Seguidores

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Repetrar

Antes de irem ao dicionário ver o que quer dizer esta palavra, devo avisar que não a irão encontrar lá! Isto deve-se principalmente a, embora a palavra ter 29 anos de existência, não estar escrita em lugar algum. É claro que tem de haver uma explicação para isto… eu inventei esta palavra quando tinha 5 anos! Brilhante, não é? Estava de cócoras no quarto dos meus pais à rasquinha para ir à casa de banho que estava ocupada e, como o mesmo já tinha acontecido várias vezes, resolvi que havia de haver um termo para designar aquela espera específica.

Digam lá que já não ficaram montes de vezes à espera de ir à casa de banho? Então já estiveram a repetrar-se uma série de vezes e não sabiam…

Já é seguro dizer, 29 anos depois que não existe uma palavra para tal por isso, ponho aqui a minha bandeira tal e qual como na ideia vencedora da edição de ontem do iogurte de peixe-espada.

Outras mais palavras foram criadas mas, algumas fui aprendendo que até já tinham sinónimos e outras, resolvi guardar para mais tarde, não vá aparecer outro acordo ortográfico que me lixe.

Devo dizer que invejo o perigrás da minha prima Sónia que quer dizer carteira, uma clara influência do cirílico no português numa pessoa de 3 ou 4 anos.

A parte gira disto é mesmo o que eu pensava nesta altura… tenho a certeza que nunca disse isto a ninguém e vai ser revelado aqui em primeira mão… A ideia que eu tinha, quando era miúdo, (e ainda tenho alturas em que estou quase seguro que é assim mesmo) é que o mundo tinha sido criado para me analizar. Sei que isto pode parecer um bocadinho megalómano mas, era o que me ia na ideia. Todas as pessoas exceto a minha família estavam aqui apenas para poderem observar tudo o que eu fazia. Não tinha dúvida alguma também, que tinha uma portinhola nas costas cheia de circuitos, tipo robot, que desaparecia apenas quando eu olhava para lá.

Podem pensar, e os outros, não viam?! Claro que viam, mas estavam feitos com o resto do mundo para me observar. Não tinha bem a certeza de quais os propósitos de quem teria mancomunado este plano engenhoso mas, não tinha dúvida alguma que era assim.

Ao dia de hoje, de cada vez que me olho ao espelho após tomar banho, viro-me sempre discretamente depressa para ver se consigo, nem que seja por uma vez, ver a tal portinhola…

Espero que, com estas linhas, compreendam melhor o que leram e irão ler aqui neste blog…

Canela

Armação de Pera, 7 de Abril de 2010

Sem comentários:

Enviar um comentário