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sábado, 15 de maio de 2010

A Sex Shop

É impressão minha ou as pessoas que estão atrás de um balcão numa sex shop têm sempre uma descrição fora do normal? E porque é que quando encontramos essas pessoas no supermercado a comprar pepinos, (ok, a escolha não foi a melhor, eu reitero), a comprar massa de letrinhas, temos sempre aquele sorriso malandreco que só aparece ao canto da boca como que a dizer:

“Com que então, a trabalhar na sex shop e agora andas aqui a fazer as comprinhas para a canja de galinha, não é?!”

Mas não dizemos, pensamos apenas. E pensamos apenas porque somos uns rebarbados dos diabos e pensamos que se trabalhássemos numa sex shop aquilo era uma rebaldaria. Não sabemos porquê…mas era!

Isto é malta que ganha o pão nosso de cada dia a tirar dúvidas acerca de vibradores em vidro versus em latex. Qual o melhor e porquê e, claro está, como em tudo o resto, o cliente busca referências… pede opinião. Seria natural um vendedor de um stand de automóveis dizer que já tinha conduzido o 2.4 TDSI com 3 turbos e meio e uma pá retro-escavadora e dizer se era melhor ou pior que o 2.5 TTDSI com 3 turbos e meia pá retro-escavadora. Estou seguro que o cliente, por falta de experiência anuiria para com o vendedor fosse qual fosse a opinião deste. E numa sex shop? Terá a empregada ou o empregado de referir que já experimentou ou não e quais as sensações de um e de outro? Poderá ele ou ela demonstrar isso através de meios audio-visuais ou, por exemplo, poderá utilizar figuras onomatopaicas para exemplificar? (os que não souberem o que é uma onomatopeia, podem sempre ir ao google procurar…isto está escrito e não vai a lado algum…).

E as referências? Não é incomum qualquer ramo de negócio ter uma série de referências aos clientes que já usam para ajudar o cliente indeciso a decidir. Ora, será que uma sex shop poderia utilizar algo do género? Imaginemos que sim, e nem vou utilizar a classe política, porque coitados, já estão agastados o suficiente e não merecem a publicidade gratuita… Imaginemos, dizia eu, que poderíamos ter um preservativo com uma cara alegre de uma figura do desporto, tal qual em anúncios de shampoos ou a bancos, a fazer publicidade da boa ao produto num pequeno stand dentro da sex shop. Genial, não é?!

Melhor que isso só se fosse o Nikki Lauda a fazer publicidade a produtos para depilação definitiva… Imagnem a quantidade de produtos de latex envolvendo correntes, bombas de ar e picos que se venderiam assim!

Bom, mas numa sex shop há também produtos perfeitamente plausíveis para utilização até em cerimónias de monta (curioso o nome…adiante). Não há casamento hoje em dia sem uma despedida de solteira e, quando assim é, os meninos parecem un meninos de coro dentro de um strip club quando comparados às suas damas que de honor terão poucochinho pois as compras que se fazem numa sex shop, para além das habituais decorações tipo Caldas da Rainha para pôr na cabeça da noiva e afins, incluem sempre, mas sempre, um vibrador para oferecer à não-sei-quantas, para brincar com ela. Claro que o propósito é ser ela a brincar com ele… e não me refiro aos noivos...

Canela,

Lisboa, 13 de Maio de 2010

2 comentários:

  1. Não se se tens ideia mas é nas letrinhas da massa da canja espanhola que os donos das sexshops se inspiram para cativar os seus clientes; sabes aquela massinha escura?e a outra, com estrias? Pois... é isso...
    RS

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