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terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Bandeira

Simbolo máximo do país, está normlamente acima do maior dos elementos humanos de um qualquer estado. É assim na maior parte dos países! Em Portugal é assim também. Não há grandes dúvidas que isto nem é uma coisa que tenha ver com dimensões se não a bandeira do parque Eduardo VII, em Lisboa, claro está, seria o maior ícone nacional.

Não é assim, qualquer bandeira, independentemente do tamanho é superior ao Presidente da Republica e isso explica porque até os militares “juram bandeira” para jurar defender a pátria. Eu, que fui Polícia do Exército (aka, Puto Estúpido), conforme a tradição familiar que levou o meu pai para a Polícia Militar (aérea) e o meu irmão para a PE também não fui excepção e lá tive, sobre o lema Vitória ou Morte, de jurar que ccoiso e tal a bandeira, e que comia tudo no prato até ao fim e que ia ser bom moço e pagar os meus impostos sem fazer barulho e coiso e tal.

A uma altura, em Portugal, usámos um monte de bandeiras com pagodes chineses, porque as bandeiras eram vendidas a um euro nos super e hipermercados e não houve empresário Português que conseguisse tal proeza comercial. Uma pena porque aquelas venderam mais do que pão quente na fila da padaria. Foi preciso aparecer um tipo qualquer da SIC a reparar nisso porque, na realidade, o que nos ensinam na escola é que a bandeira é vermelha e verde e não nos falam do resto que lá está. As cores têm significados vários que têm interpretações desde o estado novo até aos dias de hoje. A esfera armilar representa o Império Colonial Português e, por isso, já havia até de ter desaparecido. Eu, substituía o foleiro e tacanho Galo de Barcelos pela esfera armilar numa operação de Marketing que daria um bom facelift a este país. Está lá o escudo das armas também e outros elementos que vale a pena conhecer buscando na Wikipédia, essa fonte inesgotável de conhecimento (bom e mau).

Foi um Brasileiro, no entanto, que após nós termos ido criar um abandeira para o país dele, veio cá e ensinou-nos a saber usar a nossa. Mais ainda do que isso, ensinou-nos a gostar dela em volta de um sonho comum que tínhamos em 2004. Não que ao princípo tivéssemos todos esse sonho mas, no dia da final, não houve vivalma sem uma bandeira na mão. Não houve quem não sentisse o arrepio que nos percorre o corpo quando ouvimos o autocarro com aqueles miúdos lá dentro, que representaram mais uma vez aquilo que queríamos e podíamos ser e não conseguimos, por um motivo ou por outro. Por ingenuidade acho eu. Tivesse isto sido num qualquer país com mais peso na UEFA e a coisa tinha corrido de outra maneira, desse lá por onde desse. Mas isso são contas de outro rosário.

Ali, levantamos a nossa bandeira vezes sem conta, roendo as unhas primeiro, depois a polpa dos dedos até que os tendões e os ossos começaram a aparecer. Ninguém ligou a isso... estávamos suspensos, dez milhões de nós porque o Ricardo tinha tirado as luvas para defender um penalti e o nosso coração estava do tamanho de o de um passarinho. Queriamos era que aquilo acabasse e, quando o Ricardo defendeu aquela bola, as nossa bandeiras levantaram-se em riste e fizeram-nos chorar e rir de felicidade. É esta a bandeira que carregamos dentro de nós, por mais que digamos isto e aquilo que pareça contrário ao que acabo de escrever.

Canela

Portugal, 31 de Agosto de 2010

 

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