Seguidores

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Nuvem

Quando somos pequenos, mais ou menos como é de compreender porque nem todos temos a mesma evolução natural, começamos a usar a imaginação de uma forma ou de outra. Claro que há os que a param de usar a determinada altura e, outros, decidem fazer uso dessa capacidade o resto das suas vidas escrevendo blogues e outras parvoeiras do género.

 

Posto isto, há sempre uma altura em que damos por nós a olhar para as nuvens e a formar as imagens que queremos ver. Normalmente o que imaginamos são coisas bonitinhas e fofinhas como mémés, vaquinhas, cordeiros, maminhas, chicotes de cabedal e coleiras pretas em couro com picos… Esse tipo de coisas que todos gostamos aos cerca de 5 anos de idade­.

 

Disse que queremos ver lá atrás porque, na realidade, explicar ao miúdo que está ao nosso lado onde é que estamos a ver um  coelho pode não ser a coisa mais fácil do mundo. Pior fica, claro está, quando vemos um coelho muito específico, por exemplo o Bugs Bunny… com pequenas alterações claro está, não apenas a nível estético mas da posição que ele normalmente se encontra, vertical e de cima para baixo ao invés de obliquo, de baixo para cima e da direita para esquerda.

 

Sempre tive tendência a dar por mim a observar essas formas mais complexas e, para isso era só juntar mais nuvens para formar imagens diferentes, e rápido. Como podem entender, ao juntar mais nuvens, a questão da perspectiva altera-se mais rapidamente pelo facto de as nuvens estarem a distâncias dramáticamente diferentes e, pior ainda, a moverem-se a velocidades distintas por causa desse facto mesmo. Isto tudo para dizer que começava a ver o Danger Mouse a brincar à apanhada com um gato e um dedal a correr atrás do Pateta e, quando dava conta disso, em menos de um fósforo, estava a Abelha Maia, (a tal que se diz que… coiso e tal com o Calimero) a fugir de um supermercado sem pagar a conta e uma senhora de idade a atirar milho aos crocodilos! Vestidos com um cinto de ligas… os crocodilos, sim… as nuvens estavam lá!!!!

 

Bem sei que dita a coisa assim até pode parecer que a minha infância foi muito ajudada pelas drogas ou por álcool em quantidades massivas, mas não. Devo dizer que me considero um Obelix das drogas e do álcool. Devo ter caído dentro do caldeirão quando era pequeno e fiquei com os efeitos bons, (se é que tal coisa se pode dizer destes dois flagelos mundiais) sem ter que tomar qualquer um dos dois. Eu costumo dizer que “a pancada na tola” já é de origem…

 

Isto tudo com vapor de água, imaginem agora que sobre uma destilaria de aguardente se formavam umas nuvens …

 

Canela

 

Algures sobre França, 2 de Agosto de 2010

 

Sem comentários:

Enviar um comentário