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quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Salsicha

No já de si complicado mundo dos comestíveis fálicos, as salsichas são de facto um clássico. Embora tenham perdido parte do seu encanto em particular a meio dos anos 90 onde foram banidas de utilização cómica por passarem a ser “bregas”, não deixam de ter o seu encanto nesta seguda década do terceiro milénio (não, não é o segundo, façma as contas).

Tenho a felicidade de trabalhar numa área tecnológica que acaba por abarcar quase todas as áreas empresariais e, como tal, do conhecimento o que me dá uma visão previligiada pelo menos na globalidade sobre algo que, o comum dos mortais só teria conhecimento caso trabalhasse no ramo em si. Esse conhecimento é superficial de mais apra me considerar entendido mas é avolumado nalguns tópicos para me considerar um perfeito leigo.

Desta feita, as salsichas e outros produtos que lhe são associados ou circundantes, são objeto de cuidadosos estudos e têm regras de fabrico absolutamente espetaculares. É uma engenharia de ingredientes que só visto. Chega-se ao ponto de se conseguirem trocar basicamente todos os ingredientes sem alterar o sabor final que o consumidor conhece de longa data! Bem sei que não é do Mestre Silva que estamos a falar mas é de Mestre. Mestre Salsicheiro quanto mais não seja e, se é Mestre, é Mestre, h+a que dizê-lo.

Cada vez que ouço falar do fabrico das salsichas vem-me à ideia o filme “A fuga das galinhas” e a famosa fábrica de empadas de galinha mas deita feita com vacas. As empadas poderiam ser do tamanho que deviam ser e não aquelas miniaturas que por aí s eencontram à venda! Para quem viu o filme, vai perceber que fazer um avião preparado para voar com vacas e porcos a pedalar não é fácil mas, vai daí, com galinhas também não e isso não impediu o realizador do filme de o fazer!

Além disso, há fabricantes de tecnologia que afirmam que o estrume de 10 000 vacas pode alimentar 1000 servidores num press release que, a confirmar-se e sem economias de escala, significa que cada 10 vacas irão alimentar um servidor. Não há-de tardar muito que os fabricantes de salsichas vão recorrer às vacas e aos porcos para alimentar também a maquinaria industrial utilizada na transformação da sua carne para salsichas!

Há que referir que a salsicha tem um “irmão mais velho” que é o chouriço mas que, obviamente, este terá uma edição para si só e não pode ficar aqui referido apenas como uma versão musculada e a esteroides da fofa e tenrinha salsicha.

Até porque a salsicha, pese embora a globalização, não perdeu o seu pendor ariano e, se não se tem dado um final feliz em 1945, ainda hoje, estou absolutamente convicto, as salsichas teriam suásticas tatuadas nos braços e marchariam supermercado “afora” subjugando fiambres e mortadelas que tivessem o azar de por ali passar.

Canela

Lisboa, 27 de Maio de 2010

 

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