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quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Preservativo

Aqui está um tema que vale a pena tratar com a devida atenção.

Os preservativos já foram antigamente, produtos que se pediam com alguma descrição para que não estivessem lá as vizinhas todas a aviar os bem-u-ron e os recto-bronco-tosse, (estes últimos, por via do novo acordo ortográfico deverrão passar a ser reto-bronco-tosse) e ficassem a cochichar. Ninguém sabe muito bem do quê mas o certo é que o raio das velhas faziam sempre umas caras que ninguém percebia muito bem!

Nessa altura, o pré-câmbrico do preservativo, todos os eles eram côr de latex natural, um beje pálido e meio transparente sem formas e apenas com 2 variantes. Estas variantes estavam apenas relacionadas com a espessura do latex e, antes de existirem estes hiper finos, existiram alguns que mais pareciam luvas de cozinha onde cortavam os dedos (e não vou fazer ligação alguma à questão dos tamanhos quando comparado com uma luva de cozinha).

É claro que, com o passar dos anos e da salutar concorrência, os preservativos foram evoluindo para formas e côres diversas e temos já à venda nas grandes superfícies vários modelos com sabores associados ao latex embora ainda algo limitados. Pergunto aqui, para quando o preservativo com sabor a frango ou, melhor ainda o McCondom da McDonalds com sabor a Big Mac (o nome até faria sucesso com certeza).

Isto sim seria o último e derradeiro passo da McDonalds para chegar a todo o mundo e se tornar verdadeiramente global. A McDonalds orgulhar-se-ia até de poder dizer, “fomos até onde nunca nenhum hamburguer foi…” Claro que podiam estar enganados mas nem vou entrar por aí.

Obviamente que, por muito que a tecnologia tenha evoluido nos últimos tempos, há algumas coisas que teimam em acontecer, independentemente dos sabores, cores e outras propriedades mais que diferem os preservativos do século XXI. Há sempre um que se teima em romper em cada embalagem de doze e, por mais que se queira, parece que um pedaço dele se desintegra a algum ponto. Por boa publicidade que tenha sido feita, aquilo teima em não ser cómodo de colocar(nem vou comentar de utilizar porque comer um bife dentro de um saco de plástico é algo que não me passa pela ideia por isso… enfim…adiante).

Eles bem se esforçam em meter panfletos para uma utilização cómoda, alguns em 3 passos, outros em 6 e outros ainda em 10, o que mais parece um manual do Space Shuttle do que propriamente de um preservativo. Há máquinas industriais bem complexas que têm manuais de utilizador bem mais simples do que os preservativos o que, a mim me faz pensar no que passará pela cabeça de um tipo que tiras o preservativo e começa a ler o manual de instruções ali, bem antes do ato em sim…

Uma coisa garanto, não dá ar de quem tem muito a ensinar pois não?!

E se os fabricantes de preservativos fizessem com os tipos da gelatina? A tal que não teve sucesso até darem às donas de casa várias receitas com gelatina, de forma gratuita, centena de receitas?!

Extrapolar isto para os preservativos não deixa grande margem para dúvidas. Trata-se de oferecer fascículos do género Kama Sutra para uma marca de preservativos qualquer. Ao mesmo tempo que educávamos sexualmente as pessoas, contribuiamos para conter as doenças sexualmente transmissíveis.

A única coisa que ficava a faltar era termos umas meninas no supermercado depois a oferecerem amostras grátis para promoverem o produto. Estou a falar apenas do preservativo, claro…

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 30 de Abril de 2010

A sexta-feira Santa

Já deve ter ficado mais ou menos óbvio para quem tem lido as mensagens anteriores que eu tenho uma relação muito particular com estas coisas da igreja.

Talvez tenha que ver com o facto de terem queimado meia-dúzia de pessoas vivas ou talvez dúzia e meia, se pensarmos nisso com afinco, e, como tal, essas coisas tendem a marcar-me. Ah… e o facto de promoverem a estupidificação das pessoas a um expoente quase sem limite (que tende para o infinito mesmo).

Esta história de serem contra os preservativos, anti-aborto e não sei que mais é uma coisa que me faz alguma confusão e tudo quanto obriga as pessoas a estarem de acordo com eles, tende também a ter-me como adversário ideológico.

Andei aqui uns dias depois do artigo do papa a pensar que publicava esta ou se guardava para mais tarde mas, como vi hoje na televisão um padreco com pinta de parolo a querer ser mais santinho do que é possível ser, lá tive de escrever isto.

Pois bem, toda a minha gente sabe, como é costume, que nas sextas-feiras Santas não se come carne. Desde miúdo, a minha repulsa por estes tipos da igreja começou logo por aqui porque já sabia que havia pelo menos um dia no ano em que estava entregue, mesmo que não fosse à pescada cozida, lá havia de aparecer o raio da garoupa ou outra coisa qualquer. Hoje até gosto, mas faço alguma gala de comer carne na sexta-feira Santa nem que seja só porque sim.

Descobri recentemente que, como sempre ao seu melhor estilo papão, a igreja católica sempre teve uma solução para este mal. Pena que fosse apenas para quem pudesse pagar a Bula! Ora,a bula, consistia em pagar ao pároco da freguesia, uma soma em dinheiro vivo para que este o absolvesse da obrigação de comer peixe.

Vá lá, a sério… Gente inteigente deste mundo, pensem comigo! Como raio é que um besunta qualquer que estudou para padreco..pensem bem, para padreco, há-de ter o poder divino para poder dar autorização para quem quer que seja, possa comer ou beber o que quer que seja, em qualquer dia que seja? Sou só eu a achar isto uma pura anormalidade?! Será que os padres têm algum connect com Deus para que possam dar o desconto a quem coma um bife da rabadilha naquele dia?

E se fôr perna de borrego? Será que há regras para as pernas de rã? Contam como carne ou como peixe? E se forem girinos? Se os girinos são peixe, pode ser pedofilia pisciva?! E se forem petingas, também? Os iogurtes, visto virem de animais como as vacas, podem ser consumidos? E se forem iogurtes de peixe-espada? E se forem iogurtes do leite do peixe-espada fêmea?!

São dúvidas que me fazem doer a alma e explicam porque, após ter ido uma vez à catequese onde vi uns putos com ar de quem estava sob o efeito de LSD do forte, nunca mais lá voltei sem ser estritamente necesário.


Canela

Portalegre , 29 de Abril de 2010

O Facebook

Eu tenho conta no Facebook embora de facto não use muito mas começa a haver uma série de pontos que me irritam ligeiramente nos utilizadores mais comuns.

Já repararam que toda a gente é bontia no facebook? Bonita e interessante, fazem montes de coisas e até parecem vedettes do social nalguns casos mais elaborados. Na realidade são pés-rapados que não têm onde cair mortos.

Usam máquinas fotográficas para todo o lado que se viram e estão sempre a sorrir e sem borbulhas nem pontos negros em todas as fotos que têm online. Se por acaso a foto que tiraram nos anos do Tó Zé, não ficou com todos eles a sorrir e de olhinhos bonitos, tiram outra, porque dizem que é para meter no Facebook.

Eu até acho que estas redes sociais são giras e têm o seu espaço próprio. Fazer disso o cerne da nossa vida é tão pernicioso quanto fazer da nossa televisão o nosso altar!

Reportam até a ida ao supermercado como um evento e fazem gala em dizer que têm 7000 amigos. Sei que até os há à venda, os amigos, entenda-se, o que é a ideia mais triste do mundo…mesmo online um tipo ter de compra amigos… bem, é assim uma coisa que me faz as tripas darem saltos. Então um imberbe compra um bloco de 1000 amigos para dizer que já tem 8000 ou 9000 amigos no Facebook.

Depois são fãs de tudo, mas quando lhes perguntamos se há alguma novidade, dizem que não fazem ideia alguma porque são fãs porque “clicaram ali e prontos…”, com S e tudo.

A sério, deixem-se disso e metam um clister de açorda com ovo e tudo que vão ver que vos passa.

Depois andam-me a plantar morangos no FarmVille e a ligar para os amigos para eles lhes regarem a horta! A sério… não arranjam quem vos trate também dos tomates e das beringelas também? Levantam-se estas alminhas às 3 da matina para fazer uma abstuntidade destas e depois andam o dia a bater com a corneta no tampo da secretária no trabalho por causa disso. Eh pá… ele há com cada um!

Fazia-vos falta um book na face com força para sairem de casinha e virem viver cá para fora. A sério, experimentem plantar mesmo os morangos na terra e comê-los ao fim… vão ver que é muito mais engraçado. Podem não chegar para 7 ou 8 mil amigos mas, vão por mim, não vão aparecer tantos!

Canela

Póvoa de Santo Adrião, 28 de Abril de 2010

A Dª Etelvina

Há nomes que fazem parte do meu imaginário. Cada um deles será falado a seu devido tempo. A Sra. que está atrás de um balcão de repartição de finanças com uns óculos que usa na ponta do nariz enquanto dialoga connosco a olharnos por cima das hastes dos óculos de massa castanha, chama-se Etelvina. Ou Etelvina ou Gertrudes! Esta chama-se Etelvina e a outra de lá da outra repartição é Gertrudes e isto tem uma explicação perfeitamente plausivel.

É que, como é de sobremaneira sabido,a Dª Etelvina e a Dª Gertrudes, embora sejam funcionárias do mesmo patrão, o Estado, são duas pessoas diferentes e, numa repartição, isso traz toda a diferença do mundo ao pobre utilizador que lá se desloca.

Ambas usam a mesma maquilhagem descabida com cores mais ou menos berrantes e têm uma mala em tigresse, do tempo em que “…ainda eram novas…” mas que insistem em usar para desagrado visual dos habitantes da junta de freguesia onde laboram.

O que as faz divergir é a Lei Etelvina e a Lei Gertrudes, que não se encontram em parte alguma de qualquer das séries do Diário da República mas, que elas implementaram no seu pequeno mundo e que insistem que é assim “e acabou”!

Claro que tudo isto pode ter uma volta a ser dada, no caso da Dª Etelvina ir com a nossa cara ou, no caso de não ir com a nossa cara, indo antes ter comn a Dª Gertrudes. O mal é quando temos mesmo de falar com a Dª Etelvina e ela está com aquele ar azedo em que se um limão a chupasse a ela, o próprio limão fazia caretas! É que quando é assim, não há grande coisa a fazerr senão tentar falar com a Dª Belmira, que não tem nada aver com este filme mas que é amiga da Dª Etelvina e, como tal, benificia de ser isenta da Lei Etelvina.

Isto nota-se também na segurança social e afins e não apenas nas repartições de finanças. Eu, que estive uma vez desempregado e fiquei uns bons 3 ou 4 meses sem receber subsídio de desemprego, lá tive de ir queixar-me do que haveria de ter logo a partir do dia 1 porque, quando desconto, nunca me perguntam se quero entregar o dinheiro ao estado (com letra pequena, agora que penso nisso) agora ou se quero esperar 3 ou 4 meses e depois então mandar para lá os descontos.

Bom, lá tive de piscar o olho e dar um sorriso dos giros à senhora que me atendeu a ver se ela me safava e, após ter feito o choradinho de que já não tinha dinheiro para comer ela pegou no telefone, lá ligou para um outra colega qualquer, falou com muito jeitinho do tempo e de seguida diz, “…preciso de um favor para uma pessoa amiga…”. A pessoa amiga, claro está, era eu! Amigo de há 3 ou 4 miunutos, mas isso não interessa.

Bem, após desligar o telefone disse-me logo que naquel fim do mês já ia receber tudo e que a partir dali ia receber tudo certinho. Nem que eu metesse uma cunha ao Bagão Félix na altura, a coisa teria dado melhor resultado!

A pergunta que coloco é, se a Sra. Etelvina da Segurança Social fizesse uma chamada daquelas para cada utente, estariamos todos a receber a tempo e horas? Será que os pagamentos do estado às empresas melhorariam também se encontrássemos a Dª Etelvina que ajuda a passar os cheques em vez de mandarmos quase à falência PME’s a quem o próprio estado não paga mas a quem reclama pagamento mensal ao tostão de tudo mais um par de botas?

Fica aqui a homenagem às Dªs Etelvinas deste nosso Portugal (não pensem que são exclusivas deste nosso jardim) por existirem. Já sabem, vocês são a chave para podermos andar para frente, contamos convosco pois contam mais do que a malta de S. Bento!

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 27 de Abril de 2010

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Civilização

Desde sempre concebemos o nosso passado através de assunções através do que achamos. Não me resta dúvida alguma que, se não achássemos coisa alguma, nunca nos teriamos perguntado como seria este local no tempo dos Romanos ou dos Visigodos.

Ora, se bem que o método de datação que costumamos empregar seja o do carbono 14 (C14), não é de descurar um ponto que me atasana a pinha desde sempre. Estamos sempre a pensar no que existia, através das amostras encontradas! Isto é um ideia bastante simples se pensarmos nisso porque, se encontramos um osso de perna de dinossauro com 3 metros, extrapolamos que ele tenha 18 metros de comprimento, e vamos tirando essas elações através de um modo mais ou menos lógico.

Se bem que o método me parece cientificamente correto, temos o pequeno problema de, se juntarmos todos os ossos de perna de daquele tipo de dinossauro e somarmos, provavelmente, em certas amostras, teremos apenas uma só peça que ilustre o que era um animal por exemplo.

Sonho sempre que um dia nossa civilização conforme a conhecemos se irá extinguir e pouco há-de sobrar para que qualquer civilização interessada no passado possa recontruir aquilo que fomos a uma determinada era, neste planeta.

Não posso deixar de pensar que ao acharem um anão, essa nova civilização vai tecer longos comentários e usar de todas as considerações sobre o que seria normal para nós sendo que, seria certo para eles que todos tínhamos metro e trinta de altura em média.

A julgar por todos os utensilios que usávamos iam verificar que nós deviamos saltar muito porque a altura de tudo o resto em relação a nós, um povo com um metro e trinta era incrivelmente grande e apenas o fator salto nos poderia alavancar para poder utilizar tamanhas máquinas como seja um automóvel.

Ainda penso que, outros objetos que utilizamos no dia-a-dia, que por vezes até par anós não são de fácil explicação, pudessem vir a ser alvo de acesos debates entre a comunidade científica de tal civilização. Se o anão encontrado fosse na realidade uma anã, não seria fácil, por melhor preservada que a anã estivesse, com pele e tudo, perceber para que raio servia uma lâmina de barbear que, estou 100% seguro, essa nova civilização ia entender como um descascador de batatas de alta tecnologia!

É que há muita coisa que usamos e fazemos que vai contra a lógica do que deveria ser e que qualquer cientista pode compreender… São coisas que fazemos, mesmo que não seja só nesta civilização…”Porque sim!”.

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 26 de Abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viagem ao centro da Terra

Para os que apreciam literatura de fantasia, este título é uma iguaria de outros tempos onde o Júlio, Verne de sobrenome, nos mostrou o que poderia acontecer se tivéssemos vontade disso. Digo, como humanidade, pois claro.

Lembrei-me deste livro por causa do vulcão que, ao mandar cinzas para a atmosfera garantiu que um terço dos passageiros ficou em terra (e não na Terra) mas não só, porque uma viagem, já sabemos que, com ou sem cinzas vamos ter de pagar. A da deputada Inês de Medeiros.

Não me vou armar aqui em “expert” em direito mas, realmente, utilizando aquela coisa chamada senso comum, parece-me que a Sra. está aqui a esticar a corda neste assunto. É que assim, não podem vir pedir esforços ao Zé Povinho, pelo simples facto do Zé estar farto destas novelas foleiras e de negócios mal explicados.

Para piorar isto, lembro-me do que dizia uma Sra. Dra. da DECO um destes dias na televisão,a explicar, com uma vozinha de quem não sai do escritório se estiver uma aragem a correr na rua. Parafraseio claro, que, era afirmado que todos os passageiros têm sempre direito ao reembolso dos bilhetes mesmo que esteja escrito quando os compram que o passageiro não tem esse direito. E pergunto eu: E gastam tinta a imprimir isso então porquê? E qual a diferença então entre os bilhetes?A mim também não me parece mal que se no bilhete diz que não é reembolsável que o não seja mesmo. É um risco que se quisermos corremos, se não quisermos compramos mais caro. Faz sentido, não?!

Mas isto afinal, diz a Sra. Dra. era apenas para situações normais. Quando tem que ver com vulcões a coisa muda de figura e aparentemente tem mesmo de haver reembolso ou remarcação mesmo que a companhia aérea seja alheia à anulação do vôo. Ora desta última parte depreendi eu que há companhias aéreas que se dão ao trabalho de ativar um vulcão apenas com o intuito de paparem o dinheiro aos passageiros de algumas viagens, esperando que as autoridades que gerem a aberturae fecho dos aeroportos, sejam coniventes com o facto da cinza poder estaragar os aparelhos e poder colocar a viagem em risco, feche de facto os aeroportos.

Ora, se é assim e toda a gente tem direito aos vales de refeição, à dormida e afins, então porque é que a autoridade não intervém? Era só irem ao aeroporto e obrigarem os tipos a pagarem. Talvez lá pudesse ir a Sra. Dra. da DECO explicar-lhes isso e tudo ficava resolvido. Nunca é assim tão simples, pois não? O facto de termos direito a qualquer coisa, na realidade não quer dizer nada.

Caso desse resultado, sugiro eu, que dê um telefonemazinho à deputada Inês de Medeiros a explicar a situação do país para que ela se contenha e não meta as despesas de viagem à conta do erário público.

Ah..e avise, já agora, a deputada que um vulcão anda a fazer das suas pelo que, falar-se de despesas que têm que ver com viagens aéreas nesta altura do campeonato, seria uma parvoíce, visto que ninguém consegue viajar para lado algum mesmo…

Desculpem o título abusivo mas como metia viagens e o que o vulcão expele vem do centro da Terra….

Canela

Oeiras, 23 de Abril de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

O Papa

Eu bem dei voltas e mais voltas, a ver se evitava de escrever acerca destes tipos mas não dá. Irritam-me de sobre-maneira e depois há coisas que são boas demais para deixar passar. Não é que eu seja agnóstico ou ateu. Mas esta gente sempre de mão ao peito e a repetir muitas vezes uma coisa sem grande nexo, faz-me um bocadinho de confusão. Falo do chefe supremo dessa corja, apenas porque sim! Quando se trata de gente a falar dos pobrezinhos, montados em tronos de Ouro então, perdem o meu respeito e, a gota que faltava para entornar a água, quando se dizem celibatários e andama a papar miúdos… e não estou a falar apenas dos do frango!

O papa, doravante com letra minúscula pela minha falta de consideração pela posição, é eleito com fumo branco e amarelo, e às bolinhas verdes que sai de uma chaminé não sei muito bem de onde mas que, se se lembram, deu em directo dias a fio nas televisões.

Ora todos nós sabemos que não há nada como ver uma boa chaminé a fumar para entreter os espectadores à grande. Isto, os ídolos, o “achas que sabes dançar?” (que poderia ter aqui uma versão “achas que sabes Papar?”… o P maiúsculo é para não se confundir com o infinito do verbo “papar”), são tudo motivo para grande entretenimento. Eu cá adorei ver uma carrada de tipos que vestem uma cena tipo saia e que fazem o sinal da cruz como se estivessem a marcar um compasso quaternário naqueles preparos. Mesmo sendo os mesmos tipos que ignoram cartas que afirmam que andam a molestar sexualmente as criancinhas aqui ou ali... Não faz mal, mesmo que seja o papa, porque ele que afinal de contas é definido por “sua santidade” apenas por ter conseguido o emprego, pode perdoar a tudo e a todos. E isso inclui colegas de trabalho, mesmo que sejam hierárquicamente inferiores.

Ainda me perguntei porquê a cena do fumo branco e dos votos uns nos outros mas, depois, lembrei-me…se eles fizessem entrevistas para papa a coisa poderia ser pior.

Imaginem lá uma empresa de head-hunting, (caçadores de cabeças, empresariais, claro) à procura de alguém com perfil para ser papa. Como é que faziam as entrevistas? Chamavam Jesus Cristo? É que esse, ao que parece, já morreu, já renasceu e, entretanto, deve ter batido a bota porque não se ouviu falar mais do tipo sem ser no livro.

Podia-se chamar Deus, (aqui não arrisco e meto mesmo o D maiúsculo ) mas ao que parece também está ocupado. Talvez isso explique as vítimas dos terramotos e afins. Esperem… podiam ser todos infieis?! Não, espera, também morreram uns padres católicos. Lá se foi essa teoria. Ao menos podiam ter sido dos que papavam os miudos do frango e não só. Assim sempre se poupavam uma vitimas!

Como é que seriam os psicotécnicos para papa? Será que também teriam aquele chorrilho parvo de perguntas muito parecidas para ver se somos líderes ou não? Será que lhe fariam aquele famoso teste das manchas de tinta a ver se ele veria ali Santos ou coisa parecida? E se a mancha lhe lembrasse um acólito ou outro?

Será que lhe poderia ser pedido para dizer os nomes dos santos todos por ordem alfabética? Em alemão? Era giro de ver…

De qualquer forma é fixe um tipo ter uma profissão como as boys bands. Vestir de branco, acenar ao público e receber ovações à grande no Centro Comercial de Fátima onde podemos sempre queimar uma perna, um braço, quase qualquer orgão em cera… Não têm orgão internos, curiosamente… É pena porque p odiam vender uns corações em cera, uns fígados, uns rins… no fundo, uns miudos…

Canela,

Santo António dos Cavaleiros, 22 de Abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O WC

Poucas coisas há no universo que sejam de tão universal utilização como o WC. A casa de banho, normalmente representada pela sigla WC, que lhe confere mais dignidade e até um certo snobismo, não se pode esquecer no entanto que também é chamada de nomes menos snobs como casinha, retrete e outros que nem aqui vou referir por uma questão de decoro…(eu, a ser politicamente correto…ao que o mundo chegou).

Bem, ir ao WC hoje é também um ato moderno porque, em qualquer casa de banho que se preze hoje em dia, estamos rodeados de tecnologia de ponta. Analizemos como essa tecnologia pode até condicionar a nossa ida ao WC. Ah… WC quer dizer Washing Closet. Vão à Wikipédia procurar o que quer dizer se não souberem inglês.

Os urinois têm sistemas próprios para deitarem água apenas quando dali saímos mas nem por isso o ser humano deixa de ser inventivo. Já tenho reparado que alguns de nós tendem a fazer o xixizinho meio de lado e saem de lá a sorrir com aquele ar de “tás a ver que não me topaste a fazer xixi?!” como se falássemos para o sensor do urinol… São coisas que não são para entender.

As torneiras dos lavatórios estão equipadas com sensores de infra-vermelhos para apenas mandarem água para o lavatório quando as mão estão lá, as luzesd funcionam mais ou menos da mesma maneira. Enfim, um luxo! Ou talvez não!

A parte do talvez não, prende-se com o pequeníssimo facto de, não obstante de estarmos rodeados de coisas high-tech, os resultados nem sempre são, como é de adivinhar, os melhores. Nem falo das torneiras cujo sensor não está no seu melhor e ficamos com uma bola enorme de bolhinas do detergente para as mãos. Não falo porque não é trágico! Mesmo que tenhamos de usar depois o secador elétrico que dá um jeitão apra tirar detergente…

Não falo também da luz que demora sempre 2 ou 3 segundos a acender quando entramos o que é o suficiente para nos deixar na dúvida se é o sensor que é retardado ou se não vimos de facto o interruptor lá fora. E se nós sabemos que os donos de restaurantes adoram ser criativos com os interruptores escondidos! Não é trágico também!

Trágico mesmo, é termos a sensação que, para fazermos um cócózinho, temos de o fazer a dançar uma espécie de samba, esbracejando ao mesmo tempo para que o sacana do sensor perceba que está ali um ser humano que quer ser iluminado. Isto sim, é uma tragédia. Já não basta não haver um menos tecnológico, mas nem por isso menos necessário, cabide para pendurarmos o casaco, ainda por cima ainda temos que estar a fazê-lo a abanar a anca vigorosamente para que a luz não se apague. Isto enquanto seguramos a porta com as mão porque o fecho está estragado ou, no caso dos WC’s mais pequenos, na posição ariete, com a cabeça contra a porta. Pelo menos aqui o equilibrio é bom.

Tecnológico sim, mas a sugerir sempre algum exercício físico. Gosto desta combinação.

Sem a mesma importância que este ponto anterior há ainda que contemplar para estudo futuro aqueles secadores tipo jato de ar em guilhotina que secam tão a jato, mas tão a jato, que, depois de andarmos à chuva e, quando não há pessoas por perto, aproveitamos e secamos também outras zonas que se encontravam molhadas na mesma. O pior é quando entra alguém e temos de fazer de conta que ficámos ali presos de alguma forma e que apenas agora nos estamos a libertar. É que a tecnologia é tramada… mesmo que utilizada dentro do WC apenas. E quando é fora?

É que há aqueles WC’s de pôr moedinha que a malta vai à casa de banho e o próximo espera que aquele saia para evitar pôr os 10 ou 20 cêntimos na casa de banho. Pode ser um tipo que chegou de Ferrari, ao lado da London Tower Bridge…não importa, o que interessa é “dar o golpe” para evitar pagar aquele balurdio por utilizar um WC. A tecnologia só é válida, mesmo num WC, quando está acessível a todos, já dizia o Henry Ford. Talvez ele não tenha dito a parte do WC…não tenho bem a certeza!

Canela

Abrantes, 21 de Abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Jack o (imaginem lá) Estripador

Se há uma coisa que eu gusto de fazer, é de viajar pelo mundo for a mas, há 2 ou três sítios que realmente me fazem voltar vezes sem conta. Amsterdão e Londres são definitivamente dois deles.

 

Esta última, perdi a conta das vezes que lá fui e quem quiser uma descrição do que existe no mundo no início do século XXI deve ir a Londres e passer lá uma semana ou duas para perceber o que estou a escrever.

 

Da última vez que lá fui, a coisa não correu lá muito bem! Na realidade correu muito bem, mas desde que vi os desenhos animados do conde Patácula na televisão que queria escrever isto. Está feito e ficam já a saber que correu muito bem. Exceção feita ao Jack o (imaginem lá) Estripador.

 

Ora, para quem não conhece, e acho que se não há em Lisboa, deveria haver, há uma coisa chamada London Walks onde, por umas 15 libras, temos um guia que nos leva, num passeio a pé, pela cidade, a mostrar os potnos altos deste ou daquele tipo de passeio. Procurem na net e se puderem façam quase qualquer um pois, são de recomendar.

 

Como repararam, com certeza, eu escrevi, "quase", e isso prende-se com este tal passeio do Jack, o Estripador.

 

Por toda a gente saber mais ou menos a história, acho que não vale a pena mencionar que foi o primeiro serial killer do mundo, que matou umas quantas prostitutas, cortou-lhe uns pedaços e nunca se descobriu publicamente quem foi.

 

Cá no burgo, era uma vergonha termos tido um tipo destes a nascer no nosso solo mas em Londres até dá para fazer negócio. Pior, faz-se negócio com uma coisa que se calhar foi assim e que várias pessoas têm várias teorias. Cada uma mais parva que a outra acerca de coisas que ocorreram há mais anos do que qualquer um deles tem de vida mas, consideram-se experts e falam até de programas onde já entrarama  dar opiniões.

 

Até dá para irmos de ponto em ponto, seguindo instruções da nossa guia onde, volta não vira, nos pede para imaginar uma rua que por ali havia, onde estava uma floreira assim e assado, onde ele matou a vitima com este e aquele pormenor, sempre com recurso a alguma imaginação porque, afinal das contas, aquilo hoje em dia é um parque de estacionamento de automóveis com 4 ou 5 pisos e com uma rede à volta por isso a vista é de longe.

 

A única coisa que não foi imaginada foram as libras que paguei e, o facto de ainda bem que tinha tennis calçados. A guia voava durante aquela hora e meia em que concluí que poderia ter escrito coisas para Hollywood e feito uns filmes, talvez até realizado alguns, porque nem eu sabia que tinha esta imaginação tão fertil.

 

 

Canela

 

Ainda psicologicamente em Londres, 20 de Abril de 2010

A Cerelac

Desde sempre gostei da ideia de fazer uma tatuagem no ombro esquerdo! É uma bela introdução para quem vai falar de Cerelac… aguentem mais um bocadinho que vão ver que tudo faz sentido. Claro que, para fazer uma tatuagem, para além de ter de desembolsar uma catraifada de euros em algo que me poderá dar algum prazer de ver, há que pensar que é uma coisa que, diz-se, dói e, não sendo eu especialmente masoquista no que toca a coisas com agulhas, que a propósito, me dão uns frenicoques tipo tia de Cascais indisposta, há que pensar no que queremos fazer que nos acompanhe, em princípio, para sempre.

Poucas coisas chegam a esse patamar de perfeição, porque nos podem desiludir, fazer mudar de opinião etc e tal mas, penos que se um dia tomar esse passo, dirigindo-me a uma loja suturna no Bairro Alto ou em Camden Town, levarei comigo um pacote de Cerelac para me acompanhar naquele momento tão importante e, para que o tipo que me irá tatuar, saiba o que é uma embalagem de Cerelac… eu disse que ia fazer sentido.

Devo alertar que esta edição poderá vir a ser longa mas, se me perguntarem ao dia de hoje, de tudo o que vi no mundo, o que mais gostei, para além de pessoas que conheci, a resposta sera, sem sombre de dúvidas, a Cerelac!

Pois é, a Cerelac é das poucas coisas que eu compare a… maminhas. Eh pá…e se eu sou maluco por maminhas. Se existissem maminhas de Cerelac eu saia neste momento daqui e ia tatuar umas no ombro esquerdo!

É que, reza a história que eu já comi pescada cozida, que é hoje a coisa mais asquerosa do mundo, com Cerelac. Era enganado pela minha mãe para papar aquele peixe horroroso e sopas várias que não gostasse. Só posso perdoar isto à minha mãe porque, afinal de contas, havia Cerelac ali no meio e a pescadinha branca havia de ficar riscada da minha ementa para o resto da vida em breve!

Já agora, peço desculpa pela heresia de misturar a melhor e a pior coisa do mundo no mesmo parágrafo…

Sempre fiel a esta papa fantástica que, pode ser fria ou quente, desde que feita com leite gordo e mexida com um garfo no sentido dos ponteiros do relógio para não criar grumos, deve ser adicionada a Cerelac até podermos virar a málaga de cabeça para baixo sem corer o risco de cair um único pedaço, a mesma manteve-se fiel desde todo o sempre,(bem, pelo menos o “todo o sempre” que me consigo lembrar) por manter, não apenas a caixa com a mesma côr e o mesmo tipo de fotografia mas, por manter sem grandes alterações aquele saco metalizado que, sempre tive a plena certeza, é feito do mesmo material dos OVNIS que cairam nos Estados Unidos onde se viam os alienígenas (ou seriam indígenas) ainda vivos.

Mas atenção, estou a falar da Cerelac clássica e não de coisas para meninos da mama como a Cerelac com pêra e coisas do género. Estou a falar de Cerelac pura e dura, daquela que faz crescer cabelos no peito, na barba e até no dedão grade do pé!

Pensem lá comigo por um segundo, era, ou não era absolutamente ridiculo um tipo agarrar e tatuar um pacote de Cerelac de pera no ombro esquerdo?

Estão a ver como tenho razão?!

Canela

Portalegre, 19 de Abril de 2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O IRS

Ontem foi o ultimo dia para entrega do IRS da 1ª fase e, desta feita, descobri finalmente porque diabo há uma 1ª fase. Porque há uma 2ª! Desconheço se há mais, mas pelo menos 2ª fase há.

Descobri isso após ter preenchido todos os campos, ter validado a coisa e ter simulado que ia receber qualquer coisa como 450€. Depios disto descobri que, por ter vendido parte de uma casa, que me fez perder dinheiro a toda a prova, vou ter de declarar mais-valias de uma coisa que me fez perder dinheiro.

Ora eu achava que uma mais-valia era algo que era positive mas, se eu tenho visto bem, tal como para haver 1ª fase, deve de haver pelo meno uma 2ª, o nome também deveria ter sido analizado de outra forma, como em “mais(-)valia não ter comprador a casa”.

Desta forma, ficamos a perceber que sem o hífen lá, o tracinho para os menos avisados, a coisa ganha outra dinâmica e de repente tudo faz sentido.

Já tinha ouvido falar muito do ponto G e, sempre foi algo pelo qual me interessei para poder saber mais e mais. O tópico é interessante e o conhecimento não ocupa lugar. O que nunca pensei é que precisasse de perceber do Anexo G, uma espécie de novo ponto G mas relacionado (bela palavra para usar nete trocadilho) com impostos.

Ainda consegui ver um outro IRS a tentar ser entregue uns dias antes,sem sucesso à ultima da hora do penúltimo dia. Lá dizia a aplicação Java que, como não tinha conseguido entregar o documento, para o enviarmos novamente. Então, vá lá…e que tal se o computador ficasse a fazer isso até conseguir? Nunca vos passou pela ideia? Era mais interessante do que ficarem duas pessoas a olhar para um monitor com grande hipóteses de gerar olheiras profundas no dia seguinte.

Suspeito que os tipos do servidor que recebe o IRS deve de ter quota-parte naqueles roll-ons para os olhos com cafeína que supostamente levantam as olheiras. Embalagem verde, da Garnier, se não me engano.

Antes de terminar, uma breve sugestão para a malta que faz carreira a conceber aqueles formulários. Que tal, (vejam lá se não era uma ideia supimpa?) utilizarem nos campos a preencher uma frase simples para todos percebermos tipo, seguros de vida, seguros de saúde, despesas de farmácia? E que tal os tipos que nos cobram por estas coisas e nospedem os números de contribuinte madnarem logo a informação para aí?

Isso então é que era… E se os bancos, com quem somos mais do que casados, mandassem logo a informação também para os senhores dos impostos. Bem… isto é parvoíce, claro, porque tornaria a máquina fiscal mais ligeira e isso ia afectar aquela gente toda que por lá está com cara sisuda, do lado de dentro do balcão, com cara de poucos amigos, para nso dizer que assim não dá, e de outra maneira qualquer também não!

Canela

Oeiras, 16 de Abril de 2010

O Starbucks

Não há loja, que eu me consiga lembrar, mais antagónica, naquilo que é no que deveria de ser, do que o Starbucks. Vejamos porquê…

Não há dúvidas que uma coisa chamada Starbucks Coffee Company, (companhia de café Starbucks, que quereria dizer, traduzido à letra outra cisa que nem vem ao caso, se não fosse fazerem tantos bucks sem star nenhuma no café) à primeira vista, dá a sensação de ter algo, ainda que remotamente, a ver com café, não é ?! Pois, remotamente, até tem. Mas muito remotamente mesmo.

Num país como o nosso onde a qualidade do pior café, a chamada bica, como carinhosamente a apelidamos, nome que vem do Beba Isto Com Açucar, (supostamente de um café na baixa de Lisboa) ou ainda cimbalino (da máquina de café italiana Cimballi que tantos tripeiros usavam), é bem melhor que aquela água de lavar pés a que um americano resolveu chamar de café e os outros acreditaram.

É que o que nos tentam vender ali dentro, os frappuccinos (frango com cappuccino, será?!) com sabores de caramelo e outros que tal, são docinhos, servidos em copos de uma estética bem catita mas, não têm pinga de café. Os cardíacos têm motivos para lá ir por o teor de cafeína tender para zero mas, ao mesmo tempo os mesmo e os diabéticos, podem ter um problemazinho.

Eu cá pedi um café expresso e deram-me um balde de 7,5dl (sete decilitros e meio) ou coisa que o valha, com uma colher de pau que me traz à memória idas ao medico cmo dores de gargante e o sentimento de estar quase a vomitar, e uma pinga de café no fundo para misturar com a tal colher de pau que, a propósito, não chegava ao fundo do copo. Isto traz-me sempre a fábula do La Fontaine, com a raposa e a cegonha à memória e da raposa para o Pequeno Príncipe do Saint Exupéry. Nenhum deles me faz lembrar café, lamento.

Eu cá, agora, é mais chá mas, café, bica, cimbalino, continuo a ir ao Xô Zé onde o café custa ¼ do preço e, maravilha das maravilhas, até tem café.

Só por causa de modas e afins pode uma coisa destas ter sucesso durante algum tempo mas, não se preocupem… lembra-se do Block Busters? E esses alugavam filmes mesmo, embora nem de todas as categorias que os nossos alugam… amadores!

Canela

Oeiras, 15 de Abril de 2010

A Greve

Logo que penso em greve, há duas figuras que me assolam o espírito. Aquele tipo da CGTP que se chama qualquer coisa de Carvalho e o tip do bigodinho, personagem irritante que insiste em representar os professors, para grande tristeza destes. São imagens que me perturbam e que não vou falar nelas (ainda) por isso, siga a banda…

Há alguns anos a esta parte, tenho assistido a um fenómeno cada vez mais caricato que joga com percentagens e números de uma forma absolutamente estonteante. Eu, que gusto bastante de matemáticas, em mais maneiras do que uma, tentei investigar isto um bocadinho mais a fundo quando ouvi uma entrevistadora na radio a proferir meia-dúzia de afirmações que considerei , como dizer… parvas! Sim, parvas, é isso!

Menciono isto pelo facto de, por mais anos que passem ,esta conversa de os sindicatos dizerem, “perto de 95%” e a entidade patronal “não chegou aos 5%” me fazer pensar se alguns deste intervenientes não precisariam de regressar à escola primária para rever alguns conhecimentos.

Ora ontem à hora do almoço, vou eu a caminho do dito quando ouço as habituais declarações do lado dos sindicatos. Os habituais 90% de adesão à greve. Espantoso! Se aparecer um sindicato abaixo dos 85% é considerado um sindicato de meninos ou mariquinhas com toda a certeza.Sindicato que é sindicato tem que ter gajos de barba rija e números de adesão que se vejam. Dizem ainda que 70% das bilheteiras não tinham sido sequer abertas pela força da greve.

A entidade patronal, claro está, tem a dizer que tem 1200 comboios que iriam sair no dia todo, 700 até à hora em que ouço a notícia e que, desses, 650 já tinham sido efetuados. Pelo menos não falam em percentagens.

Após estes dois comentários a tipa que está a fazer a peça e cuja voz aparece a entrevistar ambos os intervenientes diz, com um som que faz quem diz isto com um bocadinho de chico-espertismo:

“Contas que não batem certo!”

E pergunto eu… Mas não poderiam 100 funcionários dos 1000 da empresa (10%) terem feito aquelas 650 viagens?!?!? Uma coisa não tem anda a ver com outra. Onde diabo foi esta inteligência suprema bucar esta conclusão de os números não abterem certo ? É que mesmo que 70% das bilheteiras não tenham aberto há sempre 30% onde poderiam comprar 100% dos bilhetes vendidos e isto não abarca sequer 100% dos passageiros dos comboios porque há sempre os penduras. Complicou-se agora, foi?!

Se o caro leitor sentiu que esta passagem foi muito rápida e teve de reler, aconselho a comprar uma boa tabuada e começar do início. Não do texto, do 1X1=1, 1X2=2 mesmo… estou certo e seguro que, pelo menos da música se lembrará, mesmo que a letra já não esteja tão presente quanto isso. Caso não consiga, não tem problema, junte-se aos que fazem greve cerebral. Estou seguro que são mais de 90%! Entre sindicatos e entidades patronais…

Canela

Oeiras, 14 de Abril de 2010

O Ofício

Abordo hoje aqui algo que me veio à mente depois de ler no blog de um amigo que antes do 25 de Abril quem não tinha dinheiro para ir estudar ia aprender um ofício e a contrapor que hoje já não há ofícios para aprender. Concordo em parte... o resto, dá pano para mangas por isso, cá vamos nós.

Havia de ser certo e sabido que nem todos podemos ser doutores, engenheiros, arquitetos ou o que mais seja. Primeiro, porque a definição é lata o suficiente para estes três poderem ser de qualquer ramo, - lembro aqui sempre com efusivasaudade o senhor engenheiro que me disse ser “engenheiro de árvores”,e as aspas querem mesmo dizer que estou a citar – e, assim como assim, lata já existe neste tipo de bicho.

Mas os paizinhos insistem, acham que o “puto” deve de ir para doutor ou engenheiro, mesmo que acabe a trabalhar (sem desonra nenhuma) para a Prosegur à porta de um centro comercial ou, na caixa registadora de uma grande superfície. Nenhum destes é menos honroso mas, convenhamos, precisam de experiência profissional e não de 15 anos a estudar.

Os paizinhos acham até que, quando o “puto” consegue balbuciar uma linha melódica acompanhada por dois acordes, (Dó e Sol de sétima, já agora) é um novo Mozart. E as televisões até ajudam, porque o público acha o mesmo e aclama-se o próximo génio musical ou de que arte fôr sem grandes pudores, aliás, sem pudor algum!

Mas até aqui a coisa papa-se... o mal é que os miúdos não são todos iguais conforme nos andam a tentar vender há mais de não sei quantos anos. Não são mesmo... todos nós conhecemos aquelas pessoas que, para não dizermos que são burrinhas, estúpidas mesmo ou, até, calhaus com dois olhos, – leia-se bestas bípedes – dizemos que são “intelectualmente menos dotadas” e resolvemos a questão. Ora estes tipos têm filhos que, regra geral, não degeneram desta malfadada linha genética.

Eles bem têm explicações 4 vezes por semana a ver se a coisa melhora ou pelo menos não piora mas, os resultados depois de uns anos valentes de ensino, 12 até ao secundário e mais 3 pelo menos para o universitário. Acabando isto, mesmo na privada onde dão mais uns “pózinhos”, porque afinal de contas os pais da criança, pagam, lá sai mais um doutor que irá provavelmente vender carcaças. Com um problema, o tipo não percebe de carcaças, nem quer perceber... e pior, não tem capacidade para tal.

O pior de tudo isto mesmo é que este tipo de gente vence pela quantidade, basta juntar-se aos seus semelhantes, que como entendem não tem dificuldade alguma de encontrar e arrebanha-se para fazer frente aos demais que, não acabaram o curso com 10, à rasquinha, cheio de cábulas até ao pescoço... como uma que conheci que tirou direito internacional e não tinha a mínima ideia seuqer da formação geo-política europeia. E teve aquela besta bípede 5 anos (transformados em 7 devido a muita curtição universitária) daquilo...

O que lhes faltava era tirarem o ofício de ladrilhadores e assentar azulejo com categoria. Temos falta disso e, mesmo desses há os que assentam o azulejo por cima das bocas das torneiras tornando imposível ao canalizador, (ou picheleiro para algumas zonas do país) instalá-las sem o buraquinho para tal.

Assim podiamos até dizer “Bom dia Dr. Calceteiro!” sempre que passássemos por um tipo, de fato e gravata, com sapatinho a condizer a bater efusivamente com um maço de madeira nas pedras da calçada tão bonitas que temos por este país fora.

O pior é que os paizinhos têm dificuldade em admitir que os filhos sejam menos dotados para esta coisa complicada que é pensar, mesmo quando têm 9 negativas e passam o ano neste fabuloso ensino que promove, não tenho outra palavra para isto, a estupidez mais profunda!

Canela

Oeiras, 13 de Abril de 2010

Mulheres ao volante

Antes de começar com a edição de hoje que já vem bem atrasada por recuperação de ferias, devo de advertir que não há aqui machismo algum neste texto e, onde o virem, não é para ligarem. Afirmo ainda convictamente que, até já conheci algumas mulheres que são condutoras (não vou adjectivar mais para não me arrepender mais tarde)…

Este é um tópico largamente conhecido das massas e, pese embora o facto de as companhias de seguros insistirem em dizer que as mulheres são exímias condutoras e que, têm menos acidentes, há aqui que repôr a verdade para as gerações vindouras.

Primeiro consideremos o que é ter menos acidentes… O facto de elas terem menos acidentes está obviamente relacionado com o pequeníssimo detalhe de não os declararem. Estes acidentes, pro exemplo, não incluem acidentes a solo. Passo a explicar. A senhora está a sair do estacionamento quando de repente há um malvadod e um poste que se mexe para cima do veículo dela e, pronto, lá está, mais uma pequenita mossa, uma amolgadela ou ainda o risquinho da ordem, como se se tratasse de mais uma cicatriz de Guerra.

Alguém declara isto a uma seguradora? Claro que não, não é?! Há acidentes destes cmo homens?! Há, mas a pequena diferença é que não em lembro denenhum que tenha ligado para a sua companheira a dizer que bateu com o carro… e muito menos a lacrimejar!!!

Sempre que há uma batidela no IC19 com 2 senhoras, h]a 4 carros parados. O delas e dos respetivos que vão ajudar na parte complexa do acidente, preencher o formulário da declaração amigável.

Faço aqui um pequeno parentesis às mulheres que, tendo a sua emancipação absoluta como parte do género, continuam a ligar ao seu “Zéquinha” quando têm um furo porque ainda não sabem, apesar de tudo, como raio se desapertam 4 parafusos e se troca uma coisa redonda que insistem em definer por pneu, roda e jante, (tudo para o mesmo fim) porque o carro não tem manual de instruções com bonequinhos a explicar tal operação.

Depois há o facto de o tal multitasking a que estão habituadas, lhes tirar de facto a concentração para poderem desempenhar aquela única tarefa com cabeça, tronco e membros. Ele é a maquilhagem matinal, ler a revista, uma miríade de afazeres que, vamos lá a ver se eu consigo ser claro… Não são para se fazer no automóvel.

Não pensem com isto que estou aqui a dizer que as mulheres deviam deixar de conduzir, claro que não, deviam faze-lo cada vez mais desde que passassem a utilizar uma antenna com uma bandeiinha côr-de-rosa paraque se pudessem distinguir e, se fizessem o favor, utilizavam a faixa da direita para não atrapalhar o resto da malta.

Canela,

Oeiras, 12 de Abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Repetrar

Antes de irem ao dicionário ver o que quer dizer esta palavra, devo avisar que não a irão encontrar lá! Isto deve-se principalmente a, embora a palavra ter 29 anos de existência, não estar escrita em lugar algum. É claro que tem de haver uma explicação para isto… eu inventei esta palavra quando tinha 5 anos! Brilhante, não é? Estava de cócoras no quarto dos meus pais à rasquinha para ir à casa de banho que estava ocupada e, como o mesmo já tinha acontecido várias vezes, resolvi que havia de haver um termo para designar aquela espera específica.

Digam lá que já não ficaram montes de vezes à espera de ir à casa de banho? Então já estiveram a repetrar-se uma série de vezes e não sabiam…

Já é seguro dizer, 29 anos depois que não existe uma palavra para tal por isso, ponho aqui a minha bandeira tal e qual como na ideia vencedora da edição de ontem do iogurte de peixe-espada.

Outras mais palavras foram criadas mas, algumas fui aprendendo que até já tinham sinónimos e outras, resolvi guardar para mais tarde, não vá aparecer outro acordo ortográfico que me lixe.

Devo dizer que invejo o perigrás da minha prima Sónia que quer dizer carteira, uma clara influência do cirílico no português numa pessoa de 3 ou 4 anos.

A parte gira disto é mesmo o que eu pensava nesta altura… tenho a certeza que nunca disse isto a ninguém e vai ser revelado aqui em primeira mão… A ideia que eu tinha, quando era miúdo, (e ainda tenho alturas em que estou quase seguro que é assim mesmo) é que o mundo tinha sido criado para me analizar. Sei que isto pode parecer um bocadinho megalómano mas, era o que me ia na ideia. Todas as pessoas exceto a minha família estavam aqui apenas para poderem observar tudo o que eu fazia. Não tinha dúvida alguma também, que tinha uma portinhola nas costas cheia de circuitos, tipo robot, que desaparecia apenas quando eu olhava para lá.

Podem pensar, e os outros, não viam?! Claro que viam, mas estavam feitos com o resto do mundo para me observar. Não tinha bem a certeza de quais os propósitos de quem teria mancomunado este plano engenhoso mas, não tinha dúvida alguma que era assim.

Ao dia de hoje, de cada vez que me olho ao espelho após tomar banho, viro-me sempre discretamente depressa para ver se consigo, nem que seja por uma vez, ver a tal portinhola…

Espero que, com estas linhas, compreendam melhor o que leram e irão ler aqui neste blog…

Canela

Armação de Pera, 7 de Abril de 2010

terça-feira, 6 de abril de 2010

O iogurte de peixe-espada

Devo advertir que a ideia é minha, só minha e de mais ninguém. O iogurte de peixe-espada, capaz de fazer com que esta espécie de crise desapareça através do crescimento da indústria dos laticínios, é algo que, aqui escrito, não passará de mera parvoíce mas que, se fosse publicado por um americano de renome no seu blog, estou certo, iria gerar quase tantas receitas como aqueles medicamentos que supostamente curam supostas gripes que supostamente irão dizimar a humanidade em menos de um piscar de olhos. Isto supostamente, claro está!

Acabo de ver um americano de um tablóide qualquer na televisão que “descobriu”” uma receita genial. Sardinhas em conserva com esparguete. C’um caraças! Genial…

Andamos aqui a desenvolver ideias há quase mil anos neste país para um jornalista de repente nos atirar ao tapete do ponto de vista gastronómico com isto.

E que tal comer isso com um suminho de courato? Ou um batido de iscas? Isso é que era serviço! Já ouvi da boca de um amigo meu, (o do pumzinho) que uma dose de guelras de javali era o que lhe apetecia. Não o censuro, já comi Buffalo Wings, (asas de búfalo) por isso… Garanto-vos que penas, não tinham e espinhas também não.

Senhores da Danone que estão ainda com ideias em variar de peixe-espada para abrótea, se se atreverem a meter isso no mercado sem me pagar alguma coisinha que seja, vou-vos processar com o pior advogado que conseguir encontrar porque o melhor custa caro e o pior, vocês não estão à espera.

Vou aproveitar para deixar esta edição por aqui para que, a pedido de algum público, este espaço passe a ser mais curto e, como tal, mais rápido de ler.

Isto é só para experimentar… eu escreveria o dobro mas nem sempre dá. Os meus agradecimentos ao Raio de Sol pela edição ortográfica deste blog que é escrito à pressa e apenas depois corrigido!

Canela

Armação de Pera, 6 de Abril de 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O Troco

Aprendi algumas coisas com muita gente diferente ao longo da vida. Daqui faço referência às que mais me influenciaram na melhora das maneiras. Mãe, irmão e pai, por motivos diferentes e mais tarde o meu meio-irmão, que não é de sangue mas é família escolhida. A minha tia Titina. A Sra. Dª Maria da Graça Lopes Dias que ainda sonho em oferecer-lhe um ramo de flores enquanto viva. Sabia que o estava há pouco tempo e não consegui falar com ela, acho que por culpa de uma empregada doméstica estúpida. Foi a minha professora de primária e se tiverem o contacto dela, agradeço! O meu primeiro patrão, homem de excepcional inteligência, com a 4ª classe, uma capacidade de gestão brutal e um raciocínio como tenho assistido poucas vezes.

Todos estes, de uma maneira ou de outra, me ensinaram coisas fenomenais e até pessoas com quem me fui cruzando pela vida fora, até clientes, imagine-se, me deram lições que escolhi aceitar! Um tal Jorge Fialho que é administradoor, é das pessoas com mais classe que conheci até hoje e que, falando com ele pouquissimas vezes, me deu muito mais do que a oportunidade de fazer negócio com ele, deu-me duas ou três perspectivas das coisas, que nem indo ao espaço teria. Ainda hoje encontrei um tipo que o conhecia e, curiosamente tinha a mesmíssima opinião dele.

Estas pessoas, têm uma coisa em comum, todas sabem fazer trocos! (bonita ligação ao tema hein?!...quase nem se notou). Sabem porque usam um qualquer tipo de inteligência para o fazer. Seja lá a inteligência do tipo que seja.

Tenho assistido ao cair do interesse das pessoas por saber escrever e fazer as mais básicas operações matemáticas, com algum desespero, porque a estupidificação das pessoas me faz alguma comichão no escroto! Muita mesmo!

Ora aqui é que começa a minha relação com o troco, o qual tento sempre facilitar, e que os proprietários de 50 a 60 anos de idade, tipicamente imigrados para Lisboa das suas terras por não haver lá nada há 40 anos (e agora ainda menos), agradecem. Isto não tem que ver com faixa etária mas, há que dizê-lo com frontalidade, a minha geração e a mais nova sublimaram na idiotice a um ponto que não pensei possível. Os que vieram de rampa por aí abaixo, tiveram de se fazer à vida e, para se governarem sem mesadas dos papás, só dava mesmo sabendo fazer trocos.

Uma coisinha que me custou 6,15€, e que pergunto se 1€ e 20 cêntimos ajudavam, para que me dêm uma moeda de 5 cêntimos e 15€ em notas por ter pago com uma nota de 20€, recebe logo a resposta. “Para quê?”

Explico, com calma, que assim guarda mais moedas para os trocos complicados, é-me explicado que o estou a confundir. Páro. Ele fica com uma cara de quem estava prestes a ser burlado, desconfiado de mim. Fecha a caixa, abre de novo e recomeça o troco duplicando o registo que “depois acerto isto”. Duvido! Se esta besta bípede não sabe fazer um troco em condições, ele sabe lá acertar o que quer que seja depois disto. Coitado… não é caso único.

A outra rapariguita diz que cada gelado é 1,60€… são pedidos 2 gelados. Não há ali uma calculadora à mão… coitada… uma tragédia que não lhe aconteceu no secundário em matemática. Não há cábulas ali há mão. Raisparta mais a isto. Pensa, pensa, pensa… diz “Dois e… dois e… Ora, dois, meio, sessenta..três…” Olha como que a suplicar ajuda e é ignorada! Ao fim de quase um minuto lá balbucia “Três e vinte” depois de fazer a conta na máquina e com um ar de alívio que ficamos quando sabemos após um exame no hospital que não há valores fora do normal. É morena, nem essa desculpa pode usar.

A última que refiro, foi entrevistada, estava no desemprego. Tem 12º ano. Tem Universidade em Jornalismo…foi para lá fugir da matemática porque achou que nunca mais a encontraria. Nunca apanhou o José Fonseca Mendes, o tal da 4ª classe que falei lá atrás, se não já sabia, não apanhou o Jorge Fialho se não sabia que não se podia demitir de fazer algo sem mais nem menos… Dá-se-lhe o voto de confiança para começar a trabalhar. Pode agarrar-se a isto com unhas e dentes e fazer pela vida aqui.

Começo a explicar-lhe o que fazemos e como fazemos. Digo que um acesso primário tem 30 canais. Logo 1 acesso tem…”30” diz ela… “Boa!” … penso eu…
“Assim sendo, 2 têm…?!?!”…e fico à espera… mas nada, fica com aquele ar de ananás mal plantado com rama em cima e tudo. Digo-lhe “60! Não é?... 2 vezes 30 igual a 60. Compreendeste?” Recebo o afirmativo sim com a cabeça apenas. As palavras custam a sair, ficou embaraçada de não ter percebido à primeira. “Não faz mal,” digo eu, “basta ires perguntando.”

Insisto apenas para seguir em frente e pergunto “Quantos canais têm 4 primários? Basta pensares que são 30*4, ou, podes até pensar em 3 vezes 4 e acrescentar um zero à direita…” Fica vermelha, azul, verde e roxa mas dali não sai nada quando de repente abre a boca sem fazer intenção apenas de respirar. Penso “Fez-se luz!!!” Ouço a resposta meio atordoado como se tivesse levado uma marretada nas mãos.

“Não sabia que precisava de saber a tabuada para este trabalho!”

Coitada. Saiu ao fim do dia, não atendeu o telefone e mandou um SMS dois dias depois a dizer que não vinha mais trabalhar. Não fosse eu perguntar qualquer coisa que envolvesse fazer trocos ou assim ao telefone estragar-lhe a semana. Se esta tivesse aberto roços com o Zé Maria, fosse mana do Chicha, sobrinha da Titina, isto não acontecia, levava porradinha até saber…

Canela

Armação de Pera, 5 de Abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Zen

Estive a ler duas publicações este fim de tarde enquanto me preparava para o fim-de-semana da Páscoa (ou de Páscoa se formos dados à religião).

Resolvi dar o nome à edição de hoje de apenas uma delas porque, a outra, é uma coisa de tirar do sério. A Caras é uma revista que, com a qual ou sem a qual ficamos tal e qual. Acreditem ou não aquilo consegue ser pior de ler do que o Correio da Manhã quando as notícias andam brandas.

Então não é que vem lá uma citação da Sra. Dª não-sei-quantas de Bragança, que tem algo a ver com a parte monárquica que, caso não se lembrem bem, foi “amandada” pela janela abaixo aquando da implantação da Républica. Orgulho-me de dizer que o meu Bisavô materno, parte da Tribo do Buíça, ajudou à festa… bem, a citação da Sra., emocionada com toda a certeza, acerca do seu filho, aniversariante nos seus 14 anos é, e passo a citar “Estou orgulhosa.”!!!

Como é diferente a realeza. Como é grande esta gente que podia estar hoje à frente da nação a sugar-nos o tutano em vez de uns que escolhemos livremente.. Genial… Mesmo!!! Nunca uma mãe da arraia miúda e e ventres ao sol diria frase tão cheia de significado acerca da sua prole!

Mas não pensem que isto tem algo a ver com o facto de achar a monarquia uma bestialidade dos homens. Eu só tenho alguma dificuldade em compreender que, alguém que não tenha feito nada para coisa nenhuma, possa ser dirigente do que seja, só pelo facto de ser filho do… ou filho da… Os filhos da nós conhecemos, não conhecemos?!

Mas há mais! Há gente que vai a festas e por ali aparece por isso mesmo mas, até nestas coisas há que ter postura. Não confundir a postura com a fila, ou bicha para o Taxi na cidade do Porto, por exemplo. Isto inclui o lado em que o homem fica relativamente à senhora. Genial, não é? Eles aparecem de fato e lacinho ou com umas roupas mais betas se quiserem ser mais desportivos no look.

Elas aparecem em vestidos que parecem embrulhos de prenda de Natal, alguns deles bem ridículos porque favorecem apenas a modelo que usava tal corte enquanto a tia escolheu o vestido. Se a tia tiver mais ou menos a mesma largura que um assador de castanhas visto de trás, nesse caso, é de repensar se se usa ou não tal indumentária.

A Zen não tem nada destas coisas levianas! Aborda temáticas como o Reiki e mais uma carrada de coisas místicas com opiniões de especialistas num montão de coisas, nenhuma delas que tenha cabimento na vida real mas, que serve bem par a leitura dos mais interessados nestes assuntos.

É uma revista tão fabulosa que faz um levantamento da tipa que casou com o Kennedy e o Onassis usando os nomes dela… o de solteira, e os de casada, descrevendo as alterações da sua personalidade pela mudança do nome. Usam o primeiro e o ultimo para o resultado que lhes convém porque somam o valor das letras a partir de uma tabela. Pergunto eu… E porque não a fórmula resolvente? É que assim as pessoas não podiam fazer me casa com tanta facilidade não é? Bem, se assim fosse, pelo menos a revista servia para alguma coisa.

Para termina refiro que ambos os papéis utilizados são grossos e pouco absorventes pelo que, há rolos de papel higiénico mais baratos!

Canela

Armação de Pera, 2 de Abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Bichola

Antes de começar a edição de hoje acerca do tópico, para não ser erradamente julgado, acho que até já o fui pelo título mas, para os que quiserem utilizar os neurónios, podem sempre tentar perceber o meu ponto de vista, há que dizer que não tenho nada contra os gays, bichas, veados, paneleirotes e afins…

O motivo pelo qual assim é, é porque essencialmente eles não contam como concorrência e isso é sempre extremamente salutar!

Não pensem com isto que sou homófobo ou algo do género, nada disso. Não tenho, a sério, mesmo nada contra os homossexuais de um lado ou de outro, se bem que tenho sempre a vontade de dizer de seguida que eu também sou lésbica! Evito para não me levarem a mal mas arranjo uma maneira mais eloquente de o fazer.

A única coisa que estou certo é que, por mais que goste de mulheres, e acreditem que é uma coisa quase ao nível da Cerelac… eu disse quase porque a Cerelec é incomparável, é uma daquelas coisas boas do mundo que mulher quase alguma consegue equiparar. As que conseguem, têm dificuldade em ver os pés e os soutiãs são feitos a partir de velas usadas do navio-escola Sagres… mas onde ia eu?! Ah… dizia que lá por adorar mulheres não ando histérico pela rua fora a dizer isso a cada hora do meu dia. Ora as bicholas malucas, fazem disso o seu único interesse no viver. Acreditem porque conheço alguns de cada tipo. Desde os discretos, e não tinham que o ser que têm uma relação cimentada, os que são mais maria-vai-com-todas, mas mesmo assim não são bichas malucas… essas sim, são insuportáveis.

A primeira que vi foi a caminho da Concentração de Faro durante o quente verão de 96 se não me engano e ia montado numa chopper com um top de gaja côr-de rosa com um nó dado na parte da frente onde se lia em fonte enorme, a prateado:

“Sexy Babe”

A sério, cheio de pelos e outros acessórios de cabedal vestidos, num cenário quase dantesco metida ali no meio. Escrevo metida para não haver cá enganos. Aquilo, homem não é! Tenham lá paciência mas ninguém me convence do contrário.

Mas porque carga de água não nasce qualquer coisa no rabo desta gente? Sei lá… um furúnculo ou uma melancia, talvez uma abóbora. Parece-me que o que queriam mesmo estas bichas malucas era que levassem um clister de açorda, com ovo e tudo! Crú e com casca!

Canela

Quarteira, 1 de Abril de 2010