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quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Preservativo

Aqui está um tema que vale a pena tratar com a devida atenção.

Os preservativos já foram antigamente, produtos que se pediam com alguma descrição para que não estivessem lá as vizinhas todas a aviar os bem-u-ron e os recto-bronco-tosse, (estes últimos, por via do novo acordo ortográfico deverrão passar a ser reto-bronco-tosse) e ficassem a cochichar. Ninguém sabe muito bem do quê mas o certo é que o raio das velhas faziam sempre umas caras que ninguém percebia muito bem!

Nessa altura, o pré-câmbrico do preservativo, todos os eles eram côr de latex natural, um beje pálido e meio transparente sem formas e apenas com 2 variantes. Estas variantes estavam apenas relacionadas com a espessura do latex e, antes de existirem estes hiper finos, existiram alguns que mais pareciam luvas de cozinha onde cortavam os dedos (e não vou fazer ligação alguma à questão dos tamanhos quando comparado com uma luva de cozinha).

É claro que, com o passar dos anos e da salutar concorrência, os preservativos foram evoluindo para formas e côres diversas e temos já à venda nas grandes superfícies vários modelos com sabores associados ao latex embora ainda algo limitados. Pergunto aqui, para quando o preservativo com sabor a frango ou, melhor ainda o McCondom da McDonalds com sabor a Big Mac (o nome até faria sucesso com certeza).

Isto sim seria o último e derradeiro passo da McDonalds para chegar a todo o mundo e se tornar verdadeiramente global. A McDonalds orgulhar-se-ia até de poder dizer, “fomos até onde nunca nenhum hamburguer foi…” Claro que podiam estar enganados mas nem vou entrar por aí.

Obviamente que, por muito que a tecnologia tenha evoluido nos últimos tempos, há algumas coisas que teimam em acontecer, independentemente dos sabores, cores e outras propriedades mais que diferem os preservativos do século XXI. Há sempre um que se teima em romper em cada embalagem de doze e, por mais que se queira, parece que um pedaço dele se desintegra a algum ponto. Por boa publicidade que tenha sido feita, aquilo teima em não ser cómodo de colocar(nem vou comentar de utilizar porque comer um bife dentro de um saco de plástico é algo que não me passa pela ideia por isso… enfim…adiante).

Eles bem se esforçam em meter panfletos para uma utilização cómoda, alguns em 3 passos, outros em 6 e outros ainda em 10, o que mais parece um manual do Space Shuttle do que propriamente de um preservativo. Há máquinas industriais bem complexas que têm manuais de utilizador bem mais simples do que os preservativos o que, a mim me faz pensar no que passará pela cabeça de um tipo que tiras o preservativo e começa a ler o manual de instruções ali, bem antes do ato em sim…

Uma coisa garanto, não dá ar de quem tem muito a ensinar pois não?!

E se os fabricantes de preservativos fizessem com os tipos da gelatina? A tal que não teve sucesso até darem às donas de casa várias receitas com gelatina, de forma gratuita, centena de receitas?!

Extrapolar isto para os preservativos não deixa grande margem para dúvidas. Trata-se de oferecer fascículos do género Kama Sutra para uma marca de preservativos qualquer. Ao mesmo tempo que educávamos sexualmente as pessoas, contribuiamos para conter as doenças sexualmente transmissíveis.

A única coisa que ficava a faltar era termos umas meninas no supermercado depois a oferecerem amostras grátis para promoverem o produto. Estou a falar apenas do preservativo, claro…

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 30 de Abril de 2010

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