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sábado, 15 de maio de 2010

O Chapéu de sol

Não estamos perante mais um reedição do famoso “Chapéus há muitos” que um consagrado artista português uma vez utilizou num filme e com isso se canonizou na comédia nacional.

Nada disso! Estamos aqui perante um assunto da mais extrema gravidade e que se prende com varetas, panos, costuras e afins. O raça do chapéu de sol, (que já nem sei bem se leva hífen ou não com esta coisa do acordo, e nem sequer se Sol é sol ou Sol…) é uma daquelas peças que nos inunda a mente durante alguns anos e fica gravada quase como se de um pai nosso se tratasse ; No meu caso, como não sei o pai nosso acho que é até mais grave!

Primeiro, quando éramos putos, levávamos com a família toda a partir-nos a cabeça por causa de “decorarmos” o chapéu de sol onde ficávamos. Claro que, eles nessa altura, eram todos tótós e achavam que apenas aquele chapéu de sol havia sido produzido! O que a minha tia levava para a praia era tri-color e tinha uns “farripados” fofos de um tipo de fio grosso a pender em toda a volta. Claro que isto era o dela e de mais de metade do parque de campismo do CCCA. Parece que tem algo a ver com a antiga União Soviética, mas não, é o Clube de Campismo do Concelho de Almada.

Se fosse no Barreiro e fosse o CCCB, nesse caso sim, tinha a ver com a União Soviética pois, como diz um amigo meu, o Barreiro é a Moscovo Portuguesa!

Dizia eu, e garanto-vos, haveria uns bons 30 chapéus NAQUELA PRAIA que eram tri-colores e exactamente da mesma côr, pela mesma ordem. Ora, não sei porque carga de água se davam ao trabalho de estar com aquilo quando, na realidade, ficavam sempre no mesmo sitio praticamente. As advertência para se nos perdessemos eram mais que muitas e, lá entrava sempre o diabo do chapéu de sol em caso de nos perdermos, o que era basicamente o pior que podia acontecer enquanto era miudo.

Nessa altura ainda não existiam por cá camones copofónicos que deixassem os putos em casa para desaparecerem sem mais nem menos. Nessa altura os paizinhos levavam os putos para jantar ou, em caso de isso não ser conveniente, não iam jantar fora. É tão simples que até parece parvo não é?! Se ao menos tivessem dito à criancinha que estavam a jantar ali com os amigos ao pé do chapéu de sol, podia ser que o caso não se tivesse dado.

Sigamos… sem medos que acho que a censura ainda não é para todos como foi para o inspetor, o tal… Num país onde se fala de “fruta” sem mais nem ontem acho que também se pode falar de… chpéus de sol, não?!

Canela

Montemor-o-novo, 12 de Maio de 2010

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