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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O Passaporte

Não há volta a dar, este tipo de bilhete de identidade internacional é um documento que veio para ficar! A rima não tem propósitos propagandísticos e foi meramente casual as palavras terem este efeito.

Antigamente, o passaporte, era coisa de malta rica, porque quem o tinha era porque precisava, e muito, de viajar, e como tal necessitava de ter um documento que o permitisse colecionar as várias carimbadelas que vai recebendo nas mais variadas fronteiras do mundo.

Desde o quadrado de Cabo verde om a data, sem piléria nenhuma, ao enigmático floreado de países no Golfo do México, há de tudo. A pinta dos guardas dos postos fronteiriços é quase tão grande como a foi o passaporte em determinada altura porque, olham para nós e para o passaporte como que a confirmar que aquela fotografia que ali se vê é de facto a nossa.

Este problema está prestes a ser ultrapassado, claro está, através da tecnologia. Fui agora tirar um novo passaporte e fui fotografado por uma webcam, mesmo com as isiosincrasias inerentes  a estas tecnologias. Uma delas, que achei curiosa, era que as senhoras, que costumam ter mais cabelo do que os homens na cabeça por este ser mais comprido, têm de ter as orelhas à mostra! Uma segunda parte é também obrigatório, válida aqui para ambos os sexos que é, não ter óculos na cara.

Isto benificia logo uma série de coisas... Primeiro não teremos mais “caixas de óculos” nos passaportes mesmo que o proprietário do documento tenha 700 dioptrias e tenha uma armação de massa tipo anos 70 e lentes fundo de garrafa, em verde e tudo!

Depois, e só agora me passou isto pela cabeça, quem não tiver orelhas não pode ter passaporte, mesmo tendo a vantagem de não ter que usar óculos, qualquer que seja a sua graduação, pelo simples facto de não terem orelhas para os segurar!

Pergunto-me como é que o Nikki Lauda viajaria hoje em dia com este passaporte eletrónico... Um mistério! Agora as senhoras ( e os gadelhudos) têm, de  todas as vezes que querem ir além espaço da União Europeia, têm de fazer aquele fantástico toque à Nuno Gomes (esse pelo menos já está habituado) e pôr o cabelinho atrás da orelha.

Valha-nos que agora basta olharmos para uma câmera que a porta abre-se, como que por magia, e já não levamos carimbo nenhum que dê para mostrarmos aos amigos como é que foi estarmos em Cuba, para lhes fazermos inveja. Destino de pobres...

Canela

Amadora, 9 de Setembro de 2010

 

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