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sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Turma

Em tempos idos, fizémos parte de uma série de turmas que, na devida altura,a chámos muito cool e que, tinham lá os estereótipos todos condensados em 25 a 30 miúdos. O que não sabíamos é que depois iamos levar com uns filmes classe B o resto da vida com esses personagens mas... enfim!

Havia o Gordo, que era sempre um pagode de uma maneira ou de outra. Este espécime era um gajo fixe embora começássemos logo nesta altura a ter a impressão de que ser o badocha, o banhas ou o gordo não era a coisa mais fixe do mundo.

O Gordo era um tipo que impressionava pelas medidas e nem sempre de uma maneira boa mas que, numa partida de futebol mais acalorada, onde fosse preciso “meter mais o pé” dava um jeitaço durante os 5 minutos que ele conseguia correr!

Havia o Canina, que era 5 centímetros a menso que a média mas que, na altura, do ponto de vista percentual era algo que até se notava e por isso era achacado até às orelhas por causa disto. Por um acaso ou talvez não, o canina era sempre um tipo que jogava bem à bola.

O Beto era um puto com um corte de cabelo aprvo naqueles dias mas que, se veio a provar um corte verdadeiramente futurista porque os putos hoje são todos assim! Se não lhes faltasse a parte de terem os boxers à mostra nas calças e os brincos foleiros à Cristiano Ronaldo, imagem fixe hoje ams que muito vai dar que rir dentro de uns bons 20 anos, chamar-lhes-ia quase videntes.

No extremo oposto ao gordo havia o Fininho, muitas vezes também chamado de Trinca-espinhas mas, como isto das palavras compostas por justaposição dá sempre aso a confusões, muitas das vezes ficavam como Fininho por ser mais fácil. Ainda ao dia de hoje vejo com grande tristeza que uma grande parte da população adulta erscreve “poder-mos” em vez de podermos... enfim... são idiossincrasias como esta que dão emprego permanente aos professores de português.

Sempre existiu um tipo que não tinha alcunha mas que morava paredes meias com a escola tipo, no prédio em frente ou a  menos de 100 metros. Toda  agente sabe que, este tipo era quem chegva por fim mesmo no limite do 2ª toque porque ouvia a camapainha da escola a tocar em casa. Vão por mim que eu ouço o toque de 3 escolas de manhã se o vento estiver de feição e, numa delas pelo menos, o tempo anda atrasado 5 minutos por causa de algumas professoras menos pontuais que não conseguem estar a tempo e horas para quase nada. Eu escrevi quase... Felizmente há aviões e pessoas que não esperam e para essas, que remédio têm elas...

Existia o Cromo da turma que era o miudo ou miuda choninhas, com ar de tótó, que raramente abria a boca para qualquer coisa que fosse e que perdia tempo a estudar mesmo. Era por causa destas aberrações que a escola foi criada. E reparem, a ideia da escola é uma coisa porreiraça... Uma carrada de malta nova, com uns interesses parecidos, no mesmo local físico o dia inteiro com pouca supervisão de gente graúda. Até porque, os graúdos querem distância dos pequenotes... Genial, não é?

Pensem que a palavra escola deriva do Grego e tem origém em Ócio... Imaginem uma turma com estes cromos todos num ócio controlado, intervalado por pérolas de conhecimento...

Ao fim de tudo isto só faltava tirarmos uma fotografia com a nossa professora, uns de joelhos ou de  cócoras à frente e os outros atrás em duas filas com o cenário da escola de fundo. Brutal!

Canela

Oeiras, 6 de Julho de 2010

 

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