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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Bairro Social

Por mais que ouça falar nos bairros sociais há sempre uma dúvida que persiste em mim relativa ao nome deste... mas que raio têm de social estes bairros? É que, para dizer a verdade, não me parece que haja ali muita gente a socializar nem me parece que sejam socialistas, (embora, verdade seja dita, não fiz nenhum estudo de mercado a constatar isso). Não fiz, não porque não esteja na moda, porque está, qualquer tipo que quer ir à casa de banho hoje em dia, previne-se logo fazendo um pequeno estudo de mercado para que não lhe corra mal a ida à casinha, seja um número um ou um número dois com diz o filho de uma amiga minha. O tal que tem o lau teimoso!

Não vou explicar o que é um lau...  nem o que é o lau estar teimoso.

Bom... há aqui que voltar ao bairro...social e lembrar que das vezes que aparecem na televisão, estão aos tiros uns aos outros. Recordo-me de aqui há uns tempos, por uma coisa qualquer que deve ter tido a ver com uma embalagem de papel higiénico ou coisa que o valha, duas etnias, a cigana e a negra andaram aois tiros no meio da rua e foi preciso polícia da pesada para que a coisa voltasse a acalmar.

Gostaram do último parágrafo? É fruto do Século XXI, aqui há uns anos ter-se-ia escrito que os ciganos e os pretos andaram ao tiro uns com os outros mas hoje, em vez de dizer que eles moram num gueto, dizemos que estão num bairro social e que são etnias. Muito bom! É que hoje em dia as pessoas não têm fome, têm carências alimentares. É mais fino, mesmo para os que estão de pança vazia (não os esporádicos mas os que não têm o que comer).

Há que considerar ainda que é ilegal ao dia de hoje, os restaurantes agarrarem e darem os restos de comer aos que nada têm para comer, sejam eles, do gueto, do bairro social ou mesmo de um bairro finório, porque infelizmente até aí já há gente com fome, perdão, com carências alimentares. Os tipos da ASAE, os tais que tiveram um líder a fumar impunemente na passagem de ano em que se queria moralizar a coisa, hão-de estar prestes a entalarem com uma multa mais uns senhores que perdem tempo e dinheiro a dar o que não lhes faz falta e não podem vender no dia seguinte a quem precisa.

Não há-de faltar muito para que também esses vão morar para um bairro social. Vejamos se serão tão cumpridores da lei quando assim fôr.

Canela

Marginal, 25 de Outubro de 2010

 

O Exame

Aqui estou eu de volta, porque ao cabo destas semanas sem escrever nada, lá volto à carga com mais Canelices. Isto acontece em particular por causa de estar com fome, muita fome! É que, por causa de um examezito médico que tenho de fazer hoje, não posso comer desde as dez da manhã atá às cinco e meia da tarde.

Não vos parece a coisa mais problemática do mundo? É natural, se calhar não ficam com o a má disposição que eu fico e com um feitio vincadamente soviético quando não como por mais de, deixa cá ver, umas duas ou três horas. Isto é particularmente mais grave quando acontece de manhã, o que neste caso nem aconteceu mas, para além de não comer ainda tenho que fazer um exercício mais logo.

O pior é que, conhecendo os médicos como conheço, o mais natural é que se atrase a coisa por uma meia hora, se correr bem ou duas horas no pior dos casos, passadas as quais vou comer, dê lá por onde der!

Chamo-lhe faquirismo mangueiral! Não é mais nem menos que isso, porque o que vou fazer é engolir uma mangueira comprida pela boca, que vai até ao estômago... tudo por causa de uma válvula marada! Não era de trocarem a peça defeituosa e estava feito? Bom, durante este exercício de faquirismo saem gases pela bocarra, como se fosse o som do Armagedão! É verdade, nunca eu me tinha ouvido nestes preparos até ter feito uma endoscopia e parecer que estava em plena matança do porco mas em vez de grunhidos ouviam-se arrotos!

Giro é que metem aquela peça de plástico na boca que é furada e ajuda a não mordermos o tubo que nso entra pela garganta dentro. Parecemos uns leitões prestes a assar mas sem maçã! É por isto que acho que não gostaria de fazer uma bela felação... faz-me lembra estas coisas. Um cunilingus pode fazer doer o travão da lingua e a dita mas nunca me fez lembrar exame nenhum!

Canela

Esfomeado, na Marginal, 18 de Outubro de 2010

 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Sugestão

Serve o presente para informar os milhões que lêem que,a partir da presente semana, por sugestões recebidas, o blog será atualizado uma vez por semana com um artigo único!

 

Canela

 

Aqui, 15 de Outubro de 2010

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O Lavatório

Ainda não há muito tempo que conseguíamos ir a um lavatório em qualquer parte do mundo e lavar as mãos descansados sem ter que seguir grandes instruções. Todos nós eramos felizes porque sabíamos como lavar as nossas mãozinhas tal e qual os nosos pais nos tinham ensinado!

Agora, e em particular desde a gripe A a coisa complicou-se um bocadinho e é necessário seguirmos os dezasseis passos que vêm num cartão colado ao lado do espoelho da casa-de-banho só para conseguirmos fazer isso.

Aquilo é um tipo qualquer de Reiki para lavagem de mãos a julgar pela complexidade da coisa. A juntar a isto, os 4 detergentes que existem na casa-de-banho que deixam qualquer pessoa desorientada mais a opção para podermos secar as mãos com ar quente ou com toalhetes que, já agora, diga-se em abono da verdade, podem ser desde o suavezinho até à lixa de madeira com grão número 40. São opções a mais para uma coisa tão simples, é o que vos digo.

Eu, que sempre fui dos incautos que acharam isto da gripe A uma palhaçada das grossas e nunca andei por aí a desinfetar as mãos de dez em dez minutos e fui censurado por isso uma série de tempo em que as pessoas olham para as minhas mão por as lavar com água e sabão como se tivessem a peste bubónica, achei alguma piada às pessoas depois descobrirem que afinal aquilo foi um embuste comercial que nos encavou a todos. Digo encavou porque as vacinazinhas e todo o dinheiro que foi gasto com isto saiu direitinho dos nossos bolsos para as farmacêuticas que agora estão a chiar que o estado lhes anda a lixar as margens.

Tenho de facto pena que assim seja mas, não tenhamos grande pena porque, ao fim das contas feitas, lá seremos nós, que consumimos o medicamento ao fim das contas feitas que iremos pagar a coisa... A parte ainda mais engraçada é que, mesmo depois de sabermos que não precisávamos de andar a papar com esta história das desinfeções, a malta continua a esfregar as unhas vigorosamente em tudo quanto é ponto... até durante reuniões, onde não há lavatório para depois passarmos as unhas por água nem que seja para tirar o cheiro!

Canela

Oeiras, 14 de Outubro de 2010

 

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O .

Devo confessor que sou uma pessoa que tem tendência para algumas coisas e a comicidade que posso ter é mais reflexo das coisas que me acontecem do que propriamente da minha livre escolha. Às vezes até fico parvo... Costumo dizer a toda a gente, e quem me conhece sabe que é cem por cento verdade que sou um iman ambulante de gente bêbeda. Não há hipótese. Se existir um bêbedo num qualquer local com dois andares, no rés-do-chão ao canto direito e eu fôr para o primeiro andar, na ponta esquerda, garanto-vos que ele vai marrar comigo de certezinha. Tenho provas dadas no mercado acerca deste tópico em particular com testemunhas várias. Hoje não foi um bêbedo.

Acabo de receber uma chamada de um taxista que abre com um bom dia e  me pergunta cmo um sotaque do “Nuorte”:

“Olhi auondéqu’ ficá empreisa?”

Tentei descortinar o que o homem queria e, após perceber que a empresa era a empresa onde trabalhei durante sete anos e saí de lá há seis meses lá consegui ajudar. Alguém deve ter dado o meu número de telefone, que é o mesmo que usava lá e a coisa deu-se. Até aqui tudo mais ou menos pacífico pese embora  o facto de isto já ser de si um bocadinho rocambolesco. A parte fixe, mesmo fixe dá-se quando ao explicar ao senhor taxista que tem de apanhar três rotundas e sair sempre na segunda saída o tipo faz uma pausa mais prolongada e pergunta:

“Mas na seguunda à isquierda ou à dirêita?!”

Ora bem, alguém me pode dizer, mesmo com esta história dos GPS’s e excluindo os paíse onde se conduz pelo lado contrário ao nosso, nos quais as rotundas se fazem ao contrário, como diabo é que se sai numa à esquerda numa rotunda?! Só se fôr a fazer todo-o-terreno por cima da relva da rotunda ou por cima das pedras e calhaus, ou daquelas estátuas que em Oeiras podem chegar ao milhão e duzentos e cinquenta mil euros!

Nem sabia bem que título dar a isto porque fiquei tão ... que a única coisa que lhe podia chamar era isso mesmo.

Canela

Abrunheira, 13 de Outubro de 2010

 

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Troco

Há cada vez mais artistas que usam uma máquina de calcular científica para que possam fazer o troco de 50 cêntimos pagos com uma moeda de um euro! Não estou a falar de saber quantos euros eram 243.723$00 que tinha que se dividir por 200,482 para se obter o valor correto...em euros, claro está. Nada disso. É mesmo olhar para a cara deles, de cérebro desligado a clicarem nos botões e a esperarem que lhes seja apresentado o troco a dar ao cliente.

Daqui não vem tudo de mau ao mundo porque, há vezes em que esses ananazes parolos em forma humanoide carregam mal nas teclas e dão de troco a uma despesa de dois euros e meio pagas com uma nota de cinco euros, qualquer coisa como quarenta e sete euros e meio!!! Claro que eles nem metem em causa que estão a dar mais de troco do que o cliente lhes deu.

Conheço uma pessoa que pediu numa loja um tabuleiro quadrado e lhe perguntaram se eram um quadrado mesmo quadrado, assim com quatro lados e tudo! Genial... Como é que nunca nos lembrámos antes que podia ser um quadrado assim ovalizado ou com doze lados? Podiamos chamar-lhe até uma dodequadriferência. Não vou elaborar sobre os prefixos e sufixos empregues aqui porque alguns que lêm isto pdoem achar que é material alienígena e nós não queremos perder os leitores por lhes chamarmos burros, pois não?!

Isso é gente a quem, como diz a minha mãe, a gente não lhes dá troco, até porque eles também não o sabem conferir!

A somar a isto há umas máquinas nas casas de banho que têm anunciada uma escova de dentes a dois euros. Um bom negócio, se pensarmos que podemos fazer feio se rirmos a bandeiras despregadas com alface nos dentes ou pior, no aparelho, embora haja já uns escovilhões que se podem usar à frente de toda a gente... ou talvez não devessem mas usam-se.

Estas mui úteis máquinas são interessantes porque têm lá uma indicação curiosa. A escova custa dois euros e a máquina não dá trocos. Não vá alguém enganar-se e meter uma moeda de dois euros e trinta ou de quatro euros e dezoito. Ah.. para os que possam pensar que aquilo leva notas, adivinhem lá?!?!? Não leva... Por isso, expliquem-me lá que raio de moeda é que podem lá pôr para aquilo bater mal?! É que mesmo com moedas pequenas, dificilmente aqui dá bota porque os sistema daquilo é tipo aquelas máquinas das bolas de plástico que trazem brindes para os miúdos que há às portas dos cafés, ou seja, só levam uma moeda...

Com tantos experts em trocos é pena não podermos trocar esta gente por outra, nem que fosse em miúdos.

Canela,

Oeiras, 11 de Outubro de 2010

 

A TV

A TV ou televisão é uma coisa do século passado mas que teima em evoluir até aos dias de hoje.

Vi agora há uns dias, (sim, é com H) A televisão mais fina do mundo com 7,98 milímetros de espessura! Fiquei mesmo parvo com aquilo, porque provavelmente até será 3D e como tal, como é que poderão pôr as três dimensões dentro de algo assim tão fino. Pior... É que se pensarmos, com a habitual camada de pó, a televisão após estar três ou quatro dias em casa já terá seguramente uns bons 9 milímetros e o dono sentir-se-á logrado porque pagou mais por ter uma televisão... vá lá... lights! Deve ter no rótulo “Contém uma fonte de fenilalanina”.

É que isto começou com umas coisas a que chamaram Televisão também há uns anos, mas que eram redondas, no fundo eram móveis com uma televisão lá dentro, com os cantos redondos... Se tal coisa existe. Eram a válvulas, aqueciam, como qualquer outra coisa e demoravam a encher o ecrã inteiro. Quando se desligavam, ficava a imagem por um pedaço ainda na televisão até que desaparecia com um risca fininha que ia até um ponto.

Muito depois disso vieram aquelas que tinham uma cena de vidro ou acrílico à frente e que eram um intermezzo entre as televisões a preto-e-branco e a televisões a cores. Tive uma ITT Ideal Colour assim e era a coisa mais hedionda que se podia ver. Lembro-me de ver jogos de futebol na televisão e lembro-me de rir a ver o Sporting Clube de Portugal a equipar de riscas cinzentas, vermelhas e lilázes. Era de morrer a rir. Eu só não sabia que o Sport Lisboa e Benfica havia de um dia equipar de côr-de-rosa um dia e ter um guarda redes que vestisse merde... Se soubesse não me tinha rido tanto... ou vai daí...

Estas já tinham interruptores de pressão e vários sintonizadores com umas estrias que aleijavam os dedos para caramba quando tinhamos de sintonizar um canal, o que acontecia a cada três meses, não por existirem muitos canais, por que só existiam dois, mais os piratas que depois apareceram mas porque mudavam de frequência as RTP’s 1 e 2 com mais frequência do que era de esperar. Lembro-me que doís porque tinha de “afinar” as TV’s às velhotas da rua todas...e eram bastantes! Felizmente algumas davam-me cinco  ou dez paus que eu investia criteriosamente em gelados Olá caso existissem à venda porque dantes, no inverno, não se apanhavam à venda.

Depois disso, lá apareceram as televisões a cores e com elas, o limite de 10 canais continuava a ser o teto que qualquer televisão trazia. Apareceram mais 2 canais, a SIC e a TVI. Não me lembro qual deles foi ou se foram os dois mas lembro-me de ver a mira técnica dias a fio na televisão e de passar uns minutos a olhar para lá, para terem a ideia da novidade que aquilo representava!

Pouco depois apareceram os operadores por cabo e de satélite, que encheram com 20, 40, 120 canais as nossas casas, apenas para concluirmos que o que passava era sempre mais do mesmo. Aprendemos a ver várias séries dobradas em linguas que nem sabiamos existir e as televisões passaram a ter até três milhões de canais, passando a existir o famoso comando remoto em quantidades nunca antes vistas. Há pelo menos uns quatro em cima de qualquer mesa de sala de estar hoje em dia... O que passa na televisão é que continua a ser uma porcaria salvo raras exceções.

Canela

Miraflores, 8 de Outubro de 2010

 

O Blogger

O bloguista, ou blogueiro (dependendo se é do Bovista ou do Salgueiro(s)), é o individuo por de trás do blog! Pode ainda chamar-se blogger, mais a meu gosto. Fica assim com um nariz empinado por o nome ser anglo-saxónico mas pelo menos o nome não rima com padeiro.

Normalmente tratam-se de indivíduos mal-resolvidos com a sociedade, com o condão de mandar umas bocas foleiras porque são um bocadinho frustrados com alguma coisa. No meu caso deve de ser por ter marrado que nem uma camelo a estudar música, (a única coisa na vida para a qual estudei, diga-se em abono da verdade) e depois ver burgesso atrás de burgesso a inventarem autenticamente empregos nesse meio, dos quais também não queria fazer parte mas, como digo, os profissionaios são eles.

Pode ser que a coisa ainda mude e, assim, deixe de ser um blogger, para infelicidade e miséria das quatro pessoas e meia que lêm isto!

Os hábitos desta gente passam por, logo que vêm uma medida governamental, correm para o teclado do computador em que escrevem com a velocidade de um Lizst a tocar piano. São virtuosos apenas na medida em que poderiam fazer dos estudos de Czerny uma brincadeira de criança! Prometo não fazer mais referências pianisticas até fim desta edição.

Na esmagadora maioria são homens com uns impressionantes sessenta e quase cinco por cento em contraponto a apenas trinta e cinco por cento de mulheres. Claro que o resto são as aves raras. Este facto é extremamente incomodativo se tivermos em conta aquela velha ideia de que as mulheres têm muito para tagarelar mas que, afinal não escrevem. Claro que uma coisa pode não ser dissociada da outra porque tagarelar implica fazê-lo com alguém enquanto que o blogger, tagarela por si, sózinho e depois mete um post algures para todas as outras pessoas lerem.

Para os que, como eu, criaram um objectivo de escrever com determinadas premissas, junta-se a isto o tal pensamento horrível da página branca que assusta tanta gente que precisa de criar algo de novo todos os dias. Não posso descrever porque só quem passa por isso sabe mas, imaginem-se  a ter de escrever  nem que seja um parágrafo todos os dias acerca do que quiserem... Experimentem e vão ver que nem todos os dias é fácil... Hoje não foi!

Canela

Miraflores, 7 de Outubro de 2010

 

O Concerto

O Concerto costumava ser uma coisa mais engraçado do que agora é! Isto não tem que ver com qualquer tipo de saudosismo da juventude que se foi e que os tipos de meia idade começam a ter latente na mente... é um facto, mesmo! Querem ver porquê?

Isto começa com o próprio bilhete para o espectáculo. Os de agora parecem um bilhete de cinema onde há dois códigos de barras, têm nome de empresas em inglês, para estarem na moda, são divididos em balcão 1 e 2 comos e fossesmos ao Tivoli ver o Rambo em oitenta e qualaquer coisa. Até o número de identificação fiscal da empresa vem lá. Para não variar a empresa tem um nome inglesinho para parecer bem.

Viramos os bilhetes e encontramos uma série de regras que se impõem em coisas onde não nos vamos divertir de modo algum. Somos informados que vamos ser revistados e que não nos podemos portar de maneira violenta, agressiva, etc... Neste último caso particular era para ver quem um dia foi chamado por um tipo da Kerrang (Mick Wall) como “a banda mais perigosa do mundo”. Ora, certo é que só está lá um da formação original mas, de facto, ainda são vinte por cento de perigosidade. Será que a banda também é controlada? E os bilhetes?! Se não têm umas piadolas atrás, não são bilhetes de concerto!!

Não deve de ser porque aquele filho de uma granda p#!@, para ser meiguinho, não perde a mania de estar atrasado para o que quer que seja duas horas! OK... dava-lhe meia hora por causa da banda de apoio por isso, hora e meia de atraso!

Não se pode levar máquina fotográfica, o que quer dizer que a malta tem de desmontar essa parte do telemóvel. Apesar dos esforços, no dia seguinte vi coisas em HD gravadas de todos os sectores.

Por sorte também não se pode fumar lá dentro e ainda bem, porque eu deixei de fumar e faz-me mal às tubagens internas. Devo dizer que fumei o meu antigo maço sem ter que pagar um tostão, oq ue tem o seu quê de positivo.

Ah... a programação pode ser alterada por motivos imprevisto, o que é positivo porque, se não aparecerem os artistas que estamso à espera, eles vão buscar o Michael Carreira ou o Toni que também costumam encher o pavilhão Atlântico e pronto.

A parte fixe destes concertos é que já não há relva para arrancar e atirar aos artistas nem aquele tapete de amianto que, naquela altura, não era tóxico. Também já não entram garrafas de água para fazer tiro ao alvo e, quando fazem cair mariquinhas, ficam ali deitados tipo Barbie. Este era o líder dos mais perigosos do mundo. Chegava a casa e pedia um copinho de leite morno à mãe...e as pantufas, se pudesse ser.

O que me irrita mesmo nem é isto, é existirem filas bem comportadas para comprar sandes de p´~aod e forma em vez as bifanas boas e gordurosas que sempre existiram. Isto é tudo fino agora, as sandes vêm embaladas em plástico, tão bem que até a isso sabem. Mas é plástico segundo a norma ISO qualquer coisa, por iusso tudo bem. Já não há tipos a darem Roipes (Rohypnol), tripes, chinesas, e coca tudod e seguida para ao fim, partilharem um frango assado que até ofereceram a quem estava à volta.

Eu sou Benfiquista mas tenho saudades desse estádio de Alvalade, mesmo ainda sem os azulejos de casa de banho onde os concertos era isso mesmo, concertos e não idas sociais ao chá das sete!

Canela,

Torres Vedras, 6 de Outubro de 2010

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A Semana

É sabido que a semana, conforme a conhecemos tem 7 dias. Tem origem astronómica este facto porque corresponde a um quarto de um ciclo lunar completo que são 28 dias. Não me recordo assim à primeira vista de uma cultura qualquer onde a semana tenha um número de dias diferentes porque é sabido que a lua tem este mesmo ciclo por toda a parte e que, por mais distraídos que fossem os membros de um determinado povo, acho que nenhum ficou imune a vê-la ali no céu, a crecer, a decrescer, cheia ou nova.

É claro que, no ocidente conseguimos que a semana tivesse um completo e novo significado na nossa tentativa de encurtar a semana para podermos ter uns fins-de-semana mais compridos como o que aí vem. Vai ser um daqueles que se aproveita um feriado a uma terça-feira para meter um dia de férias e ir quatro dias. O pior é que na semana seguinte a segunda-feira vai cair em cima da quarta o que é um problema porque às terças, quartas e quintas é quando a malta mais produz, porque já veio do fim-de-semana e ainda não está com o mind set no modo “vamos de fim-de-semana”.

Assim sendo, passa a segunda para a quarta e condensa-se a terça, quarta e quinta na quinta-feira porque a sexta é a sexta! É para prepararmos a ida de fim-de-semana no sábado porque isso é santo!

Quando um feriado calha a um Sábado ou a um Domingo é que é bera porque a tal lei que mudava isto para uma segunda ou uma sexta não foi aprovada (ainda) e assim sendo afeta apenas quem bule ao fim-de-semana. Não deixa de ser curioso também que o Domingo, que é o primeiro dia da semana, faça parte do fim da semana mas isso também não interessa nada como dizia a poetisa dos dentes de fora.

Esta era a lei que podia fazer com que o 25 de Abril pudesse passar a ser a 27 ou 23, dias em que não houve revolução nenhuma mas, para dizer em boa da verdade, como não morreu ninguém, também não faz diferença. No 5 de Outubro, a Républica faz 100 anos, pelo que podemos até mudar a data sem prejuízo de maior. No dia de finados, não faria diferença nenhuma também porque afinal eles, os finados, estão mortos e não têm pressa de ir a lado algum. Tanto lhes dá que o feriado seja a um dia a outro!

Se a coisa correr mesmo muito bem, podemos ter, uma vez no ano, um feriado a uma terça e a uma quinta, o que pode fazer com que a segunda seja uma sexta, a quarta uma segunda ou uma sexta, conforme se goste mais e a sexta uma segunda, que nesta semana podia ser muito bem uma quarta. Se metermos três dias, então até a sexta pode ser uma terça ou uma quinta, em que não se fez nada, mas vai daí, também foi assim na segunda e na quarta pelo que está tudo bem na mesma.

Posto isto, acho que era de se chamar estas semanas de... Semana Santa...se não houvesse já uma emq ue temos quarta de cinzas, quinta de nada, sexta-feira santa, sabado de aleluia e domingo de páscoa... ah... e a segunda feira a seguir, é de ronha e vai-se para o campo fazer um pic-nic.

Canela

Oeiras, 30 de Setembro de 2010

 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O SMS

Voltando aos tópicos que são simultaneamente de três letras e acrónimos, vou hoje referir este modo de comunicação que revolucionou o mundo de tantas maneiras. Digo isto com certeza e propriedade absoluta pois, acabo de ser informado há dias que o SMS é agora um hobby.

Pelo menos foi isto que vários alunos responderam à sua professora de Matemática quando perguntados acerca dos seus hobbies. Fabuloso, não é?! Para mim é tão bom como descrever como hobby, mudar a água às azeitonas ou fazer um cocó! É preciso, gosto muito e sentimo-nos bem, por isso acho que também entra como hobby.

Isto mostra várias coisas, não só acerca dos SMS’s (desculpem a apostrofização anglo-saxónica), mas também o que estes putos têm dentro daquelas cachimónias.

Bom, o SMS é de tal modo importante que até um canal de televisão já existiu com este nome (e eu até fui lá a um concurso de bandas que era apresentado pela Helena Coelho... essa mesmo,que fez as fotos para a lingerie Triumph... recordo-me da sua bengala recorrente... “nada mal, hein?” como se fosse hoje...). Naquela altura, os miúdos votavam nas bandas que mais gostavam via SMS e depois o concurso ia progredindo tipo meias-finais, finais, etc... (Fomos à final e não ganhámos, recebemos o prémio rolha de cortiça, como é costume).

Assim, temos hoje pessoas que não sabem ler SMS’s como a minha mãe, porque os telefones têm letrinhas pequeninas, o que é verdade e temos pessoas que mandam SMS’s a falar com outra pessoa ao lado usando ambos os polegares. O record é de uma Norueguesa que escreveu:

"The razor-toothed piranhas of the genera Serrasalmus and Pygocentrus are the most ferocious freshwater fish in the world. In reality, they seldom attack a human.”

Em 37,28 segundos! Isto explica o baixo teor de vida sexual que esta gente tem... Só pode!

De qualquer forma, os teenagers (adolescentes) são recordistas absolutos nesta nova forma de comunicar e aposto que até o famoso “truca-truca” pode hoje ser feito via SMS:

“lol, Truca”

“Truca”

“TRUCA, TRUCA”

“TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA TRUCA”

“Ohhhhhhh”

Eu prefiro sem ser por SMS mas, pensando bem nisso, não posso preferir porque nunca... vá lá... truca-truca por SMS. Pode ser que seja giro... duvido, no entanto.

Canela

Oeiras, 29 de Setembro de 2010

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O Estacionamento

Sei que não devia começar assim porque fazendo-o, vou meter em apenas meia dúzia de pessoas o conhecimento da frase que vem a seguir... mas que se lixe! Aturar, até aturo algumas coisas mas têm de me pagar para isso.

 Quem me conhece sabe que o estacionamento para mim não é problema. Em qualquer dado dia, podem ser nos santos populares em Lisboa, posso ir até à rotunda do Marquês de Pombal e arranjar lugar para estacionar o carro a menos de vinte metros do sítio para onde quero ir! Os motivos pelos quais tenho sempre lugar lá, são bastantes mas sem dúvida que os mais importantes são o estar a visualizar o meu lugar mesmo à portinha, os outros não conseguirem acreditar que o vão conseguir e, segundo o anúncio deles, a EMEL.

A verdade, verdadinha é que eu paro o carro nem que seja em frente da esquadra da polícia em cima do passeio e quero que se lixe na maior parte das vezes. Trabalhei numa empresa em Oeiras onde estacionava numa curva, em cima do passeio e ao mesmo tempo de duas passadeiras, numa curva! Nunca fui multado... Uma vez meteram-me um saco do lixo pendurado no espelho e mandei com ele para dentro do quintal da velha que ali morava, com a certeza absoluta, embora sem provas de que tenha sido ela. A velha também tem a certeza que fui eu que lhe mandei com o saco do lixo para o quintal mas também nunca há-de poder provar isso portanto...

Uma vez apareceu lá a polícia e multou toda a gente que por ali estava, inclusivamente um ex-colega meu que não excede os 50 quilómetros por hora na cidade e os 80 nas nacionais. É um tipo que não gosta de maçãs (?!) e para quem até os reformados que têm um Datsun 1200 buzinam para sai da frente! Este tipo, foi multado... Eu, curiosamente, estava fora naquele dia e a multa passou-me ao lado.

De volta à EMEL... Estes senhores que tanto já fizeram por nós a troco de tão pouco são também um motivo aparente para que toda a gente tenha lugar para estacionar. Eu incluído! Ao que parece, por metermos umas moedas nos parquímetros, ou parcómetros, tenho de verificar isto com um brasileiro qualquer que saiba português à séria, os lugares ficam melhores. Não sei bem como, deve de ser um processo tipo a fada dos dentes, só que as moedas metemos nós naquelas máquinas diabólicas que nos sugam até ao tutano.

Não me lembro de ter autorizado quem quer que fosse a taxar-me para poder parar o carro mas também estou seguro que não há-de ser mais uma negociata daquelas que são ilegais mas que se vão fazendo aqui no nosso jardim à beira-mar plantado. Não pode...era demais, não é?!

E as condições que eles trouxeram ao estacionamento? Agora que temos aquelas linhas brancas a delimitar os lugares, é muito melhor estacionar ali. Até um polícia me disse para estacionar como deve de ser e não ocupar dois lugares um dia destes na Avenida da Liberdade... Nem lhe respondi, porque ele não é da EMEL, claro. Tirei dali o carro e parei 100 metros mais à frente a ocupar outros dois, só porque sim! Era o que mais faltava agora era um policiazeco a dizer o que se pode ou não fazer num local que é da EMEL. Só não me lembro de ver a EMEL a reparar pavimento algum nos locais de estacionamento onde o alcatrão está podre e esburacado como seja a António Augusto de Aguiar mas isso, havemos de lá chegar.

Afinal de contas, o que seria de nós sem estes que já uma vez foram chamados de “marcianos” pelas fardas, que queriam que se confundissem com os Almeidas que trabalham na Câmara?!

Canela

Lisboa, 28 de Setembro de 2010