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segunda-feira, 22 de março de 2010

O Pumzinho

Este é um tópico que a todos de certeza é muito caro e, por ter já sido abordado por uma série de gente em compêndios, não quis deixar de abordar este tema de interesse galático que é a peidorrice.

E digo-o sem pudor nenhum porque isto é coisa que todos conhecemos bem. Afinal de contas quem já não deu, no âmago interior do seu automóvel a farpa mais barulhenta da sua vida em que mesmo o auto-rádio no 12 (de 0 a 10) não conseguiu abafar? Quem não conhece o prazer quase orgásmico de largar uma peidoca bem-educada e seca? Ou melhor ainda, aquele pumzinho de chinelos (ou sapatos de quarto...mas estes terão uma edição dedicada em exclusivo a eles pela sua importância suprema para o universo) que quando acaba nos deixa um sorriso importante nos lábios?

Posto isto, penso que podemos começar por abordar esta lei universal que é o magnetismo humano universal e intrínseco da bufa. Toda a gente conhece esta lei... Está para o traque como a lei da gravidade está para o planeta Terra.

A prova disto é que, por mais sós que estejamos num particular momento, por mais que nos tenhamos refugiado num local onde pensamos "Agora é que é, caneco!!!" e olhamos à nossa volta como que a prepararmo-nos para cometer um hediondo e cheiroso crime, depois de largado o vil gás metano-odorento, aparece sempre alguém que vem direitinho a nós! A sério...

Estou convicto que se estivéssemos algures no Pólo Norte, havia de passar por ali um esquimó qualquer que nos vinha cumprimentar só para fazer aquela cara de disfarce enquanto nós dávamos jeitos para ver se o fedor desaparecia.

Isto é tanto pior no trabalho, seja por ocorrer o descuido acidental em que nos pomos a tossir a seguir ao barulho incómodo para parecer que foi tose (mas quem ouviu sabe bem, que não foi... ai sabe, sabe...), seja porque nos pomos a esfregar as solas dos sapatos no chão - qualquer que seja o material de que é feito; o chão ou o sapato - com o objectivo de, mais uma vez, fazer os que por ali estavam, que aquilo foi um efeito especial produzido entre a borracha e o chão de madeira de soalho flutuante tão encerado que, mesmo que um carro com correntes travasse por ali, aquilo escorregava sem se ouvir nada!

E há roupa que não ajuda. É trágico mas é verdade. Eu tenho um casaco alto com gola até à ponta dos cabelos que é do piorio. No fim-de-semana seguinte a algumas bufas ainda lá está a maldita entranhada às fibras como que a gritar:

"Daqui não saio, daqui ninguém me tira!"

E é uma bufa de voz grossa que me apoquenta nos pesadelos!

Uma vez usei umas ceroulas (vulgo "ciroilas")e fiquei a perceber que também não deve de ser fácil ser mulher com questões flatulentas! É que a ceroula, que até é mais arejada que os collants ,(versão mousse ou vidro, como se dizia)apresenta graves deficiências ao nível da ventilação, aliás, digo eu que a ASAE que tanto se incomoda com o fumo que os fumadores passivos(nome curioso, este) inalam, que era de aplicarem regras às ceroulas e collants vendidas, um pouco por todas as superfícies deste país, para que, estas pudessem ser o mais anti-traque que a tecnologia nos permite! E acredito que, algures no planeta Terra, alguém já, pelo menos uma vez, concebeu peças de roupa a pensar neste flagelo que assola a humanidade. Pelo menos eu quero acreditar nisso! A seguir ao penso higiénico para fio dental, penso que o sucesso de vendas número um em acessórios de roupa seria o collant anti-pumzinho.

Há aqui que fazer a devida homenagem a um amigo meu que pergunta muitaas vezes independentemente da situação, e passo a citar:

"Posso dar um pumzinho?"

Acreditem, pela minha saúde e por tudo quanto me é sagrado, que é verdade e, nem a hora de ponta no metro em Paris, com gente pouco dada ao sentido de humor e com verniz mal pintado e mal disfarçado, o impediu de colocar tão eloquente questão! É um senhor! O senhor do pum!

Não queria voltar ao interior do automóvel mas é inevitável falar por fim do design ergonómico dos bancos de automóvel que, e aqui ninguém me desmente, porque não é possível ser outra coisa qualquer, os fabricantes de automóveis, arranjaram maneira dos pums serem projetados para a frente em vez de irem pelo percurso tradicional das costas. Ora, se bem que é uma opção inteligente por ser de facto o caminho mais curto para uma área arejada, não posso deixar de me mostrar ultrajado pelo facto de isto ter as suas consequências... vá lá... secundárias!

Homens deste mundo... juntem-se a mim neste verdadeiro grito do Ipiranga que é, "Pelo amor de Deus mudem isto, porque as minhas peles pudibundas ficam literalmente a voar, impelidas pela pressão enquanto os pumzinhos saem em modo jato!!!"

É isso mesmo... os bancos dos carros contrariam a Natureza. Se Deus quisesse que nós déssemos pums para a frente tinha-nos posto uma cauda enrolada para a frente, não vos parece?!?!?!

Canela

Santo António dos Cavaleiros, 22 de Março de 2010

1 comentário:

  1. Oh meu deus! Isto é que foi rir á gargalhada. Estava a precisar .. lol...
    Obrigada

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