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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A Sexta-Feira 13

Ao contrário da Sexta-Feira Santa, a Sexta-Feira 13 não mete padres nem bulas, nem nos impede de comer carne se formos de uma dessas religiões de trazer por casa. Não metendo padres, no entanto, mete muita gente parva que quer aparecer no noticiário das 8 (da noite ou da tarde conforme seja inverno ou verão e, melhor dito, noticiário das 20) e não tem outra maneira senao juntar-se à mesa com mais uma dúzia de papalvos fazer aquelas parvoíces como mandar sal para trás das costas, passar debaixo de escadotes e afins.

Claro que estas superstições parvas têm quase todas uma raiz e uma razão de ser, que nem sempre é muito inteligente mas que, mesmo depois de ultrapassadas essas crenças parvas através da ciência, há-de sempre existir um burgesso que as repita para as perpétuar.

Já que já falei nelas, aproveito para enquadrar algumas delas e explicar de onde vêm.

O Sal para trás das costas tem uma explicação simples e, para os que sabem que é da palavra Sal que vem o termo Salário, pois no tempo em que os frigoríficos não existiam, era o sal qeu conservava os alimentos e era com ele que os trabalhadores eram pagos. Se se imaginarem a mandar notas (o vosso salário) para trás das costas conseguem ver facilmente que isso vos dará um azar do caraças. Talvez o azar de perder o dinheiro. Inteligente, não?

Já a escada ou escadote formam com a parede um triângulo retângulo, o qual para os gregos era o simbolo da harmonia e da perfeição (ainda no Jazz, nos dias de hoje, o acrode de sétima é representado por um triângulo) e naturalmente passar ali era quebrar essa harmonia. Se pensarem em passar lá e estiver em cima de um dos degraus uma lata de tinta de 25 litros vão ver o azar que é levar com ela na tola.

Já agora, num entrecruzar com a Sexta-Feira Santa, a história de que treze a uma mesa dá azar e que o mais novo morre após o jantar remonta à Última Ceia onde supostamente Jesus Cristo ( o grande JC) , acompanhado dos 12 apóstolos bateu a bota depois da jantarada e era o mais novo. Há que dizer aqui que se de facto formos atraiçoados por um Judas qualquer, a troco de trinta, oude outros quaisquer dinheiros, de facto isso não ajuda muito há nossa sorte!

Não queria despedir-me sem falar do filme homónimo onde um tipo chamado Jason que, reparem bem neste pormenor, não morre porque não sabe o que é a morte, volta com uma máscara com furos redondos na tromba para matar com uma motoserra umas gajas boazonas ue andam a correr semi-nuas numa lagoa com aspeto lúgrube à noite. Que filmaço! Realmente os americanos fazem filmes... digo filmes porque fizeram meia dúzia pelo menos, se bem me lembro. A ideia de ele não saber, então, copiada de quem vai a 200 na estrada nacional e diz ao xô guarda “Eu não sabia disso, ninguém me disse  nas aulas de código”. Parece que já estou a ver o polícia todo chateado por não o poder multar. “Mas para a próxima diga ao meu colega que já sabe hein?!”

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 13 de Agosto de 2010

 

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