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domingo, 19 de setembro de 2010

O Tijolo

Uma das grandes invenções da humanidade reside num bloco de argila, moldado numa forma parelelipipédica, levado ao forno para cozer! Algumas considerações acerca disto…

Quem, pergunto eu, quem é que se terá um dia lembrado de ver se um bocado de terra avermelhada, quando misturada com água, amassada e limpa de impurezas de maior e levada ao forno a cfozer, se poderia transformar em algo de útil? É que isto só pode ter sido obra do acaso. Não me parece que possa ser uma outra qualquer coisa assim do pé para a mão! É esticado pensar que caiu um bocado de argila para dentro de um forno onde estavam, sei lá, a fazer pão e, ao bater várias vezes com uma pá naquela matéria estranha, saiu de lá uma coisa mais ou menos cúbica, para onde alguém terá olhado e dito.

“Eh pá, com isto dá para se construir paredes!”

Não me parece!

Ao saber que um dos tijolos mais antigos que se conhecem, são chamados de tijolos de burro, é lícito para mim pensar que foi um burro que inventou o tijolo. Dos que fazem i-ó, i-ó mesmo!

Conforme devem de saber há tijolos de sete e de onze, o que tem que ver com a sua largura e, como tal, a sua aplicação para paredes externas, internas e outros fatores mais a ter em conta. Os de burro já não são fabricados e são apenas aproveitados de um lado para o outro pela sua forma bruta (muitos nem têm buracos e como tal são parelelipípedos sólidos). Há outras dimensões menos comuns mas sem expressão no nosso mercado.

Há agora uma variante feminina do tijolo, que é a tijoleira, que tem uma forma muito peculiar e serve para se meter entre duas vigas, por exemplo. Claro que a tijoleira, por ser feminina é uma coisa mais coquete e exige que se ponha malha ao sol (não fui eu que inventei o nome) em cima para que possa suportar a argamassa de seguida.

Posto isto, há uma coisa que me faz realmente uma certa e determinada espécie que é o facto de os pedreiros comprarem tijolos e depois os partirem com uma colher que é do nome da sua profissão para os transformarem em cacos. Ora para isso não era melhor fabricarem logo cacos? É que com isto podem dar azo a que as pessoas pensem que a expressão “estúpido que nem um tijolo” tenha uma maior razão de ser…


Canela

Montemor-o-Novo, 17 de Setembro de 2010

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