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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Concerto

O Concerto costumava ser uma coisa mais engraçado do que agora é! Isto não tem que ver com qualquer tipo de saudosismo da juventude que se foi e que os tipos de meia idade começam a ter latente na mente... é um facto, mesmo! Querem ver porquê?

Isto começa com o próprio bilhete para o espectáculo. Os de agora parecem um bilhete de cinema onde há dois códigos de barras, têm nome de empresas em inglês, para estarem na moda, são divididos em balcão 1 e 2 comos e fossesmos ao Tivoli ver o Rambo em oitenta e qualaquer coisa. Até o número de identificação fiscal da empresa vem lá. Para não variar a empresa tem um nome inglesinho para parecer bem.

Viramos os bilhetes e encontramos uma série de regras que se impõem em coisas onde não nos vamos divertir de modo algum. Somos informados que vamos ser revistados e que não nos podemos portar de maneira violenta, agressiva, etc... Neste último caso particular era para ver quem um dia foi chamado por um tipo da Kerrang (Mick Wall) como “a banda mais perigosa do mundo”. Ora, certo é que só está lá um da formação original mas, de facto, ainda são vinte por cento de perigosidade. Será que a banda também é controlada? E os bilhetes?! Se não têm umas piadolas atrás, não são bilhetes de concerto!!

Não deve de ser porque aquele filho de uma granda p#!@, para ser meiguinho, não perde a mania de estar atrasado para o que quer que seja duas horas! OK... dava-lhe meia hora por causa da banda de apoio por isso, hora e meia de atraso!

Não se pode levar máquina fotográfica, o que quer dizer que a malta tem de desmontar essa parte do telemóvel. Apesar dos esforços, no dia seguinte vi coisas em HD gravadas de todos os sectores.

Por sorte também não se pode fumar lá dentro e ainda bem, porque eu deixei de fumar e faz-me mal às tubagens internas. Devo dizer que fumei o meu antigo maço sem ter que pagar um tostão, oq ue tem o seu quê de positivo.

Ah... a programação pode ser alterada por motivos imprevisto, o que é positivo porque, se não aparecerem os artistas que estamso à espera, eles vão buscar o Michael Carreira ou o Toni que também costumam encher o pavilhão Atlântico e pronto.

A parte fixe destes concertos é que já não há relva para arrancar e atirar aos artistas nem aquele tapete de amianto que, naquela altura, não era tóxico. Também já não entram garrafas de água para fazer tiro ao alvo e, quando fazem cair mariquinhas, ficam ali deitados tipo Barbie. Este era o líder dos mais perigosos do mundo. Chegava a casa e pedia um copinho de leite morno à mãe...e as pantufas, se pudesse ser.

O que me irrita mesmo nem é isto, é existirem filas bem comportadas para comprar sandes de p´~aod e forma em vez as bifanas boas e gordurosas que sempre existiram. Isto é tudo fino agora, as sandes vêm embaladas em plástico, tão bem que até a isso sabem. Mas é plástico segundo a norma ISO qualquer coisa, por iusso tudo bem. Já não há tipos a darem Roipes (Rohypnol), tripes, chinesas, e coca tudod e seguida para ao fim, partilharem um frango assado que até ofereceram a quem estava à volta.

Eu sou Benfiquista mas tenho saudades desse estádio de Alvalade, mesmo ainda sem os azulejos de casa de banho onde os concertos era isso mesmo, concertos e não idas sociais ao chá das sete!

Canela,

Torres Vedras, 6 de Outubro de 2010

 

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