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sábado, 27 de março de 2010

A Tele-conferência

Sou só eu ou há mais a acharem que as tele-conferências são uma boa ideia mal metida em prática?

Digo uma boa ideia porque, assim de repente, parece-me bem catita que vários interlocutores possam comunicar ao mesmo tempo sobre um mesmo assunto e que se possa, a partir do conforto do seu telefone, estar com várias pessoas ao mesmo tempo sem se gastar mais do que uma chamada.

Isto é uma boa ideia ou não?! Claro que é!

Como acredito que o mundo está pejado de brincalhões, é para mim absolutamente óbvio que, quem fez a tal legislação para que o pi pi, e notem que não é o pipi mas sim o “pi pi” que é obrigatório durante qualquer conferência (vamos chamar-lhe assim de forma abreviada e carinhosa e até, porque quase tratamos a tele-conferência por tu) estava a tirar um brutal gozo a pensar no que seria dito ao telefone.

É que parece que cada vez que se especifica alguma coisa, o tal “pi pi” está exactamente em cima do que é importante. A frase normalmente é “São precisos, mais coisa, menos coisa, …“pi pi”… pastéis de nata!”. E não adianta estar a repetir porque é certo e sabido que o pi pi vai cair em cima do que se quer ouvir… A vida tem destas coisas… Isto leva a maltaos píncaros do desespero e a dizer repetida e furiosamente “ Uma dúzia, uma dúzia, uma dúzia” como se se estivesse a manifestar contra algo chamado “Dúzia”!

Não é a brincarem connosco?

O pior é que, como fazemos isto apenas meia-dúzia de vezes apartadas umas das outras por dois meses ou coisa que o valha, quando é preciso, não sabemos o código que é necessário para não alternarmos entre uma chamada e outra mas sim para juntar as duas chamadas.

Há ainda o pormenor no mínimo curioso que é, quando o “organizador” da conferência consegue ter os dois em linha, deixa basicamente de falar e ouve os outros dois… Ora pergunto eu, não era melhor ele dar o número um do outro aos outros dois e depois um ficava de ligar a dizer como ficou? Sei lá…assim de repente…parece-me que podia ser uma ideia.

Nas conferências mais complexas, onde temos muitos participantes é o rega-bofe completo porque, podemos atrever-nos a fazer sons estranhos porque não há possibilidade de saberem de onde vem o som. Isto tem tantas possibilidades… Gritar a plenos pulmões com o botão do mute ligado, desligar um segundo e voltar a meter em mute. Tirar de novo e perguntar. “Que som foi este?”. Quando tiverem oportunidade, experimentem porque vão gostar. Uma pequena nota, não tentem isto se existirem mais participantes na sala ao lado e, já que estamos a falar nisto…quando meterem o telefone no mute (no “segredo” que nos permite calar o nosso microfone para que não nos ouçam) não carreguem duas vezes porque, obviamente, o som vai passar e se chamarem nomes feios à pessoa do outro lado, ele pode ficar aborrecido!

Canela,

Cercal, 26 de Março de 2010

1 comentário:

  1. Sem dúvida uma boa ideia; sem dúvida mal metida em prática. Ainda há uns dias estive duas horas à espera de uma tele-conferência que não aconteceu, enquanto faltava às minhas obrigações profissionais, e enquanto tentava cumprir com as minhas obrigações sociais. Vivam os diálogos na pastelaria xy, no café wz ou no restaurante que tem aquela sobremesa fantástica... Sem obrigações profissionais,sociais ou teleconferências...
    RS

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