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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A Cerelac

Desde sempre gostei da ideia de fazer uma tatuagem no ombro esquerdo! É uma bela introdução para quem vai falar de Cerelac… aguentem mais um bocadinho que vão ver que tudo faz sentido. Claro que, para fazer uma tatuagem, para além de ter de desembolsar uma catraifada de euros em algo que me poderá dar algum prazer de ver, há que pensar que é uma coisa que, diz-se, dói e, não sendo eu especialmente masoquista no que toca a coisas com agulhas, que a propósito, me dão uns frenicoques tipo tia de Cascais indisposta, há que pensar no que queremos fazer que nos acompanhe, em princípio, para sempre.

Poucas coisas chegam a esse patamar de perfeição, porque nos podem desiludir, fazer mudar de opinião etc e tal mas, penos que se um dia tomar esse passo, dirigindo-me a uma loja suturna no Bairro Alto ou em Camden Town, levarei comigo um pacote de Cerelac para me acompanhar naquele momento tão importante e, para que o tipo que me irá tatuar, saiba o que é uma embalagem de Cerelac… eu disse que ia fazer sentido.

Devo alertar que esta edição poderá vir a ser longa mas, se me perguntarem ao dia de hoje, de tudo o que vi no mundo, o que mais gostei, para além de pessoas que conheci, a resposta sera, sem sombre de dúvidas, a Cerelac!

Pois é, a Cerelac é das poucas coisas que eu compare a… maminhas. Eh pá…e se eu sou maluco por maminhas. Se existissem maminhas de Cerelac eu saia neste momento daqui e ia tatuar umas no ombro esquerdo!

É que, reza a história que eu já comi pescada cozida, que é hoje a coisa mais asquerosa do mundo, com Cerelac. Era enganado pela minha mãe para papar aquele peixe horroroso e sopas várias que não gostasse. Só posso perdoar isto à minha mãe porque, afinal de contas, havia Cerelac ali no meio e a pescadinha branca havia de ficar riscada da minha ementa para o resto da vida em breve!

Já agora, peço desculpa pela heresia de misturar a melhor e a pior coisa do mundo no mesmo parágrafo…

Sempre fiel a esta papa fantástica que, pode ser fria ou quente, desde que feita com leite gordo e mexida com um garfo no sentido dos ponteiros do relógio para não criar grumos, deve ser adicionada a Cerelac até podermos virar a málaga de cabeça para baixo sem corer o risco de cair um único pedaço, a mesma manteve-se fiel desde todo o sempre,(bem, pelo menos o “todo o sempre” que me consigo lembrar) por manter, não apenas a caixa com a mesma côr e o mesmo tipo de fotografia mas, por manter sem grandes alterações aquele saco metalizado que, sempre tive a plena certeza, é feito do mesmo material dos OVNIS que cairam nos Estados Unidos onde se viam os alienígenas (ou seriam indígenas) ainda vivos.

Mas atenção, estou a falar da Cerelac clássica e não de coisas para meninos da mama como a Cerelac com pêra e coisas do género. Estou a falar de Cerelac pura e dura, daquela que faz crescer cabelos no peito, na barba e até no dedão grade do pé!

Pensem lá comigo por um segundo, era, ou não era absolutamente ridiculo um tipo agarrar e tatuar um pacote de Cerelac de pera no ombro esquerdo?

Estão a ver como tenho razão?!

Canela

Portalegre, 19 de Abril de 2010

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