a tijoleira, por ser feminina é uma coisa mais coquete e exige que se ponha malha ao sol (não fui eu que inventei o nome) em cima para que possa suportar a argamassa de seguida.

Posto isto, há uma coisa que me faz realmente uma certa e determinada espécie que é o facto de os pedreiros comprarem tijolos e depois os partirem com uma colher que é do nome da sua profissão para os transformarem em cacos. Ora para isso não era melhor fabricarem logo cacos? É que com isto podem dar azo a que as pessoas pensem que a expressão “estúpido que nem um tijolo” tenha uma maior razão de ser…


Canela

Montemor-o-Novo, 17 de Setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Aparelho

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Uma análise feita há algum tempo por um tipo com uma pala no olho mas que via melhro do que a maioria dos que haviamde vir.Era um tipo chamado Luís que escreveu um calhamaço chamado Lusíadas... Ah...era de Camões... isso mesmo, deCamões!

Ora o Camões tinha pala mas não tinha aparelho nos dentes. Ainda não tinham sido inventados os aparelhos para endireitar a chamada “cramalheira” à malta.

Quando estes apareceram no mercado, ninguém gostava disto nem que a vaca tossisse! Os putos eram gozados à força toda por causa disto e, ao que parece, agora há uns a fingir para que os putos possam ser como os outros porque se não ficam a bater mal da telha mesmo que tenham 3 anos de idade e não tenham capacidade para formar frases completas. Lá está, mudaram-se os tempos.

Ele há-os (os aparelhos) com corzinhas, brilhantes e o que mais seja para os gostos e bolsas respetivas de cada um! As crianças adoram e, ao contrário do que era dito dantes, que a partir dos 12 ou 13 anos de idade, já não havia nada a fazer, anda para aí muito adulto a melhorar a imagem com as famosas bocas de latão. Agora o latão é mais polido e fica bem.

Não se perdeu a piada de ouvir alguém que começou a usar essa boca de tubarão há pouco tempo porque os “ésses” são fantásticos e acompanhados de um silvo que mais parece um travão de um comboio da CP em travagem de emergência.

Melhor que isto só ver alguém a recusar comer qualquer coisa que seja, mesmo que adora, como bolachas, porque, como podem imaginar, tem que se meter um pacote inteiro na boc apara se comer metade do pacote. Para mais, o efeito visual que é um tipo rir-se e mostrar o outro meio pacote de Coríntias que ficou preso aos arames, é um espectáculo com um misto de degradante e cena cómica dos filmes do Chalie Chaplin que mereciam, por isso mesmo, um daqueles cartões cheios de reviravoltas com uma fonte de letra bem bonita, quando uma frase tinha de aparecer no ecrã.

Canela

Oeiras, 16 de Setembro de 2010

 

O Radar

Não há muito tempo, foram adicionados às ruas e avenidas de Lisboa uma série de pórticos e uns caixotes cinzentos com um bocado de vidro á frente com o intuito de faturar mais umas lecas para a autarquia à conta dos condutores mais incautos.

Devo confessar que nunca contribuí para essa causa, muito por causa do período de testes em que passei na velocidade normal à noite no fim do IC19, bem acima dos estúpidos 80 Kms por hora num local onde não há peões, onde existe um separador a meio das faixas de um lado e de outro.

Devo confessar também que esta medida é parva na perspetiva de que, um tipo mais ou menos acelera como eu não é apanhado obviamente por estes radares, embora o mesmo não se possa dizer dos do IP2 a caminho de Portalegre onde sou conhecido benemérito dos GNR’s da zona. Os mais vermelhinhos do país, nao estou a falar de política, mas sim de cor de faces. É gente saudável...

Voltando à 2ª Circular onde há 3 radares que funcionam 24 horas por dia. Digo eu, que se alguma inteligência por trás daquilo, economizavam bastante na eletricidade destes sistemas se os desligassem ao início e final do dia em ambos os sentidos porque é fisicamente impossível, em dias da semana alguém atingir 80 Kms/h naquelas vias a menos que vá de bicicleta, parapente ou de avião a passar baixinho. Com o aeroporto ali ao lado, sempre queria ver se mandavam a multa para a EasyJets ou coisa que o valha.

No meio disto apareceram uns radares mais engraçados ainda, que têm uns LEDs (umas luzinhas) a verde quando a velocidade é abaixo do permitido por lei e a vermelho ou amarelo quando é acima. Indicam a velocidade do automóvel mas nunca percebi muito bem se é a do meu carro se é a do tipo ao lado porque aquilo só mostra uma velocidade de cada vez. Proponho, para melhor entendimento que haja um display para sabermos se somos nós que vamos fazer o sinal fechar, e fazer comentários acerca de não se poder andar mais ou, se foi o besuntas do carro ao lado e desse modo podemos olhar para ele com um ar fulminante!

É que com estas corzinhas todas, mais gostar de ver se o mostrador de velocidade do carro bate certo com o que mostra o do radar, se há uma passadeira a seguir, o mais provável é que se atropele um peão na mesma por estarmos distraídos com aquelas ciosas todas!

A única coisa que me irrita mais que isto é que de manhã, nas zonas com maior trânsito, só se multarem uma ambulância ou um carro da polícia. Nest último caso, mais encostado à hora do almoço, quando vão a zarpar pela faixa do BUS fora, sem as sirenes ligadas, sinal que não vão atrás de ladrão algum, porque quando o fazem, ligam-nas para eles fugirem, sem que a gente lhes possa aplicar uma multa valente!

Canela

Oeiras, 15 de Setembro de 2010

 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Pino

Não contem a ninguém, mas após uam visita a um cliente, decidi escrever este artigo por descargo de consciência alguns 28 ou 29 anos depois de ter praticado um roubo que já nem me lembrava.

As minhas desculpas à CP, ou á REFER, ou a lá quem seja, por no fim dos anos 70 e no princípio dos anos 80, eu lhes ter levado emprestado, por diversas vezes, alguns pedaçoes de ferro que se encontravam longe da linha em funcionamento mas que, não eram minha propriedade.

Explico agora que não fiz a fazer o pino, como possam estar a pensar, devo confessar que nunca tive muito jeito para fazer o pino, não sei bem porquê, visto até me safar bem em desportos físicos... Fazer o pino é qu enão era para mim. Mas havia uma coisa a que eu chamava pinos, não sei bem porquê, que são aqueles parafusos que estão par a par cravados (atarrachados ou aparafusados acho eu) nas madeiras que acompanham as linhas de caminho de férro.

Para que é que servia isto?

Para jogar à malha com os amigos, pois claro! Para além dos pinos, e já que estou nesta onda de confessar os crimes já perscritos, existiam outras peças de ferros chatas, que acho que serviam como anilhas destes pinos, que eram usadas como a malha propriamente dita. A que deita abaixo o pino (afinal já lembro de onde vem o nome).

Estas últimas, nem fazia intenção de levar mas, a minha mãe obrigou-me a levar para dentro de casa a parte de cima dos bicos do fogão que eu estava a usar para esse fim e pronto... assim como assim, também já poderia ser engavetado por uma coisa.

Agora que pedi desculpas, aproveito para dizer que a CP, ou lá quem era, de facto produziu os melhores pinos com que se jogou à malha em Campolide naquelas décadas!

Aproveito ainda para pedir desculpas às obras do BCP, que forneceram dos melhores barrotes e pedaços de platex conhecidos à humanidade para as rampas de skate que construí durante o período a seguir a este bem como ao alto patrocínio das raquetes de pingue pongue da loja do alto Campolide (nem perguntem) e, por último, aos pacotes de caramelo líquido do Ferreira, no Tarujo, os quais voltarei a falar atempadamente. Agradeço que não façam perguntas neste tópico, mesmo que eu passe a saber fazer o pino, o que não é fácil, agora que tenho uma válvula avariada que não mo permite!

Canela

Campolide, 14 de Setembro de 2010

 

 

O Ténis

Para que a gente se entenda já a começar este artigo, percebam por favor que não estou a falar de “o tênis”  como poderia ser entendido pelos fantásticos muitos milhares de amigos brasileiros que vieram para este nosso lindo Portugal à procura de uma vida melhor e, pelo caminho, passaram a adorar a sua terra natal, sem se lembrarem de porque é que vieram de lá.

O Tênis, nos primeiros livros do Zé Carioca, eram calçado desportivo para a gente da terra de Vera Cruz.Em Português à séria, seria um erro de concordância pela quantidade implicada no artigo para com o substantivo se me referisse ao mesmo. Não o estou a fazer. Estou a falar do desporto jogado com duas raquetes e uma bola verde num court!

Assim já não há erro como podem compreender. Para os Brasileiros (e  portugueses) que possam ainda estar perdidos nos dois anteriores parágrafos, peço-vos que voltem à escola primária e tentem de novo. Ninguém vos vai levar a mal e vamos poder contar com muito mais da vossa parte depois disso.

Posto que ficou isto, adoro ver este desporto, que só consegui ir ver duas vezes ou três ao vivo em jogos amadores da treta que, não são de perto nem de longe, parecidos com o que a fantástica televisão nos traz dos “opens” fantásticos que correm pelo mundo fora. Há alguams coisas que ainda não percebi bem de onde vêm mas adoro o desporto mesmo assim.

Por exemplo, se queriam arranjar uma maneira de pontuar, que tal UM, DOIS,TRÊS e, caso empatassem TRÊS  A TRÊS, depois tinham que ganhar dois pontos de seguida após estarem em igualdade ? ...Os que voltaram atrás no primeiro parágrafo, não devem de tentar entender esta parte porque vos faz mal ao centro nevrálgico...

Porque caraças decidiram chamar um SET a um SET se aquilo pode ter 5 ou 6 jogos?! Se assim é, porque não proveitaram e chamaram SET ao número sete em vez de seven?!

Porque diabo o árbitro que fica perto da rede tem uma cadeira mariconça com um toldozinho por cima como quem vai para a praia?

Porque é que não se usam os sons dos jogos de ténis femininos como backing tracks vocais de filmes para adultos? Os gemidos são muitíssimo mais convincentes!

E por fim, mas sem dúvida, em nada menos importante, se há jogadoras com tão boas pernocas no court, porque é que não aparece uma de vez em quando com umas belas mamocas para ser MESMO divertido vê-las a correr? Lembram-se do anuncio da Maxmen com aqueles saltinhos fabulosos? Imaginem 2 horas disso ao fim de semana!

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 13 de Setembro de 2010

 

O Carrinho de Supermercado

Este é o veículo que todos podemos conduzir desde tenra idade e, se bem que tenha pedalado mais no meu triciclo cor-de-laranja com rodas de plástico ocas ou na minha ginga, (que quer dizer bicicleta em tarujense) do que nos carros de supermercado, já recuperei bem o tempo corredor afora agora na idade mais adulta.

Não posso descrever o gozo que me dá ir ao supermercado ao fim do dia, sózinho para não fazer ninguém passar vergonhas comigo, se bem que  as minahs companhias destas aventuras se divirtam à grande com coisas destas também, e dar duas pezadas  bem dadas pelo corredor central. Problema disto ? As pessoas ainda olham com cara de parvas e os sacanas dos carros guinam sempre para um lado!!! É indecente que tantos anos depois de terem sido inventados, os carros ainda não sejam direitinhos no tocante às rodas...

De fato e gravata a coisa tem outro aspeto porque as pessoas respeitam-nos e admiram-nos... Mesmo a fazer figuras destas. Já me convenci que um tipo a pedir no metro de fato e gravata se saía melhor!

Há uns melhor que outros, (os do LIDL ripam nas horas do caraças) mas em compensação, o corredor do Jumbo dentro do Alegro, em Alfragide é do melhor. São uns bons 70 metros de diversão à espera de nós! Para os que têm vergonha, experimentem uma vez e vão ver que ficam viciados. Arranjam um carrinho com uma moeda de 50 cêntimos ou 1 euro e, se forem simpáticos com as moças do pós-venda, elas dão-vos uma moeda de 50 cêntimos de plástico para poderem levar o carro à borla. Mesmo que não, recuperam o dinheiro ao fim da viagem pelo que é uma diversão barata. Porque é que eu peço às moças do pós-venda?

Porque elas estão cheias de aturar burgessos que lhes vão devolver aspiradores e outras porcarias, como se fosse o fim do mundo e qualquer sorriso ao balcão pode levar moedas, de plástico, esferográficas e muitas devoluções sem muitas perguntas.

Bem, só não percebo porque não há campeonatos disto, mas espero receber uma comissão das grandes superfícies e te ro meu nome no torneio se um dia aproveitarem esta  minha ideia vencedora ,(assim como o iogurte de peixe-espada)! Isto consiste em dar um bom balanço com algumas coisas já dentro do carro – aconselho paletes de leite ou garrafões de água do fastio (2 pares) – e inclinar o corpo para a frente para curtição máxima...

Para quem possa ter dúvidas, relembro que faz melhor à saúde do que ver  carrinho que vi hoje no supermercado, que levava um pacote de chá dietético, que dizia na embalagem “até 10 Kgs num mês!” e, no mesmo carrinho, várias tabletes de chocolate e 4 caixas de gelado!!! O Chá deve ser mesmo bom porque o tipo que levava o carro e a mulher só tinham para aí uns 100 quilos cada!

Para quem tenha medo de tais coisas, advirto que por vezes até os seguranças se riem à grande quando vamos a sair pela caixa com o carrinho meio de compras, porque foram advertidos para ir falar com um cliente que anda com o carrinho a alta velocidade no corredor dos enchidos! Eles não conseguem sequer falar para mim com uma cara séria.

Advirto apenas que, se virem alguém com um casaco branco, sem fecho à frente, larguem o carrinho e corram...depressa.

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 10 de Setembro de 2010

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Passaporte

Não há volta a dar, este tipo de bilhete de identidade internacional é um documento que veio para ficar! A rima não tem propósitos propagandísticos e foi meramente casual as palavras terem este efeito.

Antigamente, o passaporte, era coisa de malta rica, porque quem o tinha era porque precisava, e muito, de viajar, e como tal necessitava de ter um documento que o permitisse colecionar as várias carimbadelas que vai recebendo nas mais variadas fronteiras do mundo.

Desde o quadrado de Cabo verde om a data, sem piléria nenhuma, ao enigmático floreado de países no Golfo do México, há de tudo. A pinta dos guardas dos postos fronteiriços é quase tão grande como a foi o passaporte em determinada altura porque, olham para nós e para o passaporte como que a confirmar que aquela fotografia que ali se vê é de facto a nossa.

Este problema está prestes a ser ultrapassado, claro está, através da tecnologia. Fui agora tirar um novo passaporte e fui fotografado por uma webcam, mesmo com as isiosincrasias inerentes  a estas tecnologias. Uma delas, que achei curiosa, era que as senhoras, que costumam ter mais cabelo do que os homens na cabeça por este ser mais comprido, têm de ter as orelhas à mostra! Uma segunda parte é também obrigatório, válida aqui para ambos os sexos que é, não ter óculos na cara.

Isto benificia logo uma série de coisas... Primeiro não teremos mais “caixas de óculos” nos passaportes mesmo que o proprietário do documento tenha 700 dioptrias e tenha uma armação de massa tipo anos 70 e lentes fundo de garrafa, em verde e tudo!

Depois, e só agora me passou isto pela cabeça, quem não tiver orelhas não pode ter passaporte, mesmo tendo a vantagem de não ter que usar óculos, qualquer que seja a sua graduação, pelo simples facto de não terem orelhas para os segurar!

Pergunto-me como é que o Nikki Lauda viajaria hoje em dia com este passaporte eletrónico... Um mistério! Agora as senhoras ( e os gadelhudos) têm, de  todas as vezes que querem ir além espaço da União Europeia, têm de fazer aquele fantástico toque à Nuno Gomes (esse pelo menos já está habituado) e pôr o cabelinho atrás da orelha.

Valha-nos que agora basta olharmos para uma câmera que a porta abre-se, como que por magia, e já não levamos carimbo nenhum que dê para mostrarmos aos amigos como é que foi estarmos em Cuba, para lhes fazermos inveja. Destino de pobres...

Canela

Amadora, 9 de Setembro de 2010

 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Coca-Cola Zero

O Tópico de hoje é acerca de uma bebida francamente incrível... Vem em garrafa ou lata, tipicamente de 33 centilitros e, não tem nada lá dentro!

EM Espanha sei que o que diz na lata é que se trata de uma bebida refrescante aromatizada. Em Portugal diz que é um refresco de extratos vegetais. Escrito assim parece óleo para fritar, e vai na volta é mesmo, porque de refresco aquilo não deve de ter nada.

Ainda estive a debater esta ideia que advoga que o caramelo é uma planta e como tal, por ter o cheiro a caramelo, merece esta denominação. O que advogo é que estabeebida, nem nunca sequer se chegou perto de forma alguma vegetal, quanto mais que tenha algo como uma planta lá dentro ou caramelo.

Ao ler as informações de lado ficamos a saber que tem 0% de uma série de coisas, da dose diária recomendada de energia, de açucares, de gorduras, e gorduras saturadas mas que tem, 0,03gramas de Sódio (Na)!!!! Isto corresponde a 1% da DDR para um ser humano.

A única justificação para isto é que os tipos da Coca-Cola não conseguiram retirar este sódio se não vendiam-no provavelmente para a indústria farmacêutica ou qualquer coisa do génerio.

Não é verdade que seja assim tão ZERO quanto isso porque tem seis E’s. E-150D, E-952, E-950 e E 951 (por esta ordem mesmo, não sei muito bem porquê) e ainda E-338 e E-330. Para quem gosta de E’s, é um bom refresco, está cheio deles!

Juntando a cafeína que está entre parentesis e a fonte de fenilalanina, que faz parte de um medicamento chamado fen fen nos idos anos 80 em que as pessoas tinham diarreias como dieta, temos feita a fórmula fabulosa que nos traz estes refresco de extrato vegetal de qaue o mundo gosta, porque não tra nada.

Ao que percebo, a água tem mais energia do que este nectar dos deuses da dieta para que possa ser a coisa mais insípida do mundo, sendo doce e gaseificada ao mesmo tempo.

Já me lembrei que eles se usassem descafeínado, podiam reduzir a cafeína e passar a ser a Coca-Cola menos um ou qualquer outro nome que fosse bem a nível de marketing! Desde que seja um copinho cheio de nada, com sabor adocicado e com borbulhas, a malta gosta.

Canela

Lisboa, 8 de Setembro de 2010

 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Jantarada

É dia de festa quando se juntam uma série de convivas, que se conhecem de um qualquer local, seja trabalho, hobby ou lá o que seja. Por a hora do almoço ser mais apertada, aproveita-se para marcar uma jantarada que é feita ou na casa de um dos convivas ou, cada vez mais em voga, embora nos tempos de crise, nem sempre seja a melhor solução, um restaurante onde se coma bem.

Claro está que, esta coisa de se comer bem é relativa e, vai sempre de encontro ao gosto de um dos convivas que tem mais ou menos peso na hierarquia do grupo que se junta.

Por mais que se tente fazer algo neste capítulo, de facto a melhor solução é marcar num sítio qualquer a gosto de um sob pena de, ao fim das contas feitas, se a coisa for muito democrática, se ir parar a um sítio em que não é ao gosto de ninguém.

Ao darem-se início aos festejos, há que ter em conta os atrasadinhos da ordem que, mesmo dizendo que o jantar é meia hora antes, conseguem chegar atrasados, normalmente com a cara mais podre do mundo, com aquela expressão de “o que é que se passa de errado” na cara , que lhes é tão característica.

Aqui, por mais elegantes que sejam os convivas, começa o estalar lento, mas definitivo do verniz que aparentemente todos têm. O alcool tem destas coisas e, mesmo os que não bebem muito, acabam por ficar embriagados com o que os outros bebem e, pior ainda, com a atmosfera de festa que se vive, fazendo assim lembrar uma histeria colectiva que se vê em países terceiro mundistas em que vemos mais de uma dúzia de pessoas correm e puxam sem que haja razão para tal porque, ao fim de contas, o objecto que puxavam, era uma tampa de lata de tinta. Sabemos quanta falta uma faz no nosso dia a dia!

Em menos de meia hora, as mesmas pessoas que podem até ter chegado eventualmente de gravata, num fato mais ou menos catita e cheios de “nove horas”, rapidamente se convertem no desbregado labrego que não tarda nada tem a gravata pendurada na testa e fazem a sua imitação do John Rambo e de seguida a do Rocky Balboa a lutar contra o Ivan Drago!

Garanto-vos que isto é verdade e, nalgumas versões mais descontraídas podem inclusivamente chegar a aparecer guardanapos de papel enfiados nas narinas e, pasmem-se, nos ouvidos nas versões extremas... Até tem piada a primeira vez mas, os tipos que fazem isto, fazem-no de todas as vezes que bebem um copo a mais o que lhes dá um ar saloio e desbregado mas não cómico.

Canela

Armação de Pêra, 3 de Setembro de 2010

A Depilação II

Antes de mais vou escrever que já tinha escrito isto mas não me lembrava pelo que tive de chamar a depilação II... Se me lembrar tenho de escrever A Memória (ou tealvez a falta dela, ou ainda pior, a Memória II).

Ido é o tempo em que este tópico era do domínio exclusivo do género mais bonito à face da Terra. Para que não restem dúvidas, é óbvio que este é o feminino.

Durante décadas, depois do diabólico tufo debaixo do sovaco da Sophioa Lauren, as mulheres utilizaram em exclusivo esta arma para nos darem volta à cabeça, como se não bastassem já as suas armas naturais para isto. É claro qeu um perna bem depilada urge de mais atenção do que uma que não o esteja.

Depois disto lá vieram as virilhas depiladas qu,e como as pernas, nutrem de maior interesse deste modo, embora a doutrina aqui se comece a repartir por vários meios até ao dia emq ue apareceu a famosa depilação Brasileira em que o títulod e filme a aplicar às virilhas é “E tudo o vento levou” se tivermos em consideração que não há pelo que fique de pé e agarrado à pele após um exercício de depilação das terras de Vera Cruz.

Quando foi aplicada aos rapazolas, as coisas começaram a mudar de rumo porque a carrada de pelo a retirar e as áreas às quais era aplicada, eram subtancialmente maiores e mais fortes e, se por breves e fugazes momentos, se pensou em utilizar o corta relva e a rebarbadora para “tirar o maior”, logo nos apercebemos, em boa hora, que a cera deixava um acabamento mais perfeitinho, pese embora o facto de fazer homens feitos gemerem que nem meninas caídas do triciclo abaixo.

É que fazer a barba é coisa para mariquinhas se compararmos a fazer a depilação. A gilette ou a lâmina no queixo, bochechas e afins, ou mesmo até nas costas, para que se possa utilizar t-shirt sem sair de lá o que parece um mamífero morto, é muito mais tolerável do que uma banda de um tecido qualquer que, junto a uma cera quente faz com que os nossos poros se virem do avesso e cuspam para fora de nós aquelas cabecinhas brancas que os pelos têm na sua base deixando para trás de si um rasto de pele com o sangue à tona!

Canela

Oeiras, 2 de Setembro de 2010

A Bandeira

Simbolo máximo do país, está normlamente acima do maior dos elementos humanos de um qualquer estado. É assim na maior parte dos países! Em Portugal é assim também. Não há grandes dúvidas que isto nem é uma coisa que tenha ver com dimensões se não a bandeira do parque Eduardo VII, em Lisboa, claro está, seria o maior ícone nacional.

Não é assim, qualquer bandeira, independentemente do tamanho é superior ao Presidente da Republica e isso explica porque até os militares “juram bandeira” para jurar defender a pátria. Eu, que fui Polícia do Exército (aka, Puto Estúpido), conforme a tradição familiar que levou o meu pai para a Polícia Militar (aérea) e o meu irmão para a PE também não fui excepção e lá tive, sobre o lema Vitória ou Morte, de jurar que ccoiso e tal a bandeira, e que comia tudo no prato até ao fim e que ia ser bom moço e pagar os meus impostos sem fazer barulho e coiso e tal.

A uma altura, em Portugal, usámos um monte de bandeiras com pagodes chineses, porque as bandeiras eram vendidas a um euro nos super e hipermercados e não houve empresário Português que conseguisse tal proeza comercial. Uma pena porque aquelas venderam mais do que pão quente na fila da padaria. Foi preciso aparecer um tipo qualquer da SIC a reparar nisso porque, na realidade, o que nos ensinam na escola é que a bandeira é vermelha e verde e não nos falam do resto que lá está. As cores têm significados vários que têm interpretações desde o estado novo até aos dias de hoje. A esfera armilar representa o Império Colonial Português e, por isso, já havia até de ter desaparecido. Eu, substituía o foleiro e tacanho Galo de Barcelos pela esfera armilar numa operação de Marketing que daria um bom facelift a este país. Está lá o escudo das armas também e outros elementos que vale a pena conhecer buscando na Wikipédia, essa fonte inesgotável de conhecimento (bom e mau).

Foi um Brasileiro, no entanto, que após nós termos ido criar um abandeira para o país dele, veio cá e ensinou-nos a saber usar a nossa. Mais ainda do que isso, ensinou-nos a gostar dela em volta de um sonho comum que tínhamos em 2004. Não que ao princípo tivéssemos todos esse sonho mas, no dia da final, não houve vivalma sem uma bandeira na mão. Não houve quem não sentisse o arrepio que nos percorre o corpo quando ouvimos o autocarro com aqueles miúdos lá dentro, que representaram mais uma vez aquilo que queríamos e podíamos ser e não conseguimos, por um motivo ou por outro. Por ingenuidade acho eu. Tivesse isto sido num qualquer país com mais peso na UEFA e a coisa tinha corrido de outra maneira, desse lá por onde desse. Mas isso são contas de outro rosário.

Ali, levantamos a nossa bandeira vezes sem conta, roendo as unhas primeiro, depois a polpa dos dedos até que os tendões e os ossos começaram a aparecer. Ninguém ligou a isso... estávamos suspensos, dez milhões de nós porque o Ricardo tinha tirado as luvas para defender um penalti e o nosso coração estava do tamanho de o de um passarinho. Queriamos era que aquilo acabasse e, quando o Ricardo defendeu aquela bola, as nossa bandeiras levantaram-se em riste e fizeram-nos chorar e rir de felicidade. É esta a bandeira que carregamos dentro de nós, por mais que digamos isto e aquilo que pareça contrário ao que acabo de escrever.

Canela

Portugal, 31 de Agosto de 2010

 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Os Headfones

Recordo com algum carinho os primeiros fones que tive no início da década de oitenta por serem uns autênticos trambolhos.Eram mesmo umas coisas disformes que tinham um duplo propósito, pelo menos no inverno. Serviam para ouvir música e aquecer o orelhame que ia frio e regelado do tempo. Claro que o preço desta comodidade era paga logo que se acabava Fevereiro e suávamos intensa e odorificamente das orelhas até ao mês de Outubro, quando o tempo parecia querer amainar.

Então, para além de termos mudade de Walkman para Discman, mencionando os da Sony que só tive mais tarde porque eram estupidamente caros e sinceramente não valiam o dinheiro, mudámos também a dimensão dos headfones e passámos daquelas colunas com 4 centímetros de diâmetro que eram tão discretas quanto um pinguim no Botswanna, para os fones “in era” que é uma expressão anglo-saxónica para “dentro do courato”.

Fabuloso! Quando isto aconteceu pensei sinceramente que não iamos evoluir muito mais que isso até que , vinte e tal anos mais tarde dou com os putos no meio da rua com umas almofadinhas de couro que são mais quentes do que as famosas almofadas de esponja cinzenta que populavam os fones que referi atrás.

Lá vão eles, todos contentes, a meio de um Agosto que bateu recordes de temperaturas, e por cima, já agora, com quarenta e cinco ou quarenta e seis graus na Amareleja. Já nem falo destes habitantes que devem de ter headfones em gelo para o verão mas, pelo menos, aqui por Lisboa onde o mercúrio batia por cima dos quarenta graus e o ar condicionado de um carro gama média-alta ligado no máximo, não era suficiente para impedir que nos sentíssemos menos bem com a temperatura!

Se isto é moda, ele há modas... que doem muito a quem a quer usar!

Por outro lado, a própria palavra headfone é na realidade um estrangeirismo de headphones que os nossos amigos brasileiros traduzem como fones de ouvido...Esta é uma boa tradução e, para provar a excepção, é melhor que o original. Esta refere-se a onde metemos os fone ao passo que o literalmente traduzido original seria fones de cabeça.

Talvez este último termo tenha mais que ver com os idos tempos (ou não) das almofadas que não deixavam sequer ver os ouvidos e como tal teriam mais sentido a colar o seu nome ao orgão que ainda era visível, por pouco, que era a cabeça.

Canela

Oeiras, 30 de Agosto de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Bolo

Durante a minha infância, uma personagem de vulto preencheu o meu imaginário e também os meus tímpanos de grande forma. Uma senhora roliça, no que deveriam ser os seus quarenta e poucos anos, carregava uma cesta de vime à cabeça e um saco na outra enquanto dizia, alto e bom som, durante uns 10 segundos de cada arcada:

“Há boliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinhos!”

Aquilo naturalmente punha as orelhas em pé a qualquer um! A mim em particular por que me fazia um arrepio que me subia desde o fundo das costas até ao  pescoço, muito devagarinho e, mais ainda, se hoje me poria os pelos em pé, naquela altura nem pelos para isso tinha pelo que, a coisa era pior ainda!

Era um manancial de bolos carregados desde o Alto de Campolide, pelo tarujo e até à Serafina através das escadas mais incómodas do mundo, as que vão da estaçãod e Campolide até lá acima à Rua Larga, que na realidade não tem dois carros ligeiros de largura mas que, naquela altura, parecia ter o nome ideal pelo tamanho. Fica ao pé do ferro velho onde íamos vender sacas com cartão com matacões dentro para as sacas pesarem mais e dar para um gelado... As coisas que nos lembramos a partir de um bolo.

Bem, o bolo por excelência é a pirâmide, porque é feito a partir dos restos de todos os outros bolos, com adição de chocolate dentro e à volta levando ainda chantilly e uma cereja no topo! Para mim era a coisa mais inteligente a comer porque enquanto os outros comiam um bolo, eu comia todos os bolos num só! Desde que um colega meu,d e alcunha “Saloio” e cujo pai era pasteleiro, me disse isto, nunca mais deixei de comer pirâmides até que um dia me lembrei que, secalhar, e a apenas secalhar, havia um motivo para a alcunha dele ser aquela. Repensei e a partir daí como babás, por serem gostosos demais, (os da Pastorinha são um luxo), mas fico sempre a olhar pelo canto doolho para as pirâmides...as malditas!

Não comi muito bolos transportados por aquela simpática senhora, até porque a minha mãe não gostava de me dar dinheiro para comprar bolos na rua. De facto, aquilo transportado à torreira do sol, apenas com um guardanapo de renda em cima,não era das melhores coisas do mundo e, agora que penso nisso, quando comprava um bolo, a senhora andava sempre a enxotar as moscas. Se calhar era isso que lhe dava aquele gostinho...

 

Canela

27 de Agosto de 2010

 

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A Notícia

Bando de formigas atropelam manada de vacas leitieiras ontem, pelas onze horas em Mondim de Freixiandes enquanto um motim de sacos plásticos para ultra-congelados eram agredidos por uma ex-modelo que os afagava furiosamente. Os motivos da tragédia são desconhecidos mas a TVI tem já um repórter no local! Voltaremos a este tópico mais à frente neste telejornal.

Este pode muito bem ser o texto que passa no teleponto para que o apresentador, cujo nome técnico é aparentemente, pivot, talvez por causa dos dentes ou não, leia e faça com que a nação regozije de curiosidade com mais três ou quatro teasers (para provocar o espectador).

Em primeiro lugar... qual tópico? Mas isto é notícia? É que já vi umas piores até que esta na qual um tipo recém-licenciado com ideias de Pulitzers e outras coisas mais, nos chateia com o algeroz da Dª Ermelinda, senhora dos seus noventa e tal anos, residente em Pardilhó de Achambres, que está entupido faz mais de dez anos.

Claro que, na realidade, isto só tem que ver com a Dª Ermelinda ser uma valentíssima porca faz mais de noventa anos e, quanto a isso, não há notícia que a possa curar de tal. Normalmente isto é defeito congénito e como tal não há muito a fazer.

Lembro-me de ver um tipo que tinha uma casa com lixo até ao teto que depois de ter sido limpa pelos vizinhos e autoridades sanitárias competentes, demorou uns dois ou três meses para se pôr no mesmo estado. Claro está que por esta altura, o homem também já tinha anos de experiência acumulados da primeira vez.

Recordo que esta notícia é a da abertura,se ninguém tiver entregue um novo requerimento no caso Casa Pia que, já agora, como futurologista, garanto que não vai dar nada! Esta ideia, da abertura vai depois ser reforçada com espectacularidade, infelizmente já sem o cunho da Manuela Moura Guedes que eu tanto detestava de ver e ouvir que acho que cheguei a ficar na TVI mais de 20 segundos para a poder apreciar.

Canela

Oeiras, 26 de Agosto de 2010

 

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A Moda

Há uma geração de rapzolas e moçoilas que não passam de puto e chavalecas que davam um orgão qualquer para ser modelo. Isto não é estar a exagerar, é assim mesmo. No tempo em que a Cindy Crawford era o Porta-Aviões que fazia com que os homens desejassem aportar em alto-mar, as modelos tinham curvas, eram, como dizer, boazonas! Davam vontade de trincar!

Agora há que ser escanzelada, alta e com um ar de cabra parisiense mal lavada e olhos de carneiro mal-morto para se triunfar no mundo das modelos que fazem capas para este colete de forças que é a moda.

Está na moda ser-se assim apesar de todos os esforços que foram feitos para combater a anorexia... Agora a sério, deixem-me rir um bocadinho... Esforço?! Vão pentear macacos!!!

Então vem-me uma tipa falar na rádio acerca deste esforço e depois fala-me em metro e oitenta com sessenta quilos ??? Metro e oitenta com sessenta quilos é um varão de cortinado ou pouco mais.

Depois claro, vêem-se as costelas das moças nos vestidos decotados que mais as fazem parecer andrajosos cabides do que outra qualquer coisa. Evidentemente que os tipos que fazem isto não percebem que estão a contribuir para variadíssimas misérias.

Uma, a das modelos com a sua obcessão pelo peso pluma e síndrome da balança. As miudas que vêem aquilo, metem moedas nas cuecas para pesarem mais quando vão ao médico, é preocupante e verdade!!! O universo masculinio fica prestes a colapsar por causa de uma coisa que é provavelmente a mais perfeita obra da natureza, ser reduzida à insignificância de ser um cabide com controlo remoto que faz aquilo que acho que até um potro de tenra idade faria com facilidade.

Elas andam num linha reta, num chão plano, chegam ao fim, dão uma volta e meia... Quinhentos e quarenta graus, reparem bem, e voltam, desviando-se das outras que lhes seguem!

É fabuloso ou não? Eu acho que é mesmo isto que fazia falta no mundo. Alguém que recebesse uma pipa de massa por fazer esta mui complexa tarefa de ir e voltar!

Para terminar isto há que ter em conta que estas pessoas do mundo da moda transportam chapéus de chuva sem tecido algum, só com varetas, o que é positivo porque não faz tanta resistência ao vento mas, depois, fazem penteados que as levariam a reboque com uma ventania em Algés.

Canela

Oeiras, 25 de Agosto de 2010

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O Chocolate

Feito a partir das sementes torradas do cacao, esta delicia de origem Maia - e não Maya, a Astro Taróloga – tem-se imposto pelo mundo fora como sendo um dos produtos com maior sucesso comercial.

Existem vários motivos para que isto aconteça mas, não há que descurar de facto que a frase que diz a que o chocolate é melhor que sexo, ajuda alguma coisita. À minha parte, ainda não conheci chocolate assim tão bom e já comi chocolate numa porrada de países. Não nego que possa haver chocolate assim mas, permito-me duvidar assim à partida, mesmo sendo uma ciência que desconheço... e estou a falar do chocolate, sobre o qual que conheço pouco... Pensando bem nisso, ainda percebo menos do outro tema mas pronto...

Aparentemente o primeiro Europeu a provar esta delícia foi Cristóvão Colombo, o tal que não se sabe bem se era Português, Espanhol ou Italiano pelo que depreendo que era Português. Porquê?! Porque sim, e porque este é o mesmo motivo que os italianos dizem que era italiano e os  espanhois  dizem que era espanhol. Visto a Italia e a Espanha já terem sido campeões do mundo de futebol e nós não, acho que é de perceber que o Colombo é nosso, como o centro comercial.

A prova que era Tuga é que, embora tenha provado o chocolate, foi preciso ter ido lá um espanhol para que o tenha trazido para a Europa! No entanto, a primeira chocolataria do mundo foi em Londres... Lá está, há hábitos que nunca mudam.

Nós descobrimos, os espanhois carregam e os ingleses fazem a massa com isso! A prova que os ingleses desenvolveram isto é que o nome original era Xocoatl e, como é sabido, os ingleses têm a mesma aptidão para falar linguas que eu tenho para esfolar perus vivos com conchas de conquilhas do Tejo!

Uma imagem recorrente que tenho na mente enquanto escrevo estas linhas é de uma praça na Bélgica, que tem uma chocolataria com uma cascata de chocolate quente, que se cheira desde que se aterra no aeroporto e que tem no vidro as marcas de várias mãos, cujos donos contemplaram, com ávida gula e água na boca aos litros aquela imagem de prazer supremo a escorrer taça após taça.

É engraçado qeu o chocolate esteja intrinsecamente ligado às carências afectivas também porque, com o número de gulosos que por aí andam, acho que isso não passa de uma boa desculpa para mandarem para cima de outra pessoa qualquer, a culpa de mais uma falha na sua personalidade. A de não resistirem a um pedacinho de chocolate.

Eu tenho a felicidade de nem seuqer o apreciar muito, o que muito me ajuda por agora não o poder comer por motivos gástrico-esofágicos (também conhecido por ... mariquices, vá lá) mas devo afiançar que de facto não deixo de ser tentado mais, agora que não o posso comer. É que chocolate não tem estação do ano... Ninguém se queixa de o ter a escorrer pelos dedos abaixo durante o Verão e lambe os dedinhos como se não houvesse amanhã.

Os únicos que fogem a esta regra são uns fabricantes que deixam de prduzir o chocolate no verão para desgosto de muitos e, pior ainda, fazem publicidade a isso para nos irritarem com tão nefasta notícia!

Isto só acontece porque eles nunca ouviram a frase encantada de quem lhes poderia dizer que afinal, o chocolate, não é a melhor coisa do mundo!

Canela

Bélgica, 24 de Agosto de 2010