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sexta-feira, 23 de abril de 2010

Viagem ao centro da Terra

Para os que apreciam literatura de fantasia, este título é uma iguaria de outros tempos onde o Júlio, Verne de sobrenome, nos mostrou o que poderia acontecer se tivéssemos vontade disso. Digo, como humanidade, pois claro.

Lembrei-me deste livro por causa do vulcão que, ao mandar cinzas para a atmosfera garantiu que um terço dos passageiros ficou em terra (e não na Terra) mas não só, porque uma viagem, já sabemos que, com ou sem cinzas vamos ter de pagar. A da deputada Inês de Medeiros.

Não me vou armar aqui em “expert” em direito mas, realmente, utilizando aquela coisa chamada senso comum, parece-me que a Sra. está aqui a esticar a corda neste assunto. É que assim, não podem vir pedir esforços ao Zé Povinho, pelo simples facto do Zé estar farto destas novelas foleiras e de negócios mal explicados.

Para piorar isto, lembro-me do que dizia uma Sra. Dra. da DECO um destes dias na televisão,a explicar, com uma vozinha de quem não sai do escritório se estiver uma aragem a correr na rua. Parafraseio claro, que, era afirmado que todos os passageiros têm sempre direito ao reembolso dos bilhetes mesmo que esteja escrito quando os compram que o passageiro não tem esse direito. E pergunto eu: E gastam tinta a imprimir isso então porquê? E qual a diferença então entre os bilhetes?A mim também não me parece mal que se no bilhete diz que não é reembolsável que o não seja mesmo. É um risco que se quisermos corremos, se não quisermos compramos mais caro. Faz sentido, não?!

Mas isto afinal, diz a Sra. Dra. era apenas para situações normais. Quando tem que ver com vulcões a coisa muda de figura e aparentemente tem mesmo de haver reembolso ou remarcação mesmo que a companhia aérea seja alheia à anulação do vôo. Ora desta última parte depreendi eu que há companhias aéreas que se dão ao trabalho de ativar um vulcão apenas com o intuito de paparem o dinheiro aos passageiros de algumas viagens, esperando que as autoridades que gerem a aberturae fecho dos aeroportos, sejam coniventes com o facto da cinza poder estaragar os aparelhos e poder colocar a viagem em risco, feche de facto os aeroportos.

Ora, se é assim e toda a gente tem direito aos vales de refeição, à dormida e afins, então porque é que a autoridade não intervém? Era só irem ao aeroporto e obrigarem os tipos a pagarem. Talvez lá pudesse ir a Sra. Dra. da DECO explicar-lhes isso e tudo ficava resolvido. Nunca é assim tão simples, pois não? O facto de termos direito a qualquer coisa, na realidade não quer dizer nada.

Caso desse resultado, sugiro eu, que dê um telefonemazinho à deputada Inês de Medeiros a explicar a situação do país para que ela se contenha e não meta as despesas de viagem à conta do erário público.

Ah..e avise, já agora, a deputada que um vulcão anda a fazer das suas pelo que, falar-se de despesas que têm que ver com viagens aéreas nesta altura do campeonato, seria uma parvoíce, visto que ninguém consegue viajar para lado algum mesmo…

Desculpem o título abusivo mas como metia viagens e o que o vulcão expele vem do centro da Terra….

Canela

Oeiras, 23 de Abril de 2010

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