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terça-feira, 13 de julho de 2010

A Secretária

Falo-vos hoje da secretária enquanto pessoa e não enquanto item do imobiliário de escritório ou seja lá de onde seja.  Isto tem que ver apenas com o facto de estas de que vos escrevo serem muito mais interessantes do que as outras e isto não é pelo simples facto de pertencerem ao género feminino, para os que já estavam a arreganhar a taxa e por me saberem fã absoluto  do género....

Esta senhora, mãe de nenhum, de um ou de dois é expert em dizer em frases altamente elaboradas tais como “O Xotour não está”, “O Xotour está em reunião, agora não é possível” ou ainda “O Xotour só vem amanhã”. O que é realmente incrível é que estas senhoras, (não é sexismo nem machismo algum, é um facto que conheço 100% de secretárias e o único Secretário que conheci, era de nome e jogava no Porto, por isso não me melguem com os comentários machistas- pelo menos hoje), com formação superior tirada numa universidade com o intuito de nunca mais terem de ver matemática à frente usam não só a versão Xotourmas também o Xoenginheiro ou o Xoarquiteto com uma habilidade verdadeiramente desconcertante.

Conseguem, ao telefone  e à distância de 2 metros do gabineto do Xotour, utilizar a palavra Xotour 4 e 5 vezes na mesma frase, muitas vezes apenas para perguntar se o Xotour quer um cafézinho. “Bom dia Xotour. O Xoutor quer que lhe vá buscar um cafézinho Xotour?” É um bocadinho iritante, digo eu. Na maior parte das vezes, o Xotour nem é Xotour coisa nenhuma o que confere a tudo isto um ar de saloiismo faz-de-conta misturado com um dos episódios beras dos Gato Fedorento. (Beras tecnicamente, claro, que mesmo os que são beras são bons).

É característica da secretária terminar tudo com um “inho” para ficar mais fofinho desde o momento que seja para um superior hierárquico. Ela é de folhinhas, borrachinhas, clipceszinho (é assim que se dia e não que se escreve, eu sei) e todo o colega de trabalho sabe que aquela pessoa está a “rebentar de trabalho” e, na sua própria opinião, seriam precisas umas 4 ou 5 pessoas para fazer o trabalho dela.

Usam o seu “pequeno poder” para tentar gerir o que quer que seja possível gerir na sua “pequena quinta” que está separada pelo arquivador e o agrafador com que trata com uma cordialidade que se usa apenas nos Rolls Royce de tempos idos. O arquivo é uma preocupação constante para estas pessoas que acreditam que, é a partir da gestão equilibrada dos agrafes que uma empresa se torna, ou não, numa companhia de sucesso com lucros abismais!

Canela,

Montemor-o-Novo, 7 de Julho de 2010

 

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