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quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Secador de Cabelo

É com muito gosto que afirmo que sou um fã do eletrodoméstico de hoje e que faço um uso absolutamente regular do mesmo. Como não uso gel por aquilo dar um aspeto de quem foi lambido por um cão grande, tipo São Bernardo e ficou assim há coisa de 5 minutos, lá tenho de fazer qualquer coisa à franja, para que não fique outra vez com aquele corte da época em que tinha 4 ou 5 anos e cortava o cabelo a pedido dos meus pais no barbeiro estúpido! Se quiserem saber mais do barbeiro leiam as edições anteriores e acho que nas futuras é capaz de aparecer uma ou outra referência...

Bom... dizia eu que faço uso regular. Regular?! Maquinal, quero eu dizer porque já nem preciso de espelho para secar o cabelo, embora por vezes, hoje em dia, utilize uma moldura digital como “espelho” improvisado por ser um bocadinho refletivo. Com isto lá consigo domar a minha “popa” sem uso do famigerado gel ou da insipiente laca.

 Lembro-me de ter experimentado laca da minha mãe aqui há uns anos para tentar fazer qualquer coisa do cabelo um dia. Para além de ter ficado com aquele cheiro hediondo inserido nas minhas papilas gustativas, o meu olfato que, felizmente, é muito apurado, mas que para estas coisas é um sério problema porque o cheiro invade-me até à zona central do cortex cerebral, fica-me gravado tal e qual como o cheiro das favas ficou! E o cheiro das favas, para mim, é pior que o de uma lixeira municipal.

Voltando ao secador do cabelo, não há como dar a volta a este utilitário que tem a forma convencional, com maior ou menor potência mas que tem o histórico secador de cabeleireiro onde senhoras como a minha mãe, numa figura em tudo menos do que digna, se enfiavam de cabeça, a cozinhar, sim é o termo certo, o cérebro, para poderem ficar com caracóis no cabelo até tomarem banho ou apanharem humidade na rua. Estes secadores serviram inclusivamente para dar aso à imaginação de certos autores que escrevem ficção cintífica de qualidade duvidosa...  Se tiverem dúvidas, voltem à década de 80 e vejam as séries high tech que passavam na TV e digam qualquer coisa... É claro que eles não copiavam os caracois e as mises. Esses ficavam na cabeça dos personagens envolvidos na série o que é extremamente positivo de duas formas diferentes.

Uma, porque na altura aquilo parecia muito bem e divertiu-nos a valer. Outra, porque hoje vimos aquilo e desatamos a rir que nem uns malucos, ou como quem na altura via um filme do Jerry Lewis, quando as caretas ainda nos faziam rir e eramos facilmente “divertíveis”. Entretanto a diversão passou para outros níveis e já ninguém ri de uma boa careta, nem que seja feita no cabeleireiro, com o secador no máximo e a queimar-nos o cocuruto!

Canela

Oeiras, 26 de Maio de 2010

 

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