Seguidores

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O SMS

Voltando aos tópicos que são simultaneamente de três letras e acrónimos, vou hoje referir este modo de comunicação que revolucionou o mundo de tantas maneiras. Digo isto com certeza e propriedade absoluta pois, acabo de ser informado há dias que o SMS é agora um hobby.

Pelo menos foi isto que vários alunos responderam à sua professora de Matemática quando perguntados acerca dos seus hobbies. Fabuloso, não é?! Para mim é tão bom como descrever como hobby, mudar a água às azeitonas ou fazer um cocó! É preciso, gosto muito e sentimo-nos bem, por isso acho que também entra como hobby.

Isto mostra várias coisas, não só acerca dos SMS’s (desculpem a apostrofização anglo-saxónica), mas também o que estes putos têm dentro daquelas cachimónias.

Bom, o SMS é de tal modo importante que até um canal de televisão já existiu com este nome (e eu até fui lá a um concurso de bandas que era apresentado pela Helena Coelho... essa mesmo,que fez as fotos para a lingerie Triumph... recordo-me da sua bengala recorrente... “nada mal, hein?” como se fosse hoje...). Naquela altura, os miúdos votavam nas bandas que mais gostavam via SMS e depois o concurso ia progredindo tipo meias-finais, finais, etc... (Fomos à final e não ganhámos, recebemos o prémio rolha de cortiça, como é costume).

Assim, temos hoje pessoas que não sabem ler SMS’s como a minha mãe, porque os telefones têm letrinhas pequeninas, o que é verdade e temos pessoas que mandam SMS’s a falar com outra pessoa ao lado usando ambos os polegares. O record é de uma Norueguesa que escreveu:

"The razor-toothed piranhas of the genera Serrasalmus and Pygocentrus are the most ferocious freshwater fish in the world. In reality, they seldom attack a human.”

Em 37,28 segundos! Isto explica o baixo teor de vida sexual que esta gente tem... Só pode!

De qualquer forma, os teenagers (adolescentes) são recordistas absolutos nesta nova forma de comunicar e aposto que até o famoso “truca-truca” pode hoje ser feito via SMS:

“lol, Truca”

“Truca”

“TRUCA, TRUCA”

“TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA”

“Ohhhhhhh”

Eu prefiro sem ser por SMS mas, pensando bem nisso, não posso preferir porque nunca... vá lá... truca-truca por SMS. Pode ser que seja giro... duvido, no entanto.

Canela

Oeiras, 29 de Setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Estacionamento

Sei que não devia começar assim porque fazendo-o, vou meter em apenas meia dúzia de pessoas o conhecimento da frase que vem a seguir... mas que se lixe! Aturar, até aturo algumas coisas mas têm de me pagar para isso.

 Quem me conhece sabe que o estacionamento para mim não é problema. Em qualquer dado dia, podem ser nos santos populares em Lisboa, posso ir até à rotunda do Marquês de Pombal e arranjar lugar para estacionar o carro a menos de vinte metros do sítio para onde quero ir! Os motivos pelos quais tenho sempre lugar lá, são bastantes mas sem dúvida que os mais importantes são o estar a visualizar o meu lugar mesmo à portinha, os outros não conseguirem acreditar que o vão conseguir e, segundo o anúncio deles, a EMEL.

A verdade, verdadinha é que eu paro o carro nem que seja em frente da esquadra da polícia em cima do passeio e quero que se lixe na maior parte das vezes. Trabalhei numa empresa em Oeiras onde estacionava numa curva, em cima do passeio e ao mesmo tempo de duas passadeiras, numa curva! Nunca fui multado... Uma vez meteram-me um saco do lixo pendurado no espelho e mandei com ele para dentro do quintal da velha que ali morava, com a certeza absoluta, embora sem provas de que tenha sido ela. A velha também tem a certeza que fui eu que lhe mandei com o saco do lixo para o quintal mas também nunca há-de poder provar isso portanto...

Uma vez apareceu lá a polícia e multou toda a gente que por ali estava, inclusivamente um ex-colega meu que não excede os 50 quilómetros por hora na cidade e os 80 nas nacionais. É um tipo que não gosta de maçãs (?!) e para quem até os reformados que têm um Datsun 1200 buzinam para sai da frente! Este tipo, foi multado... Eu, curiosamente, estava fora naquele dia e a multa passou-me ao lado.

De volta à EMEL... Estes senhores que tanto já fizeram por nós a troco de tão pouco são também um motivo aparente para que toda a gente tenha lugar para estacionar. Eu incluído! Ao que parece, por metermos umas moedas nos parquímetros, ou parcómetros, tenho de verificar isto com um brasileiro qualquer que saiba português à séria, os lugares ficam melhores. Não sei bem como, deve de ser um processo tipo a fada dos dentes, só que as moedas metemos nós naquelas máquinas diabólicas que nos sugam até ao tutano.

Não me lembro de ter autorizado quem quer que fosse a taxar-me para poder parar o carro mas também estou seguro que não há-de ser mais uma negociata daquelas que são ilegais mas que se vão fazendo aqui no nosso jardim à beira-mar plantado. Não pode...era demais, não é?!

E as condições que eles trouxeram ao estacionamento? Agora que temos aquelas linhas brancas a delimitar os lugares, é muito melhor estacionar ali. Até um polícia me disse para estacionar como deve de ser e não ocupar dois lugares um dia destes na Avenida da Liberdade... Nem lhe respondi, porque ele não é da EMEL, claro. Tirei dali o carro e parei 100 metros mais à frente a ocupar outros dois, só porque sim! Era o que mais faltava agora era um policiazeco a dizer o que se pode ou não fazer num local que é da EMEL. Só não me lembro de ver a EMEL a reparar pavimento algum nos locais de estacionamento onde o alcatrão está podre e esburacado como seja a António Augusto de Aguiar mas isso, havemos de lá chegar.

Afinal de contas, o que seria de nós sem estes que já uma vez foram chamados de “marcianos” pelas fardas, que queriam que se confundissem com os Almeidas que trabalham na Câmara?!

Canela

Lisboa, 28 de Setembro de 2010

 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A Tosta Mista

Pão, fiambre e queijo. Não tem aparentemente nada de mais, pois não? Leva-se à tostadeira e pronto, está feito! É que é mesmo tostadeira e não tosteira, vem no Priberam e tudo! É o mesmo que uma sanduicheira já agora. A mim faz-me lembrar que vou comer uma tostada mista e não uma tosta mista mas tudo bem. Podia bem ter em casa uma cafetadeira em vez de uma cafeteira...

Para piorar isto fui atendido por um dos milhentos brasileiros que há cá a trabalhar nos cafés e que, por infelicidade do destino, acham que podem trabalhar sem falar a lingua como nós a usamos... É que isto escrito é uma coisa. Até arranjamos uns acordos ortográficos que tiram umas e põem outras letras e a coisa fica normalizada, agora... quando chega a falarmos... é um cu de boi de todo o tamanho! Para o Brasileiro que lê isto, cu de boi é o mesmo qeu um problema, mas de morango, e leva atum!

É que concluo que, afinal, dos dois que estavam a falar eu é que estava errado e enervei-me à grande e à portuguesa sem razão para tal porque, ao pedir uma coisa ultra-avançada como uma tosta mista mas com um croissant a servir de pão fui inquirido se queria na torradeira ou na prensa.

Ora bem... na torradeira fazem-se torradas e não tostas. E às vezes nem isso, porque ao mesmo empregado pediu-se uma torrada e acabou por vir para a nossa mesa um pão aquecido que estava amarelo da margarina e não de ter sido torrado. Podem meter dez litros de tapioca com guaraná no rabo que nada vai mudar isto! Uma prensa é aquele objecto que o Guttenberg usava achava eu... Afinal uma prensa é:

prensa

s. f.

1. Aparelho manual ou mecânico para comprimir uma coisa entre as suas duas peças principais.

2. Caixilho de impressão.

3. Prelo.

Assim, não há dúvidas que quem tem razão nisto é o brazuca e que eu não sei é falar português. Vou tentar tirar umas férias no Rio de Janeiro onde irei tentar reaprender a minha lingua e no meio disso corrigir os erros ortográficos do Camões. Vou já a correr explicar à minha mãe que afinal a tosteira não existe, é uma tostadeira mas que, afinal, haviamos mesmo era de usar uma prensa, mesmo que não aqueça nada... Se calhar foi por isso que o croissant acabou por vir frio!

Porr fim vou términarr iscrevêndo comu us nossus irmão du Brasiu, práquiagentji naum dê maiss erru d’iscrita. Ais minha sincéras discuupais...

Canêla

Morro do Bôbô, Rua Buceta, 27 dji Sitembru dji 2010

 

domingo, 26 de setembro de 2010

O Crochet

Ia eu a caminho de Sintra quando ouço falar no maior local de partilha online do mundo acerca de crochet! Aparentemente há um website onde a partilha de informação é constante acerca deste fabuloso mundo que a tantos seres humanos interessa. Até aqui, tudo bem, ele há websites para tudo e mais um par de botas pelo que, daqui não vem mal ao mundo.
A parte troglodita distocomeça quando, ao não querer parecer que isto é uma coisa apenas do sexo feminino, o locutor diz que também se encontram lá bastantes homens. EU cá acredito que sim e, sinceramente, oq ue me parece fraturante do ponto de vista da eterna guerra dos sexos é mencionar que há lá homens. É quase tão parvo como dizer que num site de mecânica ou tuning automóvel, também há lá mulheres!
Niguém duvida disto mas, há que ser claro, os números falam por si...
É óbvio também que ambas as coisas haviam de causar zero pruridos mas confesso que me chateia menos ouvir uma tipa falar de carburadores do que ver um marmanjo a discutir crochet... é que.. quero dizer...
“Ai, este fim-de-semana consegui acabar umas pantufinhas de crochet com linha S com uns prespontos rendilhados em flor que são um mimo!”
É uma frase meio mariconça e fica pior que a tipa do carburador. É uma questão de preconceito mas imaginem só por um minutinho a conversa de dois tipos que desatam numa discussão entre o crochet (que usa uma agulha) e o tricot (que usa duas). Como é óbvio cada um iria defender a sua dama com as óbvias vantagens entre cada um. Se juntarmos a isto um pano de fundo de um tasca típica do bairro alto, a cosia só pode ser, no mínimo cómica. Não consigo deixar de visualizar esta cena enquanto comem umas moelas e um copinho de branco numa mesa daquelas com tampo de pedra que são frias para caraças nos braços...
Pior que isto é pensar num homem que esteja à espera de consulta de médico de família no centro de saúde de Sete Rios, sacar do saquinho do crocet e começar a debruar um paninho de cozinha enquanto espera. Só falta mesmo pôr o gajo a ler a Ana mais atrevida para que o Apocalipse aconteça...
Numa época em que se faz tanta força para os homens serem mais sensíveis, é disto que estamos a falar? Se é, não contem comigo para crochet ou tricot!
Canela
Santo António dos Cavaleiros, 24 de Setembro de 2010

A Obra Pública

Dentro dos tópicos que fazem parte das coisas-que-me-aborrece-um-bocadinho-mesmo-muito-muito-grande, estão as obras públicas. Digo as públicas, não é porque não me chateiem todas as obras pela confusão que geram mas porque, as privadas não estão a sair do meu bolso e as do erário público já é diferente.
Bem nos dizem que devemos ser mais exigentes com o que pedimos aos nossos governantes e com toda a razão e propriedade. O mal é que suspeito que falar com o José Sócrates acerca destas massas mal empregues deve ser mais difícil do que apanhar o Pai Natal a dar um pirafo à Branca de Neve! Que me desculpem o Pai Natal e a Branca de Neve que não tem culpa de ser farinha também mas realmente parece-me improvável mesmo nos desenhos animados!
É que, parece que aquela palavra chamada orçamento, é uma coisa assim como a matéria negra do universo. Não se vê, não se sente, mas sabe-se que está lá. Ao fim das contas não faz diferença nenhuma porque sabemos que aquilo vai sempre custar de vinte por cento a cinco ou seis vezes mais! Ora para isso chamar-lhe-iamos estimativa e não orçamento, onde é suposto quem faz a obra meter um certo e determinado, como dizer, fator cagaço, para se a coisa correr menos bem.
Não digo que a coisa ficasse mais barata, o que digo é que pelo menos sabíamos para além de qualquer dúvida razoável quanto nos ia custar aquilo e logo sabíamos de podiamos fazer a obra ou não. Após estes tempos de crise e de vários apertos de cinto de tal forma que os que, como eu, têm refluxo, já têm ácido perto dos lobos oculares, não deixa de ter alguma piada que mesmo assim tenhamos conseguido subir a despesa em mais dois e meio por cento.
Um destes dias ouvi uma jornalista afirmar que a média da derrapagem das obras públicas era de trinta por cento! Ora assim sendo já sabemos quanto vai custar em média a obra e daqui é fácil, basta adicionarmos trinta por cento e já temos a noção se podemos mandar construir ou não.
Ainda assim há um outro eixo que me irrita ligeirissimamente... Não tanto quanto o gastar mais mas um bocainho também. O eixo do tempo... Digam-me lá com sinceridade de sou eu que sou marrãozinho ou qualquer porcaria que se proponham a construir, não tem de ter um atraso de alguns meses?! É que aqui nem ouvi jornalista alguma a dizer que se atrasam x por cento porque se assim fosse, quem orçamenta até podia logo dar um desvio padrão e assim punhamos logo o prazo de execução certinho (em média) e o preço também.
Canela
Oeiras, 23 de Setembro de 2010

O Apanhado

Por inspiração da musa, apareceu-me esta ideia para hoje. Por mais vezes que eu veja os apanhados, não consigo achar grande piada áquilo. Sinto-me sempre um bocadinho bota de elástico por ser uma coisa que em princípio me havia de divertir e como dou tudo e mais 5 tostões para dar uma boa gargalhada, é um bocadinho frustrante apanhar coisas daquelas que vejo a malta a rir a bandeiras depregadas e eu fico com aquele ar de batido de ananás com atum de boca semi-aberta, herança da Dª Maria Fernanda...
Mas não há nada a fazer, quer sejam os da televisão com gente banal que por ali ia a passar e resolvem fazer uma pequena judiaria ou mesmo uma coisa qualquer que acho que pode correr muito mal se o tipo tem uma doença cardíaca ou lhe dá um AVC! Pode parecer parvo, e até acho que é mesmo porque as hipóteses disto acontecer são pequenas a tenderem para zero mas... vai que um daqueles tipos que estão a ser acossados e gozados por aquela gente toda sacade uma pistola e dá um tirinho, só a brincar, para apanhar quem há pouco o estava a apanhar? Como é que vai ser no dia que isso acontecer? Sei que ainda não aconteceu se não já tinhamos sabido disso em todos os jornais e telejornais durante umas semanas com repetições em directo na TV e no youtube.
Nem aos jogadores da bola a serem apanhados acho piléria porque só a acho quando eles dão uns pontapés na bola e, mesmo assim é quando são bem dados.
Os piores são aqueles que vemos nos aviões que são passados nos aviões da TAP com gente que se vê que é claramente dos países mais nórdicos. Por um qualquer motivo que desconheço, estes apanhados são sempre cortados a meio (mesmo a meio de um dos apanhados, porque se deixassem acabaar aquele ou não o deixassem começar, não nos aperceberíamos disso não é ?)...
A parte chata disto é que na viagem de volta, ainda esperamos ver a segunda parte para ver como é que aquilo acabou, mas tornam a pôr do início e, regra geral, por o tempo de voo ser aproximadamente o mesmo, acabamos por ficar até à mesma parte em que acabou na ida para lá!
Tirando estes, só como dizia a musa, às vezes acontece-nos com cada uma que até ficamos a pensar, “ mas onde é que estarão as câmera a apontar para mim?”....
Canela
Santo António dos Cavaleiros, 22 de Setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Tique

Toda a gente tem um. Na realidade são mais, são muitos, são maneirismos que se transfiguram em tiques que são mais ou menos salientes enquanto fazemos algo. Vão desde o clássico enrolar os cabelos nos dedos até aos mais complexos como sejam levantar e baixar a cabeça usando apenas o pescoço enquanto se ajeita o colarinho (mesmo quando se usa uma t-shirt) pigarreando ao mesmo tempo.
São eles também que nos caracterizam, o que acaba por ser giro e chato ao mesmo tempo. É assim porque o que a mim me faz rir, irrita solenemente a alma a outro tipo qualquer.
Estas bengalas mais ou menos fisicas acabam por se apresentarem muito convenientes porque, quando nos sentimos desconfortáveis ou em stress, não há nada como um bom tique para que as coisas retomem o seu devido lugar.
Alguns de nós mexem freneticamente no nariz, mesmo fora do carro, porque dentro não conta, é tique da raça humana. Dve de haver uma ligação entre o utilizar os pés e as mãos ao mesmo tempo e a uma irresistível vontade de tirar muco em bagalhotas da nossa penca.
Há até um síndrome conhecido como Tourette, que tem que ver com estes hábitos e vão desde os mais banais “aaaaaaa....” antes de cada frase até aos mais complexos como sejam gritar palavrões com caretas ao mesmo tempo. Para quem ache que isto é raro ficam a saber que 3% da humanidade sofre disto. Isto explica porque uma série de pessoas aparecem nas fotografias tanta vez na mesma posição ou com a mesma expressão.
Não me posso esquecer que havia um tipo no último espectáculo em que toquei que gritava de 20 em 20 segundos qualquer coisa como “Dá-lhe forte!” Só acontece com musica ao vivo! Ao rever uma outra cassete onde ele aparecia em vídeo, dizia a mesma frase há 13 anos!!! Com iso concluo que o tipo que está sempre nso bares a dizer “Toca Xutos” (há sempre um) é, na realidade, portador desta doença!
Ao que parece, foi entretanto descoberto que os animais também têm tiques e podem sofrer deste tipo de síndrome. Há histórias de cavalos que andam de lado de tantos em tantos passos! No fudo podem ser definidos como send uns cavalos bué dreads. Se lhes puserem uns óculos fashion e um boné na tola, podem até ser confundidos com o Puff Daddy por causa da dentição. Fiquem a saber que as vacas abanarem o rabo (a cauda mais propriamente) não conta como tique porque é para espantar as moscas e nada mais.
Uma das coisas que me diverte mais é observar as pessoas e apanhar o tique que elas têm, não que seja para fazer pouco delas, mas pelo menos para gozar com elas, vá. Não é por ser cruel... é mesmo por achar divertido apanhar essas pequans nuances que fazem de nós seres únicos... e um bocado parvitos de vez em quando...
Canela
Santo António dos Cavaleiros 21 de Setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Lista

Podia ser a Schindler ou outra qualquer com interesse à séria, mas lamento informar que hoje escrevo sobre este flagelo que é a lista...de casamento. Não morreram judeus na história pelo menos!

Há lá coisa mais parva e estúpida do que fazer uma lista para recebermos quando casamos??? É que assim, as hipóteses de recebermos algo que não nos fará falta alguma durante muitos e bons anos diminui drasticamente! Isto é bera porque há sempre um tio, um primo, ou um amigo que nos consegue oferecer uma coisa que nunca estávamos à espera de receber por mais voltas que déssemos ao miolo.

A mim já me aconteceu receber uma garrafa da SIGG, que supostamente faz sito e aquilo às bebidas que estão lá dentro e, com sinceridade, acho que dá mau gosto à água, que era a única coisa que meti lá dentro. Devo confessar que sou um bocadinho bronco porque quando ma ofereceram achei que era um termo para o café!!!

Bom, voltando a isto da lista do casamento, lá fui ver a lista de casamento de uma pessoa conhecida onde temos de dizer o nome de ambos os noivos, tipo username e password para aceder a qualquer coisa, o que não é muito fácil porque apenas meia dúzia de pessoas sabem mesmo o nome dos dois nobentes porque normalmente vão apenas por um dos lados. Mesmo assim, há noivos que nós conhecemos como, o TóZé  ou o Alce, o que diz muito do que o casamento vai ser por si só e isso não nos facilita a vida em nada.

Se forem como a pseudo fina da minha conhecida, escolhem um local in e mais fino do que na realidade é para deixarem a lista, tipo El Corte Inglés onde, na realidade podemos ter artigos como um lenço de seda Comfort por 98,27€. Para que isto se entenda bem, estamos a falar de um quinto do ordenado mínimo nacional! Depois é fácil...partema coisa da maneira mais partida que pode existir...

Eu sabia lá que podia oferecer como prenda de casamento uma série de 12 colheres de chá por quase 60 Euros! A sério que nem sabia que havia colheres desse preço. Sò não me chateei porque logo de seguida vi que cada prato custa mais de 25€. Digo-vos uma coisa, ainda vacilei em oferecer um quarto do candeeiro de sala por 150€ mas, quando vi que corria o risco de um dia ser convidado para uma casa onde os pratos custam, cada um mais de 5 contos na moeda antiga, e que foram oferecidos provavelmente por 8 famílias diferentes, pensei logo em levar os meus próprios talheres de borracha para não correr o risco de riscar o prato e de alguém se aborrecer comigo!

Ah...se forem ao El Corte Inglés, não se esqueçam de tirar a senha se não a senhora não vos atende, mesmoe stando o display grande fora de serviço! Fica ali logo a 20 metros da lista...

Canela

Lisboa, 20 de Setembro de 2010

 

domingo, 19 de setembro de 2010

O Tijolo

Uma das grandes invenções da humanidade reside num bloco de argila, moldado numa forma parelelipipédica, levado ao forno para cozer! Algumas considerações acerca disto…

Quem, pergunto eu, quem é que se terá um dia lembrado de ver se um bocado de terra avermelhada, quando misturada com água, amassada e limpa de impurezas de maior e levada ao forno a cfozer, se poderia transformar em algo de útil? É que isto só pode ter sido obra do acaso. Não me parece que possa ser uma outra qualquer coisa assim do pé para a mão! É esticado pensar que caiu um bocado de argila para dentro de um forno onde estavam, sei lá, a fazer pão e, ao bater várias vezes com uma pá naquela matéria estranha, saiu de lá uma coisa mais ou menos cúbica, para onde alguém terá olhado e dito.

“Eh pá, com isto dá para se construir paredes!”

Não me parece!

Ao saber que um dos tijolos mais antigos que se conhecem, são chamados de tijolos de burro, é lícito para mim pensar que foi um burro que inventou o tijolo. Dos que fazem i-ó, i-ó mesmo!

Conforme devem de saber há tijolos de sete e de onze, o que tem que ver com a sua largura e, como tal, a sua aplicação para paredes externas, internas e outros fatores mais a ter em conta. Os de burro já não são fabricados e são apenas aproveitados de um lado para o outro pela sua forma bruta (muitos nem têm buracos e como tal são parelelipípedos sólidos). Há outras dimensões menos comuns mas sem expressão no nosso mercado.

Há agora uma variante feminina do tijolo, que é a tijoleira, que tem uma forma muito peculiar e serve para se meter entre duas vigas, por exemplo. Claro que a tijoleira, por ser feminina é uma coisa mais coquete e exige que se ponha malha ao sol (não fui eu que inventei o nome) em cima para que possa suportar a argamassa de seguida.

Posto isto, há uma coisa que me faz realmente uma certa e determinada espécie que é o facto de os pedreiros comprarem tijolos e depois os partirem com uma colher que é do nome da sua profissão para os transformarem em cacos. Ora para isso não era melhor fabricarem logo cacos? É que com isto podem dar azo a que as pessoas pensem que a expressão “estúpido que nem um tijolo” tenha uma maior razão de ser…


Canela

Montemor-o-Novo, 17 de Setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Aparelho

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Uma análise feita há algum tempo por um tipo com uma pala no olho mas que via melhro do que a maioria dos que haviamde vir.Era um tipo chamado Luís que escreveu um calhamaço chamado Lusíadas... Ah...era de Camões... isso mesmo, deCamões!

Ora o Camões tinha pala mas não tinha aparelho nos dentes. Ainda não tinham sido inventados os aparelhos para endireitar a chamada “cramalheira” à malta.

Quando estes apareceram no mercado, ninguém gostava disto nem que a vaca tossisse! Os putos eram gozados à força toda por causa disto e, ao que parece, agora há uns a fingir para que os putos possam ser como os outros porque se não ficam a bater mal da telha mesmo que tenham 3 anos de idade e não tenham capacidade para formar frases completas. Lá está, mudaram-se os tempos.

Ele há-os (os aparelhos) com corzinhas, brilhantes e o que mais seja para os gostos e bolsas respetivas de cada um! As crianças adoram e, ao contrário do que era dito dantes, que a partir dos 12 ou 13 anos de idade, já não havia nada a fazer, anda para aí muito adulto a melhorar a imagem com as famosas bocas de latão. Agora o latão é mais polido e fica bem.

Não se perdeu a piada de ouvir alguém que começou a usar essa boca de tubarão há pouco tempo porque os “ésses” são fantásticos e acompanhados de um silvo que mais parece um travão de um comboio da CP em travagem de emergência.

Melhor que isto só ver alguém a recusar comer qualquer coisa que seja, mesmo que adora, como bolachas, porque, como podem imaginar, tem que se meter um pacote inteiro na boc apara se comer metade do pacote. Para mais, o efeito visual que é um tipo rir-se e mostrar o outro meio pacote de Coríntias que ficou preso aos arames, é um espectáculo com um misto de degradante e cena cómica dos filmes do Chalie Chaplin que mereciam, por isso mesmo, um daqueles cartões cheios de reviravoltas com uma fonte de letra bem bonita, quando uma frase tinha de aparecer no ecrã.

Canela

Oeiras, 16 de Setembro de 2010

 

O Radar

Não há muito tempo, foram adicionados às ruas e avenidas de Lisboa uma série de pórticos e uns caixotes cinzentos com um bocado de vidro á frente com o intuito de faturar mais umas lecas para a autarquia à conta dos condutores mais incautos.

Devo confessar que nunca contribuí para essa causa, muito por causa do período de testes em que passei na velocidade normal à noite no fim do IC19, bem acima dos estúpidos 80 Kms por hora num local onde não há peões, onde existe um separador a meio das faixas de um lado e de outro.

Devo confessar também que esta medida é parva na perspetiva de que, um tipo mais ou menos acelera como eu não é apanhado obviamente por estes radares, embora o mesmo não se possa dizer dos do IP2 a caminho de Portalegre onde sou conhecido benemérito dos GNR’s da zona. Os mais vermelhinhos do país, nao estou a falar de política, mas sim de cor de faces. É gente saudável...

Voltando à 2ª Circular onde há 3 radares que funcionam 24 horas por dia. Digo eu, que se alguma inteligência por trás daquilo, economizavam bastante na eletricidade destes sistemas se os desligassem ao início e final do dia em ambos os sentidos porque é fisicamente impossível, em dias da semana alguém atingir 80 Kms/h naquelas vias a menos que vá de bicicleta, parapente ou de avião a passar baixinho. Com o aeroporto ali ao lado, sempre queria ver se mandavam a multa para a EasyJets ou coisa que o valha.

No meio disto apareceram uns radares mais engraçados ainda, que têm uns LEDs (umas luzinhas) a verde quando a velocidade é abaixo do permitido por lei e a vermelho ou amarelo quando é acima. Indicam a velocidade do automóvel mas nunca percebi muito bem se é a do meu carro se é a do tipo ao lado porque aquilo só mostra uma velocidade de cada vez. Proponho, para melhor entendimento que haja um display para sabermos se somos nós que vamos fazer o sinal fechar, e fazer comentários acerca de não se poder andar mais ou, se foi o besuntas do carro ao lado e desse modo podemos olhar para ele com um ar fulminante!

É que com estas corzinhas todas, mais gostar de ver se o mostrador de velocidade do carro bate certo com o que mostra o do radar, se há uma passadeira a seguir, o mais provável é que se atropele um peão na mesma por estarmos distraídos com aquelas ciosas todas!

A única coisa que me irrita mais que isto é que de manhã, nas zonas com maior trânsito, só se multarem uma ambulância ou um carro da polícia. Nest último caso, mais encostado à hora do almoço, quando vão a zarpar pela faixa do BUS fora, sem as sirenes ligadas, sinal que não vão atrás de ladrão algum, porque quando o fazem, ligam-nas para eles fugirem, sem que a gente lhes possa aplicar uma multa valente!

Canela

Oeiras, 15 de Setembro de 2010

 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Pino

Não contem a ninguém, mas após uam visita a um cliente, decidi escrever este artigo por descargo de consciência alguns 28 ou 29 anos depois de ter praticado um roubo que já nem me lembrava.

As minhas desculpas à CP, ou á REFER, ou a lá quem seja, por no fim dos anos 70 e no princípio dos anos 80, eu lhes ter levado emprestado, por diversas vezes, alguns pedaçoes de ferro que se encontravam longe da linha em funcionamento mas que, não eram minha propriedade.

Explico agora que não fiz a fazer o pino, como possam estar a pensar, devo confessar que nunca tive muito jeito para fazer o pino, não sei bem porquê, visto até me safar bem em desportos físicos... Fazer o pino é qu enão era para mim. Mas havia uma coisa a que eu chamava pinos, não sei bem porquê, que são aqueles parafusos que estão par a par cravados (atarrachados ou aparafusados acho eu) nas madeiras que acompanham as linhas de caminho de férro.

Para que é que servia isto?

Para jogar à malha com os amigos, pois claro! Para além dos pinos, e já que estou nesta onda de confessar os crimes já perscritos, existiam outras peças de ferros chatas, que acho que serviam como anilhas destes pinos, que eram usadas como a malha propriamente dita. A que deita abaixo o pino (afinal já lembro de onde vem o nome).

Estas últimas, nem fazia intenção de levar mas, a minha mãe obrigou-me a levar para dentro de casa a parte de cima dos bicos do fogão que eu estava a usar para esse fim e pronto... assim como assim, também já poderia ser engavetado por uma coisa.

Agora que pedi desculpas, aproveito para dizer que a CP, ou lá quem era, de facto produziu os melhores pinos com que se jogou à malha em Campolide naquelas décadas!

Aproveito ainda para pedir desculpas às obras do BCP, que forneceram dos melhores barrotes e pedaços de platex conhecidos à humanidade para as rampas de skate que construí durante o período a seguir a este bem como ao alto patrocínio das raquetes de pingue pongue da loja do alto Campolide (nem perguntem) e, por último, aos pacotes de caramelo líquido do Ferreira, no Tarujo, os quais voltarei a falar atempadamente. Agradeço que não façam perguntas neste tópico, mesmo que eu passe a saber fazer o pino, o que não é fácil, agora que tenho uma válvula avariada que não mo permite!

Canela

Campolide, 14 de Setembro de 2010

 

 

O Ténis

Para que a gente se entenda já a começar este artigo, percebam por favor que não estou a falar de “o tênis”  como poderia ser entendido pelos fantásticos muitos milhares de amigos brasileiros que vieram para este nosso lindo Portugal à procura de uma vida melhor e, pelo caminho, passaram a adorar a sua terra natal, sem se lembrarem de porque é que vieram de lá.

O Tênis, nos primeiros livros do Zé Carioca, eram calçado desportivo para a gente da terra de Vera Cruz.Em Português à séria, seria um erro de concordância pela quantidade implicada no artigo para com o substantivo se me referisse ao mesmo. Não o estou a fazer. Estou a falar do desporto jogado com duas raquetes e uma bola verde num court!

Assim já não há erro como podem compreender. Para os Brasileiros (e  portugueses) que possam ainda estar perdidos nos dois anteriores parágrafos, peço-vos que voltem à escola primária e tentem de novo. Ninguém vos vai levar a mal e vamos poder contar com muito mais da vossa parte depois disso.

Posto que ficou isto, adoro ver este desporto, que só consegui ir ver duas vezes ou três ao vivo em jogos amadores da treta que, não são de perto nem de longe, parecidos com o que a fantástica televisão nos traz dos “opens” fantásticos que correm pelo mundo fora. Há alguams coisas que ainda não percebi bem de onde vêm mas adoro o desporto mesmo assim.

Por exemplo, se queriam arranjar uma maneira de pontuar, que tal UM, DOIS,TRÊS e, caso empatassem TRÊS  A TRÊS, depois tinham que ganhar dois pontos de seguida após estarem em igualdade ? ...Os que voltaram atrás no primeiro parágrafo, não devem de tentar entender esta parte porque vos faz mal ao centro nevrálgico...

Porque caraças decidiram chamar um SET a um SET se aquilo pode ter 5 ou 6 jogos?! Se assim é, porque não proveitaram e chamaram SET ao número sete em vez de seven?!

Porque diabo o árbitro que fica perto da rede tem uma cadeira mariconça com um toldozinho por cima como quem vai para a praia?

Porque é que não se usam os sons dos jogos de ténis femininos como backing tracks vocais de filmes para adultos? Os gemidos são muitíssimo mais convincentes!

E por fim, mas sem dúvida, em nada menos importante, se há jogadoras com tão boas pernocas no court, porque é que não aparece uma de vez em quando com umas belas mamocas para ser MESMO divertido vê-las a correr? Lembram-se do anuncio da Maxmen com aqueles saltinhos fabulosos? Imaginem 2 horas disso ao fim de semana!

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 13 de Setembro de 2010

 

O Carrinho de Supermercado

Este é o veículo que todos podemos conduzir desde tenra idade e, se bem que tenha pedalado mais no meu triciclo cor-de-laranja com rodas de plástico ocas ou na minha ginga, (que quer dizer bicicleta em tarujense) do que nos carros de supermercado, já recuperei bem o tempo corredor afora agora na idade mais adulta.

Não posso descrever o gozo que me dá ir ao supermercado ao fim do dia, sózinho para não fazer ninguém passar vergonhas comigo, se bem que  as minahs companhias destas aventuras se divirtam à grande com coisas destas também, e dar duas pezadas  bem dadas pelo corredor central. Problema disto ? As pessoas ainda olham com cara de parvas e os sacanas dos carros guinam sempre para um lado!!! É indecente que tantos anos depois de terem sido inventados, os carros ainda não sejam direitinhos no tocante às rodas...

De fato e gravata a coisa tem outro aspeto porque as pessoas respeitam-nos e admiram-nos... Mesmo a fazer figuras destas. Já me convenci que um tipo a pedir no metro de fato e gravata se saía melhor!

Há uns melhor que outros, (os do LIDL ripam nas horas do caraças) mas em compensação, o corredor do Jumbo dentro do Alegro, em Alfragide é do melhor. São uns bons 70 metros de diversão à espera de nós! Para os que têm vergonha, experimentem uma vez e vão ver que ficam viciados. Arranjam um carrinho com uma moeda de 50 cêntimos ou 1 euro e, se forem simpáticos com as moças do pós-venda, elas dão-vos uma moeda de 50 cêntimos de plástico para poderem levar o carro à borla. Mesmo que não, recuperam o dinheiro ao fim da viagem pelo que é uma diversão barata. Porque é que eu peço às moças do pós-venda?

Porque elas estão cheias de aturar burgessos que lhes vão devolver aspiradores e outras porcarias, como se fosse o fim do mundo e qualquer sorriso ao balcão pode levar moedas, de plástico, esferográficas e muitas devoluções sem muitas perguntas.

Bem, só não percebo porque não há campeonatos disto, mas espero receber uma comissão das grandes superfícies e te ro meu nome no torneio se um dia aproveitarem esta  minha ideia vencedora ,(assim como o iogurte de peixe-espada)! Isto consiste em dar um bom balanço com algumas coisas já dentro do carro – aconselho paletes de leite ou garrafões de água do fastio (2 pares) – e inclinar o corpo para a frente para curtição máxima...

Para quem possa ter dúvidas, relembro que faz melhor à saúde do que ver  carrinho que vi hoje no supermercado, que levava um pacote de chá dietético, que dizia na embalagem “até 10 Kgs num mês!” e, no mesmo carrinho, várias tabletes de chocolate e 4 caixas de gelado!!! O Chá deve ser mesmo bom porque o tipo que levava o carro e a mulher só tinham para aí uns 100 quilos cada!

Para quem tenha medo de tais coisas, advirto que por vezes até os seguranças se riem à grande quando vamos a sair pela caixa com o carrinho meio de compras, porque foram advertidos para ir falar com um cliente que anda com o carrinho a alta velocidade no corredor dos enchidos! Eles não conseguem sequer falar para mim com uma cara séria.

Advirto apenas que, se virem alguém com um casaco branco, sem fecho à frente, larguem o carrinho e corram...depressa.

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 10 de Setembro de 2010

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Passaporte

Não há volta a dar, este tipo de bilhete de identidade internacional é um documento que veio para ficar! A rima não tem propósitos propagandísticos e foi meramente casual as palavras terem este efeito.

Antigamente, o passaporte, era coisa de malta rica, porque quem o tinha era porque precisava, e muito, de viajar, e como tal necessitava de ter um documento que o permitisse colecionar as várias carimbadelas que vai recebendo nas mais variadas fronteiras do mundo.

Desde o quadrado de Cabo verde om a data, sem piléria nenhuma, ao enigmático floreado de países no Golfo do México, há de tudo. A pinta dos guardas dos postos fronteiriços é quase tão grande como a foi o passaporte em determinada altura porque, olham para nós e para o passaporte como que a confirmar que aquela fotografia que ali se vê é de facto a nossa.

Este problema está prestes a ser ultrapassado, claro está, através da tecnologia. Fui agora tirar um novo passaporte e fui fotografado por uma webcam, mesmo com as isiosincrasias inerentes  a estas tecnologias. Uma delas, que achei curiosa, era que as senhoras, que costumam ter mais cabelo do que os homens na cabeça por este ser mais comprido, têm de ter as orelhas à mostra! Uma segunda parte é também obrigatório, válida aqui para ambos os sexos que é, não ter óculos na cara.

Isto benificia logo uma série de coisas... Primeiro não teremos mais “caixas de óculos” nos passaportes mesmo que o proprietário do documento tenha 700 dioptrias e tenha uma armação de massa tipo anos 70 e lentes fundo de garrafa, em verde e tudo!

Depois, e só agora me passou isto pela cabeça, quem não tiver orelhas não pode ter passaporte, mesmo tendo a vantagem de não ter que usar óculos, qualquer que seja a sua graduação, pelo simples facto de não terem orelhas para os segurar!

Pergunto-me como é que o Nikki Lauda viajaria hoje em dia com este passaporte eletrónico... Um mistério! Agora as senhoras ( e os gadelhudos) têm, de  todas as vezes que querem ir além espaço da União Europeia, têm de fazer aquele fantástico toque à Nuno Gomes (esse pelo menos já está habituado) e pôr o cabelinho atrás da orelha.

Valha-nos que agora basta olharmos para uma câmera que a porta abre-se, como que por magia, e já não levamos carimbo nenhum que dê para mostrarmos aos amigos como é que foi estarmos em Cuba, para lhes fazermos inveja. Destino de pobres...

Canela

Amadora, 9 de Setembro de 2010

 

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A Coca-Cola Zero

O Tópico de hoje é acerca de uma bebida francamente incrível... Vem em garrafa ou lata, tipicamente de 33 centilitros e, não tem nada lá dentro!

EM Espanha sei que o que diz na lata é que se trata de uma bebida refrescante aromatizada. Em Portugal diz que é um refresco de extratos vegetais. Escrito assim parece óleo para fritar, e vai na volta é mesmo, porque de refresco aquilo não deve de ter nada.

Ainda estive a debater esta ideia que advoga que o caramelo é uma planta e como tal, por ter o cheiro a caramelo, merece esta denominação. O que advogo é que estabeebida, nem nunca sequer se chegou perto de forma alguma vegetal, quanto mais que tenha algo como uma planta lá dentro ou caramelo.

Ao ler as informações de lado ficamos a saber que tem 0% de uma série de coisas, da dose diária recomendada de energia, de açucares, de gorduras, e gorduras saturadas mas que tem, 0,03gramas de Sódio (Na)!!!! Isto corresponde a 1% da DDR para um ser humano.

A única justificação para isto é que os tipos da Coca-Cola não conseguiram retirar este sódio se não vendiam-no provavelmente para a indústria farmacêutica ou qualquer coisa do génerio.

Não é verdade que seja assim tão ZERO quanto isso porque tem seis E’s. E-150D, E-952, E-950 e E 951 (por esta ordem mesmo, não sei muito bem porquê) e ainda E-338 e E-330. Para quem gosta de E’s, é um bom refresco, está cheio deles!

Juntando a cafeína que está entre parentesis e a fonte de fenilalanina, que faz parte de um medicamento chamado fen fen nos idos anos 80 em que as pessoas tinham diarreias como dieta, temos feita a fórmula fabulosa que nos traz estes refresco de extrato vegetal de qaue o mundo gosta, porque não tra nada.

Ao que percebo, a água tem mais energia do que este nectar dos deuses da dieta para que possa ser a coisa mais insípida do mundo, sendo doce e gaseificada ao mesmo tempo.

Já me lembrei que eles se usassem descafeínado, podiam reduzir a cafeína e passar a ser a Coca-Cola menos um ou qualquer outro nome que fosse bem a nível de marketing! Desde que seja um copinho cheio de nada, com sabor adocicado e com borbulhas, a malta gosta.

Canela

Lisboa, 8 de Setembro de 2010

 

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Jantarada

É dia de festa quando se juntam uma série de convivas, que se conhecem de um qualquer local, seja trabalho, hobby ou lá o que seja. Por a hora do almoço ser mais apertada, aproveita-se para marcar uma jantarada que é feita ou na casa de um dos convivas ou, cada vez mais em voga, embora nos tempos de crise, nem sempre seja a melhor solução, um restaurante onde se coma bem.

Claro está que, esta coisa de se comer bem é relativa e, vai sempre de encontro ao gosto de um dos convivas que tem mais ou menos peso na hierarquia do grupo que se junta.

Por mais que se tente fazer algo neste capítulo, de facto a melhor solução é marcar num sítio qualquer a gosto de um sob pena de, ao fim das contas feitas, se a coisa for muito democrática, se ir parar a um sítio em que não é ao gosto de ninguém.

Ao darem-se início aos festejos, há que ter em conta os atrasadinhos da ordem que, mesmo dizendo que o jantar é meia hora antes, conseguem chegar atrasados, normalmente com a cara mais podre do mundo, com aquela expressão de “o que é que se passa de errado” na cara , que lhes é tão característica.

Aqui, por mais elegantes que sejam os convivas, começa o estalar lento, mas definitivo do verniz que aparentemente todos têm. O alcool tem destas coisas e, mesmo os que não bebem muito, acabam por ficar embriagados com o que os outros bebem e, pior ainda, com a atmosfera de festa que se vive, fazendo assim lembrar uma histeria colectiva que se vê em países terceiro mundistas em que vemos mais de uma dúzia de pessoas correm e puxam sem que haja razão para tal porque, ao fim de contas, o objecto que puxavam, era uma tampa de lata de tinta. Sabemos quanta falta uma faz no nosso dia a dia!

Em menos de meia hora, as mesmas pessoas que podem até ter chegado eventualmente de gravata, num fato mais ou menos catita e cheios de “nove horas”, rapidamente se convertem no desbregado labrego que não tarda nada tem a gravata pendurada na testa e fazem a sua imitação do John Rambo e de seguida a do Rocky Balboa a lutar contra o Ivan Drago!

Garanto-vos que isto é verdade e, nalgumas versões mais descontraídas podem inclusivamente chegar a aparecer guardanapos de papel enfiados nas narinas e, pasmem-se, nos ouvidos nas versões extremas... Até tem piada a primeira vez mas, os tipos que fazem isto, fazem-no de todas as vezes que bebem um copo a mais o que lhes dá um ar saloio e desbregado mas não cómico.

Canela

Armação de Pêra, 3 de Setembro de 2010

A Depilação II

Antes de mais vou escrever que já tinha escrito isto mas não me lembrava pelo que tive de chamar a depilação II... Se me lembrar tenho de escrever A Memória (ou tealvez a falta dela, ou ainda pior, a Memória II).

Ido é o tempo em que este tópico era do domínio exclusivo do género mais bonito à face da Terra. Para que não restem dúvidas, é óbvio que este é o feminino.

Durante décadas, depois do diabólico tufo debaixo do sovaco da Sophioa Lauren, as mulheres utilizaram em exclusivo esta arma para nos darem volta à cabeça, como se não bastassem já as suas armas naturais para isto. É claro qeu um perna bem depilada urge de mais atenção do que uma que não o esteja.

Depois disto lá vieram as virilhas depiladas qu,e como as pernas, nutrem de maior interesse deste modo, embora a doutrina aqui se comece a repartir por vários meios até ao dia emq ue apareceu a famosa depilação Brasileira em que o títulod e filme a aplicar às virilhas é “E tudo o vento levou” se tivermos em consideração que não há pelo que fique de pé e agarrado à pele após um exercício de depilação das terras de Vera Cruz.

Quando foi aplicada aos rapazolas, as coisas começaram a mudar de rumo porque a carrada de pelo a retirar e as áreas às quais era aplicada, eram subtancialmente maiores e mais fortes e, se por breves e fugazes momentos, se pensou em utilizar o corta relva e a rebarbadora para “tirar o maior”, logo nos apercebemos, em boa hora, que a cera deixava um acabamento mais perfeitinho, pese embora o facto de fazer homens feitos gemerem que nem meninas caídas do triciclo abaixo.

É que fazer a barba é coisa para mariquinhas se compararmos a fazer a depilação. A gilette ou a lâmina no queixo, bochechas e afins, ou mesmo até nas costas, para que se possa utilizar t-shirt sem sair de lá o que parece um mamífero morto, é muito mais tolerável do que uma banda de um tecido qualquer que, junto a uma cera quente faz com que os nossos poros se virem do avesso e cuspam para fora de nós aquelas cabecinhas brancas que os pelos têm na sua base deixando para trás de si um rasto de pele com o sangue à tona!

Canela

Oeiras, 2 de Setembro de 2010

A Bandeira

Simbolo máximo do país, está normlamente acima do maior dos elementos humanos de um qualquer estado. É assim na maior parte dos países! Em Portugal é assim também. Não há grandes dúvidas que isto nem é uma coisa que tenha ver com dimensões se não a bandeira do parque Eduardo VII, em Lisboa, claro está, seria o maior ícone nacional.

Não é assim, qualquer bandeira, independentemente do tamanho é superior ao Presidente da Republica e isso explica porque até os militares “juram bandeira” para jurar defender a pátria. Eu, que fui Polícia do Exército (aka, Puto Estúpido), conforme a tradição familiar que levou o meu pai para a Polícia Militar (aérea) e o meu irmão para a PE também não fui excepção e lá tive, sobre o lema Vitória ou Morte, de jurar que ccoiso e tal a bandeira, e que comia tudo no prato até ao fim e que ia ser bom moço e pagar os meus impostos sem fazer barulho e coiso e tal.

A uma altura, em Portugal, usámos um monte de bandeiras com pagodes chineses, porque as bandeiras eram vendidas a um euro nos super e hipermercados e não houve empresário Português que conseguisse tal proeza comercial. Uma pena porque aquelas venderam mais do que pão quente na fila da padaria. Foi preciso aparecer um tipo qualquer da SIC a reparar nisso porque, na realidade, o que nos ensinam na escola é que a bandeira é vermelha e verde e não nos falam do resto que lá está. As cores têm significados vários que têm interpretações desde o estado novo até aos dias de hoje. A esfera armilar representa o Império Colonial Português e, por isso, já havia até de ter desaparecido. Eu, substituía o foleiro e tacanho Galo de Barcelos pela esfera armilar numa operação de Marketing que daria um bom facelift a este país. Está lá o escudo das armas também e outros elementos que vale a pena conhecer buscando na Wikipédia, essa fonte inesgotável de conhecimento (bom e mau).

Foi um Brasileiro, no entanto, que após nós termos ido criar um abandeira para o país dele, veio cá e ensinou-nos a saber usar a nossa. Mais ainda do que isso, ensinou-nos a gostar dela em volta de um sonho comum que tínhamos em 2004. Não que ao princípo tivéssemos todos esse sonho mas, no dia da final, não houve vivalma sem uma bandeira na mão. Não houve quem não sentisse o arrepio que nos percorre o corpo quando ouvimos o autocarro com aqueles miúdos lá dentro, que representaram mais uma vez aquilo que queríamos e podíamos ser e não conseguimos, por um motivo ou por outro. Por ingenuidade acho eu. Tivesse isto sido num qualquer país com mais peso na UEFA e a coisa tinha corrido de outra maneira, desse lá por onde desse. Mas isso são contas de outro rosário.

Ali, levantamos a nossa bandeira vezes sem conta, roendo as unhas primeiro, depois a polpa dos dedos até que os tendões e os ossos começaram a aparecer. Ninguém ligou a isso... estávamos suspensos, dez milhões de nós porque o Ricardo tinha tirado as luvas para defender um penalti e o nosso coração estava do tamanho de o de um passarinho. Queriamos era que aquilo acabasse e, quando o Ricardo defendeu aquela bola, as nossa bandeiras levantaram-se em riste e fizeram-nos chorar e rir de felicidade. É esta a bandeira que carregamos dentro de nós, por mais que digamos isto e aquilo que pareça contrário ao que acabo de escrever.

Canela

Portugal, 31 de Agosto de 2010