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terça-feira, 11 de maio de 2010

O Especialista

Há alguns de nós que são especialistas. Não são por causa disso, especiais nem pouco mais ou menos. Claro que este detalhe, para além de fazer deles uns burgessos valentes, torna evidente que são pessoas com problemas do mais variado tipo, sem grandes soluções à vista e que são, por definição, alguém que entende cada vez mais acerca de cada vez menos.

Ora para piorar a situação, qualquer tópico que uma destas personagens aborde, por mais ao de leve que seja, acha que pode falar com a mesma eloquência do que tudo o resto. E poder até pode, mas não é definitivamente a mesma coisa. É que falar de algo que até se estudou a sério, mesmo sendo chato e abdicando de toda uma vida de folia, (ou com o mínimo dela) é uma coisa… outra é falar de algo que nos pareceu uma belíssima analogia com contornos de especialista.

Antes de continuar deixem-me partilhar convosco que, e isto fica aqui entre nós apenas, os especialistas metem-me um bocadinho de asco, para não dizer uma pitada de nojo mesmo. Não é que não seja verdade, é só porque não queria dizer a coisa assim sem mais nem menos porque conheço dois ou três, que ainda por cima não vão perceber a mensagem mesmo que leiam isto…

Bem, posto isto, aqui há uns dias aparece-me um personagem destes a falar de astronomia, (e o tipo até percebe umas coisas à séria daquilo) e arranja ali uma apresentação no meio de pessoal do ramo onde de repente começa a falar de chaves de fendas como se aquilo tivesse uma superior divindade. Não quero aqui dizer que não há chaves de fendas melhores e piores, nem milhentos tipos de chave que até teriam interesse de ser estudados. O que quero dizer é que é parvo pensar nas chaves quase como se o Chave de Fendismo, essa religião em ascensão, já fosse quase do tamanho do Budismo.

Ainda não é, e quando se aproximar, tenho a certeza que o gordo da figueira ainda terá qualquer coisa a dizer porque, afinal de contas anda cá há mais tempo.
Para piorar a coisa a seguir começa a estabelecer um paralelismo bacoco entre uma coisas da astronomia e a música e, ainda por cima começa por escolher mal a comparação… Argh… Se há coisa que ainda prezo neste mundo e que, por não se profissional da coisa, posso dar-me ao luxo de não deixar vilipendiar sem mais nem menos, é a música.

Faço isto porque como felizmente, não me prostituo musicalmente, e posso ter este discurso! Houve uma altura em que pensei se não queria tocar umas pimbalhadas e viver do amor da minha vida mas felizmente tomei a opção certa e abstive-me disso. Adiante…

A frase que o especialista proferiu de seguida para justificar a analogia em si é tão portentosa na sua estupidez e tão preenchida de termos técnicos que me parece que não vale a pena sequer parafrasear porque, como diz um tio meu (o Amilcar)…” não discutas com um idiota, as outras pessoas podem não saber distinguir qual é qual e, no campo da idiotice, ele é bem mais versado que tu!”… E acreditem que esse meu tio não é especialista.

Canela

Amadora, 10 de Maio de 2010

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