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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A sexta-feira Santa

Já deve ter ficado mais ou menos óbvio para quem tem lido as mensagens anteriores que eu tenho uma relação muito particular com estas coisas da igreja.

Talvez tenha que ver com o facto de terem queimado meia-dúzia de pessoas vivas ou talvez dúzia e meia, se pensarmos nisso com afinco, e, como tal, essas coisas tendem a marcar-me. Ah… e o facto de promoverem a estupidificação das pessoas a um expoente quase sem limite (que tende para o infinito mesmo).

Esta história de serem contra os preservativos, anti-aborto e não sei que mais é uma coisa que me faz alguma confusão e tudo quanto obriga as pessoas a estarem de acordo com eles, tende também a ter-me como adversário ideológico.

Andei aqui uns dias depois do artigo do papa a pensar que publicava esta ou se guardava para mais tarde mas, como vi hoje na televisão um padreco com pinta de parolo a querer ser mais santinho do que é possível ser, lá tive de escrever isto.

Pois bem, toda a minha gente sabe, como é costume, que nas sextas-feiras Santas não se come carne. Desde miúdo, a minha repulsa por estes tipos da igreja começou logo por aqui porque já sabia que havia pelo menos um dia no ano em que estava entregue, mesmo que não fosse à pescada cozida, lá havia de aparecer o raio da garoupa ou outra coisa qualquer. Hoje até gosto, mas faço alguma gala de comer carne na sexta-feira Santa nem que seja só porque sim.

Descobri recentemente que, como sempre ao seu melhor estilo papão, a igreja católica sempre teve uma solução para este mal. Pena que fosse apenas para quem pudesse pagar a Bula! Ora,a bula, consistia em pagar ao pároco da freguesia, uma soma em dinheiro vivo para que este o absolvesse da obrigação de comer peixe.

Vá lá, a sério… Gente inteigente deste mundo, pensem comigo! Como raio é que um besunta qualquer que estudou para padreco..pensem bem, para padreco, há-de ter o poder divino para poder dar autorização para quem quer que seja, possa comer ou beber o que quer que seja, em qualquer dia que seja? Sou só eu a achar isto uma pura anormalidade?! Será que os padres têm algum connect com Deus para que possam dar o desconto a quem coma um bife da rabadilha naquele dia?

E se fôr perna de borrego? Será que há regras para as pernas de rã? Contam como carne ou como peixe? E se forem girinos? Se os girinos são peixe, pode ser pedofilia pisciva?! E se forem petingas, também? Os iogurtes, visto virem de animais como as vacas, podem ser consumidos? E se forem iogurtes de peixe-espada? E se forem iogurtes do leite do peixe-espada fêmea?!

São dúvidas que me fazem doer a alma e explicam porque, após ter ido uma vez à catequese onde vi uns putos com ar de quem estava sob o efeito de LSD do forte, nunca mais lá voltei sem ser estritamente necesário.


Canela

Portalegre , 29 de Abril de 2010

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